“Dar a prioridade ao peão no
centro histórico, garantir que a circulação automóvel acontece nesta zona,
sendo que interfira o mínimo com a vivência neste espaço público” foi, nas
palavras do vereador Renato Guardado, o mote da proposta que levou cerca de 70
pessoas à sessão de esclarecimento que se realizou nos Paços do Concelho por
volta das 19h da passada quarta-feira, dia 30 de Julho.
Em cima da mesa esteve a
apresentação de uma proposta cujo objetivo primordial é estabelecer uma melhor
forma para utilizar as ruas da cidade. A rua Direita, a rua dos Loureiros, a
rua de Sto. António e a rua do Mancha Pé são, de acordo com o presidente da
câmara, Diogo Mateus, aquelas que vão ser alvo de “reorganização do trânsito”.
Pretende-se, assim, que exista uma “convivência entre políticos e peões no
espaço intervencionado”.
A apresentação da proposta prevê
a libertação do centro histórico dos obstáculos, como os estacionamentos
indevidos, apesar de os sentidos do trânsito se manterem na sua grande maioria.
Pretende-se que as alterações sejam feitas de forma a “facilitar o acesso” ao
centro histórico da cidade.
No que se refere aos
estacionamentos e à paragem dos veículos, “é permitida para cargas e descargas
unicamente, ou seja o tempo estritamente necessário, sendo que o estacionamento
deve ser efetuado nos parques construídos em locais estratégicos da cidade
adjacentes à zona histórica” frisou o vereador. Com esta medida pretende-se
garantir “o estacionamento e conseguir fazer melhor pelo centro histórico e por
toda a gente que aí habita”.
Principais alterações
Entre as
principais alterações podem contar-se a da rua Almirante Reis, cujo objetivo é
circular em sentido descendente e sair pelo largo do Cardal (cedência de
passagem com prioridade); de rua pedonal, as ruas José Falcão e Miguel Bombarda,
vão passar a ser frequentadas por motoristas e a rua Conde Castelo Melhor,
embora tenha agora um sentido ascendente, pretende-se colocar com um descendente.
Com estas mudanças pretende-se “abrir
o centro histórico e a cidade às pessoas sempre em segurança” para que não
aconteça o que se passou anteriormente: “no passado teríamos muita dificuldade
em chegar ao centro histórico da cidade”, explicou o comandante dos Bombeiros Voluntários
de Pombal, José Costa.
Desobstruir as entradas nos
edifícios, possibilitar uma segurança mais eficaz, evitar os estacionamentos em
frente às portas dos edifícios e possibilitar a entrada dos meios de socorro em
todas as zonas do centro histórico são medidas que fazem ainda parte desta
proposta.
O comissário da PSP, Manuel dos
Santos acredita que, com esta reorganização do espaço público, que tem como
foco as ruas e os estacionamentos afetos ao centro histórico da cidade, “permitem
desenvolver as atividades comerciais, andar e circular livremente nas zonas do
centro histórico de Pombal”. Frisou ainda o decreto-lei 72/2013 referente ao
código da estrada onde se estabelecem os princípios das “zonas de
coexistência”.
Estiveram presentes cerca de 70
pessoas, entre os quais os moradores e comerciantes afetos às ruas e aos
parques de estacionamento que vão ser alvo de intervenção, que puderam expôr as
suas dúvidas no fim da assembleia.
Entre as questões que suscitaram
uma maior discussão estiveram os estacionamentos nas garagens localizadas na
Rua Conde Castelo Melhor, uma vez que as pessoas só as podem utilizar se o
sentido da rua for ascendente e o facto de a Travessa dos Loureiros ser de
sentido único, que carece de estacionamentos para os moradores.
Em resposta a estas questões
Renato Guardado assegurou que vão “ter uma intervenção mais assertiva por parte
das autoridades para educar as pessoas a estacionar de uma forma que favoreça
todos”.