quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Quanto vale para ti um bom ambiente de trabalho?

É com esta pergunta provocadora que inicio este texto. 

As linhas que se seguem serão sobre inteligência emocional e a aplicação das soft skills no local de trabalho. É este o tema que me trás hoje até cá. Começo, então, por perguntar: como te relacionas com as pessoas com quem trabalhas? Quantas vezes já te deu vontade de gritar e barafustar com os teus colegas de trabalho? Quantas vezes já foste para casa com aquele desânimo incapacitante?

Bom ambiente de trabalho aumenta bem-estar e produtividade
Pois é, muitas vezes temos essas e outras sensações tão desfavoráveis ao bem-estar e que acabam por afetar a nossas tarefas diárias no local de trabalho. Gestão emocional. Essa é a resposta. E, para a termos, precisamos de ter inteligência emocional e um auto-conhecimento bem consolidado. Tudo isso se trabalha. 

São as situações de tensão, de ruptura ou de quebra que nos levam a colocar as coisas em perspectiva.  Qualquer crise faz com que, pelo menos, pensemos naquilo que "andamos cá a fazer" e por que motivos aconteceram essas tais situações desagradáveis. No fim, mudamos. Porque se deu aquela crise? O que poderia eu ter feito para a evitar? 

E é aqui que chegamos ao ponto do "Eu" - de me responsabilizar a mim porque aquilo que fiz, por aquilo que não fiz ou pelo que devia ter feito de outra forma. Talvez a mudança fosse mesmo necessária. Atribuir as responsabilidades a mim mesma é ter maturidade suficiente para perceber que nem tudo o que acontece é causado por fatores externos a mim. Nem sempre o Universo conspira contra mim. Eu não sou uma vítima. Assumir responsabilidades por aquilo que não fiz bem ou podia ter feito de outra forma é, além de reconhecer que não sou perfeita, um indício de que quero crescer e que tenho disponibilidade e humildade para aprender um pouco mais todos os dias.  

Não é fácil reconhecermos que temos a "quota parte" da culpa da crise sucedida. Seja no local de trabalho ou na vida pessoal. E não fazer nada é consentir, mesmo que por vezes seja para "evitar o conflito". Há conflitos necessários e é preciso agir e fazer diferente. É preciso colocar a inteligência emocional em ação e as nossas melhores softskills em funcionamento.

Comunicar com empatia é fundamental 

Ai, as softskills... aquelas de que ninguém fala e cada vez mais importantes no mercado de trabalho! Cada vez mais valorizadas pelas entidades empregadoras, cada vez mais necessárias para lidarmos, de forma positiva, com os colegas de trabalho. Cada vez mais fundamentais num ambiente de trabalho saudável. 

Mas, de que se traram as softskills? - São as nossas habilidades comportamentais. Complementares às hardskills, as competências técnicas, as softskills consistem na capacidade que temos para nos relacionarmos com as pessoas. No trabalho, na vida pessoal, em comunidade. Exemplos de softskills são a empatia, a escuta ativa, a liderança, a resiliência, a determinação, a preserverança, a comunicação não-violenta. E estas são fundamentais para criar relações positivas com as pessoas que nos rodeiam.

Os pilares de um bom ambiente de trabalho são as relações positivas, a confiança, o apoio, o "vestir a camisola", a consistência, o "remamos todos na mesma direção para um objetivo comum". Só como base nestas características e em muitas outras que poderiam aqui ser acrescentadas, é que é possível ter um excelente ambiente de trabalho. 

E quando aos benefícios de um bom ambiente de trabalho? Boa disposição, bem-estar (pessoal e social) e um consequente aumento da produtividade!

E para ti, quanto vale ter um bom ambiente de trabalho?

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Vives para Postar ou Postas Para Viver?

Depende dos momentos e das disposições. Nada é assim tão linear. Às vezes vivo para postar, outras posto para viver, embora não me identifique a 100% com nenhuma destas 'opções'. Vivo e posto quando me apetece mas não vivo necessariamente para postar. Nem posto necessariamente para viver. 

Numa época em que vivemos quase 100% online, estamos sempre ligados à Internet e quase nunca ficamos off, é normal que publiquemos fotografias, pensamentos, "histórias" e outras publicações nas redes sociais. Às vezes mal nos apercebemos e a "história" que era para ficar exclusivamente no Instagram já foi parar à "história" do Facebook. Basta um clique para o que era privado se tornar publico para sempre. 

E se não publicamos vemos as publicações do outros e mantemo-nos online na mesma. 

Fonte: Pinterest

Numa altura em que se vive online, quem não tem uma rede social "não existe". Quem não se conecta, parece que perde atualidade, que não fica a par das notícias, das piadas deste, dos desabafos daquele. Sim, nas redes sociais tudo se confunde um pouco; na mesma "parede", o mural,  onde podes ter acesso ao link para uma notícia, podes também ver as fotos do casamento de a, b ou c, identificares-te com o desabafo de alguém ou rires-te da postagem daquele amigo abonado em sentido de humor.

Podes "conversar" nos diversos chats que tens à disposição e comentar as publicações "postadas" pelos outros. 

Num espaço "público" em que não existe tristeza nem dificuldades, as vidas de fachadas são "perfeitas" e os retoques nas fotos editadas realçam o melhor (do físico) de cada um, é difícil "não viver para postar".  É difícil ser-se fiel à sua essência sem ser julgado, pois "parece mal" fugir ao padrão standardizado das "vidas perfeitas" que as redes sociais mostram. E depois resta o vazio...

O vazio de uma era em que todos temos tantos meios de comunicação à disposição e em que as pessoas se sentem mais sós e solitárias. Isto faz-me questionar se as redes sociais afinal são benéficas ou prejudiciais na nossa evolução enquanto espécie humana. (Mas isso dava assunto para outros 500, sobre os quais possa vir, um dia, a refletir).

Comparar-me ao outro? Porquê? Para quê? Em que contribui isso para a minha felicidade? 

Numa era em que parece que são as aparências que "imperam" e que ditam o que deves ou não vestir, o que deves ou não ter, como te deves ou não comportar, como deves ou não ser, como tens ou não de te sentir, é importante focarmo-nos no que é essencial. Ser a excepção da regra e a "ovelha" negra do rebanho - normalmente é essa que pensa diferente, que vai além do obvio e vê o que os outros não veem. 

Como em tudo na vida é necessária moderação; quer para viver para postar, quer para postar para viver. Eu escolho ser fiel à minha essência independentemente daquilo que faça: viva para postar ou poste para viver... ou não faça nada disto!...*