segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Ou Tenho Conversas Profundas ou Não Falo. Simples Assim.

A criatividade não abunda por estes lados mas, como não escrevo há algum tempo, irei tentar escrever umas linhas sobre um assunto que ainda não abordei com profundidade. Ou tenho conversas profundas ou não falo. Sempre fui assim, sou e penso continuar a ser porque só assim faz sentido para mim.

Fonte: Pinterest
"Olá, tudo bem?", "O que fazes?", "Como estás?" - estes podem ser inícios previsíveis de conversas da treta ou de conversas profundas. Depende sempre de quem pergunta e de quem responde. Eu não gosto de "conversa fiada" sem substância. Falar por falar não é a minha "cena". Se falo é para dizer algo de jeito, com sentido, com profundidade. 

E gosto de ter conversas de horas. Profundas, com argumentos consistentes e verdadeiras, com sentido. E claro, com pessoas significativas e com caráter. Obviamente não falarei de forma profunda com alguém com quem não tenho grande confiança; mas fa-lo-ei se a pessoa demonstrar que merece a minha confiança. Gosto de ter conversas infindáveis, de horas agradáveis, com amigas que me dizem muito. São duas ou três mas são as mais importantes, as que me entendem e que conseguem acompanhar-me nos meus devaneios audazes. 

Escolho o que digo e a quem o digo. É necessário separar "o trigo do joio" e ter cuidado em quem se confia. Já me desiludi demasiado para continuar a "partir a cara". Já chega! Nem todos querem o nosso bem, nem todos aplaudem os nossos feitos e o "olho gordo" por vezes está em quem menos se espera. Muito cuidado da hora de falar, de desabafar, de abrir o livro da tua vida. Nem todos estão aí para te ouvir de forma desinteressada. Alguns querem usar informações tuas contra ti. Muita atenção na hora de abrir o coração!

Fonte: Pinterest
Ou tenho conversas profundas ou não falo. O tempo é precioso e não deve ser desperdiçado com qualquer tipo de conversa. Nem de pessoa! Falo com quem me ouve, desabafo com quem atinge a profundidade das minhas reflexões. E não há muitas pessoas capazes disso. Apesar de boa ouvinte, não me considero boa conselheira, pois acredito que só quem vivencia as situações, as sente na pele, é que sabe o que deve fazer, com as ferramentas de que dispõem. 

Não tenho tempo a perder com conversas vazias de sentido, as comumemente designadas "conversas da treta". Não tenho de aborrecer ninguém com os meus desabafos nem tenho de estar a ouvir quando não tenho disponibilidade mental para tal. Devo é respeitar se quero ser respeitada. Devo ouvir com empatia e aconselhar quando solicitada. Devo responsabilizar-me pelo que digo e pelo que faço, mas o que os outros dizem ou fazem nada tem que ver comigo. Cada um oferece o que leva no coração. A escolha é de cada um. 

Gosto, sempre gostei e continuarei a gostar de conversas profundas, repletas de algo. Continuarei a tê-las com as poucas pessoas que as entendem. Quando me chamarem, ouvirei com empatia, sem garantias de aconselhar bem. Mas darei o meu melhor, tal como sei que o meu ouvinte dará o seu melhor.