sábado, 24 de setembro de 2016

Filarmónicas deram música às artes em Pombal

Sob o lema “Pombal é cultura”, a cidade recebeu o 28º Encontro de Bandas, entre os dias 16 e 18 de setembro. As cinco filarmónicas do concelho, as bandas de garagem pombalenses, o Grupo de Concertinas Sons do Sicó e o Projeto Jazz deram música às pessoas que passaram pelos diferentes locais da cidade. 

A cargo da Sociedade Filarmónica Vermoilense (SFV), o encontro de bandas deste ano teve um formato diferente do habitual. “Este ano lançámos o desafio ao município de mudar tudo, tornando o encontro de bandas mais amplo e abrindo o leque de músicas a toda a população”, explicou o presidente Filipe Leitão. Cada uma das bandas foi convidada a interpretar temas de filmes para que “o público se identificasse com as músicas que ouvia”.


O facto de este ano o Encontro de Bandas se ter realizado em diferentes espaços da cidade, como o jardim do cardal, o largo da Igreja Matriz e o castelo acabou por aproximar a música ao público. “Estivemos dentro da cidade, num espaço sempre aberto. Havia muitas pessoas que não sabiam, mas que acabavam por sentar-se a ouvir-nos”, explicou o presidente da SFV.

“Isto foi um ponto de partida e certamente há coisas a melhorar. Há outras ideias a rever, mas isto está em mutação e pode ser adaptado à realidade em que estamos a fazer o concerto”, acrescentou quanto ao balanço positivo que faz do evento.

A vereadora com o pelouro da cultura, Ana Gonçalves, partilha a mesma opinião: “aquilo que nós sentíamos é que, com o formato habitual do encontro de bandas, chegávamos a ter a bandas a atuar para as bandas. Pretendíamos que música chegasse mais junto das pessoas”, afirmou.

Mais do que música, o Encontro de Bandas foi uma verdadeira mostra de artes que contou com a participação do Teatro Amador de São Tiago, de “bandas de garagem” – os Funkoff, os Espanta Galhardos e os Hora H e do Projeto Jazz que nasceu no seio da SFV . “Foi uma janela que se abriu para mostrar às pessoas que as bandas evoluíram ao longo dos anos. Das clássicas às atuais, abrangemos um variado leque de músicas”, declarou Filipe Leitão.

O balanço do evento deste ano foi “muito positivo, cada evento contou com mais de 200 pessoas, sendo que o concerto da SFV no castelo foi o auge. Eu diria que superou as expectativas. O tempo também ajudou”, frisou a vereadora da cultura. A organização do próximo ano vai estar a cargo da Sociedade Filarmónica Louriçalense. “O município apoiará o formato escolhido, mas achamos que este é bom”, concluiu Ana Gonçalves.

domingo, 11 de setembro de 2016

Projeto pioneiro alerta para defesa da floresta

A Câmara Municipal de Pombal (CMP) apresentou a oferta pública de aquisição (OPA) de terrenos florestais na segunda-feira, 05 de setembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Com esta medida, a Câmara pretende assumir-se como proprietária de terrenos florestais onde vai procurar assegurar questões como a biodiversidade, a valorização económica e a diminuição do risco de incêndios.

“Pretendemos constituir um espaço para fazer plantações de um conjunto de espécies arbóreas existentes no nosso concelho, ao mesmo tempo que promovemos a sustentabilidade social, económica e ambiental”, explicou o presidente do município, Diogo Mateus. Desta forma, “pensamos na salvaguarda da biodiversidade e na beneficiação dos recursos hídricos, que favorecem a constituição de corredores ecológicos de conectividade”, continuou.

Segundo o autarca, esta será uma oportunidade para se começar a pensar na criação de uma zona de intervenção florestal, que até agora não foi possível existir, uma vez que no território florestal pombalense predomina o minifúndio.

O orçamento de 150 mil euros prevê a aquisição de terrenos com valores compreendidos entre os 40 cêntimos e um euro por metro quadrado. Prédios rústicos percorridos por incêndios florestais, hidrografia, rede viária florestal, ocupação florestal do solo e proximidade de infraestruturas e áreas edificadas, declives e exposição solar contam-se entre os critérios estabelecidos para a avaliação realizada pelo município.

Diogo Mateus frisou a importância de veicular os financiamentos municipais “em nome do interesse público” e explicou, ainda, que o município quer apresentar, de forma faseada, “a oportunidade a todas as 13 freguesias do concelho de Pombal”. Afirmou que, neste momento, os esforços estão concentrados em dar resposta às “grandes parcelas sem exploração que são fruto do abandono pós-incêndio”.

O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, que presidiu à cerimónia acredita que “estamos num momento de viragem em que a evidência dos factos demonstra que a febre de plantar sem gerir conduz à abertura de um flanco muito permeável à reação dos ecossistemas que nos rodeiam”. Frisou que “o desígnio final e futuro é que as entidades públicas passem a ter um olhar efetivo sobre o seu território, e não propriamente sobre questões de urbanização”.

Os proprietários de terrenos rústicos com áreas superiores a um hectare podem apresentar as suas propostas através de requerimento, dirigido ao Presidente de Câmara, com os elementos de identificação do requerente e do prédio proposto. Os documentos podem ser entregues nos Balcões de Atendimento Municipais das freguesias e do Município. Depois de aprovadas, a CMP suportará todos os custos das aquisições.

52%
Do concelho de Pombal é ocupado por espaços florestais; contudo, só 10% desses espaços pertencem ao domínio público. O pinheiro bravo é a espécie predominante e a segunda com maior relevância é o eucalipto. A área florestal e os meios naturais representam cerca de 70% de ocupação do território concelhio, o que corresponde a cerca de 45 mil hectares, dos quais quase 30 mil correspondem a povoamentos florestais, num concelho com 62.600 hectares.

Projeto pioneiro alerta para a defesa da floresta

A Câmara Municipal de Pombal (CMP) apresentou a oferta pública de aquisição (OPA) de terrenos florestais na segunda-feira, 05 de setembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Com esta medida, a Câmara pretende assumir-se como proprietária de terrenos florestais onde vai procurar assegurar questões como a biodiversidade, a valorização económica e a diminuição do risco de incêndios.

“Pretendemos constituir um espaço para fazer plantações de um conjunto de espécies arbóreas existentes no nosso concelho, ao mesmo tempo que promovemos a sustentabilidade social, económica e ambiental”, explicou o presidente do município, Diogo Mateus. Desta forma, “pensamos na salvaguarda da biodiversidade e na beneficiação dos recursos hídricos, que favorecem a constituição de corredores ecológicos de conectividade”, continuou.

Segundo o autarca, esta será uma oportunidade para se começar a pensar na criação de uma zona de intervenção florestal, que até agora não foi possível existir, uma vez que no território florestal pombalense predomina o minifúndio.

O orçamento de 150 mil euros prevê a aquisição de terrenos com valores compreendidos entre os 40 cêntimos e um euro por metro quadrado. Prédios rústicos percorridos por incêndios florestais, hidrografia, rede viária florestal, ocupação florestal do solo e proximidade de infraestruturas e áreas edificadas, declives e exposição solar contam-se entre os critérios estabelecidos para a avaliação realizada pelo município.

Diogo Mateus frisou a importância de veicular os financiamentos municipais “em nome do interesse público” e explicou, ainda, que o município quer apresentar, de forma faseada, “a oportunidade a todas as 13 freguesias do concelho de Pombal”. Afirmou que, neste momento, os esforços estão concentrados em dar resposta às “grandes parcelas sem exploração que são fruto do abandono pós-incêndio”.

O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, que presidiu à cerimónia acredita que “estamos num momento de viragem em que a evidência dos factos demonstra que a febre de plantar sem gerir conduz à abertura de um flanco muito permeável à reação dos ecossistemas que nos rodeiam”. Frisou que “o desígnio final e futuro é que as entidades públicas passem a ter um olhar efetivo sobre o seu território, e não propriamente sobre questões de urbanização”.

Os proprietários de terrenos rústicos com áreas superiores a um hectare podem apresentar as suas propostas através de requerimento, dirigido ao Presidente de Câmara, com os elementos de identificação do requerente e do prédio proposto. Os documentos podem ser entregues nos Balcões de Atendimento Municipais das freguesias e do Município. Depois de aprovadas, a CMP suportará todos os custos das aquisições.

52%
Do concelho de Pombal é ocupado por espaços florestais; contudo, só 10% desses espaços pertencem ao domínio público. O pinheiro bravo é a espécie predominante e a segunda com maior relevância é o eucalipto. A área florestal e os meios naturais representam cerca de 70% de ocupação do território concelhio, o que corresponde a cerca de 45 mil hectares, dos quais quase 30 mil correspondem a povoamentos florestais, num concelho com 62.600 hectares.