Há uns dias vi, na Netflix, o filme "O Leitor", de 2008, realizado pelo produtor britânico Stephen Daldry. Esta história de amor entre um adolescente e uma desconhecida com o dobro da sua idade acontece no pós 2ª Guerra Mundial, na Alemanha.
O adolescente descobre que a bela, sensual e autoritária Hanna gosta que leiam para ela e esta deixa-se cativar à medida que Michael lhe lê "A Odisseia", "Huck Finn" e "A Dama do Cachorrinho". Apesar da relação intensa entre eles, um dia Hanna desaparece misteriosamente e Michael fica confuso e de coração partido.
Oito anos depois, Michael é um estudante de Direito que observa julgamentos de alguns nazis. Qual não é o seu espanto quando vê Hanna sentada no banco dos réus. À medida que o passado de Hanna é revelado, Michael desvenda um grande segredo que irá ter impacto na vida de ambos. E que segredo é esse? Hanna era analfabeta, tendo ocultado isso toda a vida. Passou a integrar a Seção de Segurança (SS) na Alemanha nazi, após ter sido promovida num emprego anterior, o que lhe obrigou a revelar seu segredo.
Michael revela a um professor que possui uma informação relevante, favorável a uma das rés, mas não sabe se faz a revelação, já que a própria acusada havia optado por escondê-la.
Hanna é condenada à prisão perpétua pelos crimes de guerra cometidos. A vida de Michael continua; este casa-se, tem uma filha e divorcia-se. Ao rever os seus livros e notas de aula dos tempos do seu caso com Hanna, resolve gravar os textos em fitas cassete e envia as fitas e um gravador à ex-amada. Com o tempo, ela aprende a ler e a escrever, e passa a enviar cartas a Michael.
Este filme é, na minha opinião, incrivelmente avassalador. Faz- nos refletir sobre assuntos tão importantes na vida como a Ética e o Amor, o Certo e o Errado, os limites sobre o que é ou não Aceitável. Envolvi-me e emocionei-me com esta história forte, repleta de conteúdo e de reflexões. Um Amor Proibido, um Misterioso Desaparecimento e, no fim de tudo, uma Morte (in)esperada que constituem os elementos perfeitos de uma história arrebatadora. Um filme a não perder, sem sombra de dúvida.