quarta-feira, 29 de julho de 2015

TAP celebrou 39 anos de cultura

O Teatro Amador de Pombal (TAP) celebrou, no sábado dia 18 de Julho, 39 anos de existência. A ocasião serviu para dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos “a Jigsaw” e incluiu a actuação de DJ’s convidados. A festa, que se prolongou até às duas da manhã, aconteceu na Praça Faria da Gama e contou com a presença de dezenas de pessoas.

A presidente da direcção do TAP, Catarina Ribeiro, 34 anos, sublinhou o balanço positivo que tem tido o grupo enquanto difusor de cultura. “O TAP sempre tentou acompanhar os tempos, adaptar-se às novas realidades e à evolução natural das coisas”, disse. “Sentimos uma necessidade de crescer a outros níveis, apesar de nunca nos termos profissionalizado”, salvaguardou a responsável, frisando o facto de o grupo sentir a necessidade de “manter a essência amadora”.

O “rapaz improvisado”, os “a Jigsaw” e os DJ’s convidados fizeram as delícias do serão de quem passou pela “Praça das Galinhas”. “Como há uns anos o TAP trouxe os Dead Combo, que hoje em dia são um grupo de renome em Portugal, este ano decidimos trazer os “a Jigsaw””, afirmou a responsável acerca da novidade da noite. “Por não terem tido a oportunidade de vir a Pombal, este ano decidimos trazê-los cá para festejarmos o nosso aniversário, com uma banda extremamente interessante no panorama nacional”.


No que se refere ao trabalho desenvolvido pelo TAP, que é única e exclusivamente voluntário, Catarina Ribeiro frisou o facto de “não querermos fazer do teatro um negócio”. Em média, os 15 membros activos despendem cerca de 40 horas semanais para se dedicarem aos ensaios e às actuações. “Nós trabalhamos com o coração e queremos dar as nossas horas de trabalho ao público”. A coesão dentro do grupo é uma constante uma vez que, apesar de estarem afastados, os elementos nunca se ausentam do TAP.

Há nove anos no TAP, a presidente sublinhou o sentimento de pertença ao grupo na noite de aniversário: “para mim a noite foi muito especial. Todos vimos de uma certa tradição: conhecemos histórias antigas, de há 39 anos atrás, e vivemo-las através da experiência dos outros que por cá passaram”. Por sua vez, acrescentou que as relações de convivência dos elementos do grupo extravasam a fronteira dos ensaios: “é um elo quase inquebrável que temos dentro do grupo; somos a família TAP”. 


Apesar de Pombal ter tido uma vasta oferta cultural na noite de aniversário do teatro, “estiveram aqui as pessoas que querem ver uma coisa diferente e alternativa”. Por agora, estão em cena até Janeiro de 2016 as peças “Romeu e Julieta”, destinada ao público adulto e “As viagens de Gulliver”, para os mais novos. Está em preparação uma peça destinada aos adultos para 2016, cujas “novidades não podem ser reveladas”. 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Adeus, Bodo!

Depois de um fim-de-semana-e-de-mais-quatro-dias de espectáculos, diversões, exposições, música, gastronomia e cultura, é tempo de dizer "até para o ano". 

Há semelhança de outros 24 Bodos pelos quais passei, este foi mais um recheado de coisas boas. Daquelas que me vêem à ideia neste momento destaco o concerto dos "The Gift" bem como o carrossel V (para dizer a verdade não sei como designar de uma forma politicamente correcta aquela diversão maluca onde deixei o estômago no serão da passada sexta-feira, enfim). Para mim estes foram os momentos altos do Bodo. Não só por aquilo que me ofereceram e pela indubitável emoção que proporcionaram, mas também pelas pessoas com quem estava no momento. 

Gritei, deixei o estômago lá em cima, emocionei-me e tive muito medo no V. Mas a companhia amenizou qualquer resquício de pavor que sobrasse após aquela volta louca. Apesar de tudo, valeu bem a pena. Sonhei, sorri, saltei ao som de "Fácil de Entender" da banda portuguesa The Gift, cujo estilo da vocalista me fez lembrar o da falecida cantora Amy Winehouse. A companhia de colegas que já não via a, arrisco dizer, meio ano, tornou ainda mais especial todo o clima mágico criado pela banda portuguesa. Sexta e sábado foram, sem dúvida, as noites "altas" do meu Bodo.

Também estive a fazer algo que muito me apaixona: escrever uma peça jornalística, para o próximo Pombal Jornal. Era sobre a primeira edição do "Cá Há Talentos". Também no sábado à noite tive muitas fotos para tirar e muitos momentos em que me inspirar para, seguidamente, redigir o artigo. A iniciativa, que partiu de uma parceria entre e Caixa de Crédito Agrícola e a Biblioteca Municipal de Pombal deu a oportunidade aos mais novos de mostrarem aquilo que valem. Fosse na dança, na música, na ginástica ou até mesmo na magia. Apesar de ter sido um serão algo trabalhoso, foi também muito bem passado.

Dei um saltinho por alguns expositores, que se localizavam no Pavilhão da Caldeira, na zona desportiva de Pombal, mas não liguei nada à parte dos tractores. Deixei-me enfeitiçar pelas acrobacias arduamente treinadas pelos ginastas da AcroPombal e tive especial atenção quando a minha pequena aluna Bruna fez a sua demonstração. Já que falo em miúdos e, em especial, nos meus miúdos, aproveito para dizer que alguns deles correram para me cumprimentarem deixando os pais para trás. "Teacheeeeeeeeeeeeer!", gritaram a Bruna, a Matilde e a Camila. E eu, de braços abertos a recebê-las com um beijo sincero e afável. Sem dúvida, o reconhecimento de um trabalho espectacular desenvolvido ao longo de todo um ano de ensino e de travessuras. 

Não toquei numa única fartura. Aquelas deliciosas e engorduradas delícias que são já uma marca típica do Bodo. Não foi por uma questão estética e, muito menos, pelo medo de engordar. Foi porque não me apeteceu. Mas, para compensar, não descurei os calóricos e, muito pouco saudáveis, kebabs. Mal ouvi um DJ. Aquele atentado desmesurado à boa música do "humts, humts, humts" em nada me seduz. E não e só de agora. Estive onde estive e com quem estive mais para ver quem já não via há muito e não tanto pela música. Ou pelo assassínio dela.

Silk, Orange Blue, DAMA, GNR, Emanuel e Banda Red passaram-me ao lado. Não é que as bandas não me seduzam. Bem pelo contrário. Afinal não são só os concertos que fazem do Bodo "O Bodo". Houve a procissão, que decorreu ontem à tarde, ao som das bandas de Pombal e da Guia. Mas eu também não fui. Além de não ter passado a tarde na Santa Terrinha, aposto que se não fosse tocar na minha banda teria algo bem mais interessante para fazer, que não fosse participar ou assistir a uma procissão longa e demorada ao sol.  

Comparativamente à idade adolescente, pouco ou quase nada me diz o Bodo hoje em dia. O Bodo e as festas em geral, nomeadamente as das "terrinhas". Isto porque se "o fruto proíbido deixou de ser o mais apetecido" e já posso ficar até às horas que quero nos carroceis, não faz sentido aqueles argumentos mais ou menos consistentes que me levavam a explicar aos meus pais porque é que, aos 16 anos, devia de ficar a ouvir os DJ's até às cinco da manhã. Não ia e ponto. Nem mais argumento, nem mais uma meia lágrima para ter o que queria. Podia esquecer e deixar as minhas amigas irem sem mim. Mas agora sou eu que não quero ir. Já não tenho idade para isso e, claro, outras prioridades sobrepõem-se à diversão.

Depois há aquela cena de só as pessoas da terra (residentes e emigrantes) saberem do que trata o Bodo, numa terrinha da província. Vivem-no como se não houvesse amanhã e guardam recordações para uma vida. Mas para quê, se depois vão a Lisboa falar com os amigos que por lá apanharam em tempos de faculdade, para lhes contarem a quantidade de shots que conseguiram beber sem irem parar ao hospital, se essas pessoas nem ideia fazem do que seja o Bodo? Mas claro, vale a pena ir. Nem que seja só para ver quem não se vê há tanto tempo, pois, bem lá no fundo, acaba por se encontrar toda a gente e mais alguma.

E parece que, este ano, o Bodo é para durar até amanhã, terça-feira. E isto a pensar na comunidade emigrante. Afinal não está um belo sol para ir para a praia? Vamos passear no fim-de-semana e, segunda e terça 'bora ao Bodo! Que tal? O presidente da Câmara Municipal de Pombal, Diogo Mateus, esteve muito bem ao explicar o porquê deste prolongamento ao Pombal Jornal, argumentando que "sentia e ouvia alguma frustração" por parte da comunidade emigrante que, "quando chegava a Pombal não aproveitava o Bodo". Muito bem, sim senhor.

Pode ser que, para o ano, até seja feriado (na segunda-feira que sucede o domingo de Bodo).

(um dia publico fotos lindas e maravilhosas deste Bodo. Mas hoje não dá!)

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Famílias rendidas ao talento dos mais novos



Foi com a história da branca de neve e dos sete anões que se deu início à festa de final de ano do Jardim de Infância de Meirinhas. Momentos de dança e de animação não faltaram. O envolvimento de educadores e pais torna possível a realização das festas e dos projectos planeados para o ano lectivo.

“Verificámos que há um grande envolvimento e participação dos pais”, afirmou a directora do Jardim de Infância de Meirinhas, Maria de Lurdes Pimenta, não só no que se referiu à festa do final do ano, como também relativamente ao envolvimento ao longo de todo o ano lectivo. A título de exemplo indicou “a feira da agricultura, onde houve um grande envolvimento dos pais e dos encarregados de educação na organização”. 

Ao nível pedagógico, este ano trabalharam o tema da reciclagem, que compreende a regra dos 3´R. “A par desse projecto tivemos outros ao nível de sala, onde se pôde verificar o envolvimento dos pais; na sala onde eu estive os pais vieram falar sobre as suas actividades profissionais e o que faziam ao longo do dia”, frisou a directora do JI, sublinhando o facto de ter “aberto as portas à família”.

Por sua vez, “existe uma planificação comum às três salas”, disse. No Natal e no âmbito do tema da reciclagem, os alunos e os pais fizeram árvores de Natal com materiais usados. Também no carnaval foram feitos fatos com “materiais reciclados” e, em Maio, realizaram a feira da Agricultura e da bugiganga, que “foi feita com a total colaboração dos pais. Com o dinheiro que ganhámos fomos ao Politeama ver o ‘Principezinho’”, continuou. Já em Junho, “fizemos um dia aberto com o dinheiro angariado na Feira da Agricultura, o que só foi possível com a ajuda dos pais”.  

O Jardim de Infância conta, neste momento, com 58 crianças, com idades compreendidas entre os três e os seis anos de idade. “Coordeno a instituição há três meses, mas estou cá a trabalhar há três anos”, referiu Maria de Lurdes Pimenta. “Já temos 16 novas inscrições para este ano e as renovações já foram efectuadas”, mencionou a directora. Saem 27 educandos e entram 16, a “maioria tem três anos e vem da creche Lua Nova”, concluiu.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

1.º Grande Prémio da Charneca reuniu centenas de pessoas


O Centro Sócio-Cultural Recreativo e Folclórico da Charneca (CSCRF) organizou, em colaboração com a Associação Distrital de Atletismo de Leiria (ADAL), o “1.º Grande Prémio da Charneca” e a 1.ª Volta à Charneca que decorreu no domingo, 28 de Junho. 

O evento esteve integrado nas comemorações do 39.º aniversário da associação e teve como objectivo apoiar a prática desportiva e promover um estilo de vida saudável.O evento consistiu numa prova de estrada, com 10 km e numa volta à Charneca, com uma caminhada, com cerca de 6 km.


O percurso teve a sua partida e meta em frente à sede do CSCRF da Charneca, localizada na Rua Principal. Tendo sido um evento aberto ao público em geral, participaram atletas federados e não-federados na prova. Todos os participantes receberam um kit com uma peça de fruta, água e um brinde. Atletas e caminhantes tiveram, ainda, direito a uma t-shirt alusiva ao evento.

“O balanço é muito positivo para uma primeira prova organizada por nós. Tivemos no conjunto cerca de 300 participantes o que superou as expetativas”, afirmou Álvaro Lopes da associação. “O sucesso da prova deveu-se ao apoio dos elementos da direção, aos voluntários que foram mais de 40, ao apoio de várias empresas e também ao apoio do Município de Pombal e da Junta de Freguesia”. O ginásio Move Up e a RENAULTSilva &Santos, Lda. foram outros dos patrocinadores da prova.



As três primeiras equipas, para além dos prémios monetários, tiveram direito a um prémio individual. A equipa com mais atletas e/ou caminhantes recebeu um prémio monetário no valor de 100 euros.
Álvaro Lopes falou ainda na intenção de voltarem a organizar um evento do género no próximo ano. “Até lá vamos continuar em provas e a representar a nossa associação, a nossa terra por todo o país”, afirmou acrescentando que “todas as terças feiras temos uma actividade aberta a toda a população com início às 20.30 e termino às 21.30”.