quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Raquel Loureiro, em Bonn: “Viver e trabalhar fora de Portugal é uma oportunidade”

Tem 28 anos, é jornalista e trabalha na Alemanha. Raquel Loureiro, natural de Pombal, decidiu aventurar-se numa experiência profissional internacional em Fevereiro do ano passado. Foi o programa de estágios internacionais, INOV Contacto, que ditou o futuro que se tem desenhado desde então em Bonn, Alemanha.


Com algum currículo em jornais e revistas nacionais, como o Correio da Manhã e a Ambitur, Raquel sempre sonhou com uma carreira internacional. Concorreu ao INOV Contacto e foi seleccionada para integrar a rádio internacional Deutsche Welle. “Trabalho na redacção Português para África da rádio internacional Deutsche Welle”, explica a jovem jornalista.

Sobre a experiência profissional na Alemanha, Raquel sente-se realizada, reconhecendo que esta é o culminar “das escolhas que fui fazendo ao longo deste percurso”. Em solo alemão foi “atrás de uma nova experiência profissional e que continua a ser, todos os dias, um desafio e uma realização pessoal”, admite.

Quando se fala em saudades, da Guia, no concelho de Pombal, sente falta dos amigos e da família, das festas, dos cafés, da tranquilidade do campo e da proximidade à praia. A jovem jornalista assume, ainda, que a gastronomia portuguesa “não é igual em nenhuma parte do mundo”. Apesar dos argumentos que a fazem querer voltar, não tem data prevista para o regresso. “A vontade existe e é grande, mas na «hora H» é difícil, diria quase «suicida», tomar a decisão de trocar o certo pelo incerto”, admite.

Na Alemanha gosta das condições de trabalho que lhe oferecem: “a mentalidade é, nesta vertente, muito diferente da portuguesa”, explica Raquel. Desta experiência internacional leva o conhecimento de outras culturas e línguas e a superação pessoal: “como tudo na vida, no início a coisa custa, porque caímos na tentação de estar sempre a comparar o "lá e o cá", o que acaba por não ser saudável. Mas, ultrapassada essa fase, a experiência é riquíssima”, destaca.

Raquel acredita que todas as pessoas deveriam sair da sua zona de conforto e de ter uma experiência de trabalho ou de estudo no estrangeiro. Na sua opinião, “ir trabalhar e viver para fora do país natal é uma oportunidade e não uma obrigação”. Considera-se não uma emigrante, mas sim uma viajante que vai e volta apesar de confessar que, a ter de escolher, regressa ao seu Portugal. AIM

O melhor por lá...
“A localização central na Europa  - que me permite viajar - e o poder deslocar-me diariamente de bicicleta para qualquer lado”, diz a jovem jornalista.

O pior por lá...
Para Raquel, “o frio e neve no inverno e a comida, demasiado condimentada” são os “senãos” na Alemanha.


O mais surpreendente por lá…
“O cumprimento, à risca, de tudo o que são regras e o respeito que [os nacionais] têm pelo meio ambiente”, considera Raquel.

Bonn
Alemanha

Fundação 3 de outubro de 1990
Habitantes 82,67 milhões (censos de 2016)
Salário mínimo:1.498,00 EUR por mês
Curiosidades
Bonn é uma cidade na Alemanha ocidental que se estende ao longo do rio Reno. É conhecida pela Beethoven-Haus, numa localização central, um memorial e museu que honra o local do nascimento do compositor. Nas proximidades, encontra-se a Catedral de Bonn, uma igreja com um claustro românico e elementos góticos, a Altes Rathaus e o Palácio Poppelsdorf, que alberga um museu mineralógico. A sul, encontra-se a Haus der Geschichte, com exposições históricas do pós-Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Fragas de S. Simão: uma praia fluvial de beleza ímpar a visitar


Este verão ainda não tinha ido a nenhuma praia fluvial. Com Setembro a começar e o "bom tempo" (não tarda) a terminar decidi aventurar-me num sítio magnífico. 
O destino foi as Fragas de S. Simão. Bem acompanhada e com o lanche na mala, de mochila às costas percorri, assim que cheguei, a Aldeia do Casal de São Simão a pé. Um percurso rochoso, feito de altos e baixos, de cerca de 20 minutos a pé que não dispensa a utilização de calçado e roupa confortáveis.
De seguida e com o calor abafado que se fazia sentir, claro que não dispensei um banho nas águas límpidas, cristalinas e geladas da ribeira de Alge. Foi a muito custo que lá consegui desfrutar de um banho bem refrescante que me gelou os ossos. As águas fluviais são, sem dúvida, muito mais frias do que as marítimas.
Ricas em loureiros e sobreiros, que proporcionam ao ar uma fragrância reconfortante, as Fragas convidam a dar um saltinho à serra da Lousã e a espreitar a beleza do miradouro que nos deixa usufruir dos verde incomparáveis e puros da vegetação e de uma paisagem deslumbrante.
Além dos banhos e dos passeios é, ainda, possível praticar desportos radicais como rapple, slide e escalada. As pedras mais “pequenas” são usadas como solário ou prancha de mergulho.
Passei, também, pelo Poço da Corga, cuja paisagem não achei tão visualmente atractiva, mas que me proporcionou uma bela soneca na relva junto à água. Um pormenor importante que não referi em cima: as Fragas de S. Simão não têm relva... apenas pedritas ou pedregulhos para sentar. O desafio é encontrar um local confortável onde se possa colocar as coisas quando se mergulha, passeia, usufrui da paisagem ou simplesmente se quer descansar!