domingo, 14 de fevereiro de 2021

Chaves, Carteira, Telemóvel, Garrafa de Água...E Máscara!

 ... Estamos prontos para sair!


Estes foram, além do outfit propício à prática desportiva, os "adereços" que levei comigo para caminhar até à Foz do Douro. Não me esqueci nem dos fones nem das sapatilhas; infelizmente o calçado que eu pensava ser adequado a uma caminhada de longa duração não evitou que se formasse uma pequena bolha no dedo do pé.  

Decidi saudar o sol, tão bonito que hoje estava, com uma caminhada higiénica até ao Castelo do Queijo. Ao longo 6,2 quilómetros e cerca de uma hora e 14 minutos caminhei até à Praia do Castelo do Queijo. Desta vez não fiz "batota" e não apanhei o autocarro a meio do caminho. Deixei-me levar pelos pensamentos deambulatórios enquanto me concentrava nos passos firmes que dava para atingir o meu objetivo. Com foco e determinação decidi que hoje iria ser capaz de mais. E assim foi. 

Depois de uma longa caminhada ao sol, decidi deleitar-me com os pequenos prazeres proporcionados pela maresia das ondas pacíficas. Sentada numa rocha, deixei que aquele azul e bem-cheiroso mar me bejiasse a par do vento moderadamente agitado. Não me permitiu falar ao telefone; era um sinal de que, realmente, estava na hora de "desligar" da tecnologia e de (re)conectar com a natureza. E tão bem que soube! Claro que não me deixei ficar apenas perto do Castelo de Queijo; aproveitei para caminhar na areia, bem junto ao terapeutico mar, por aquela marginal fora de Matosinhos.

A ideia de caminhar até à praia hoje foi pensada desde ontem. Apesar de o clima ter-se revelado pouco convidativo a passeios ontem, fui também até à praia. Só que de autocarro. Mas decidi regressar a pé. E hoje, fui e voltei a pé! Superei-me. Mesmo com o pequeno imprevisto da bolha, sinto que consegui. Reconheço os efeitos indubitavelmente benéficos destas longas caminhadas. O corpo e a mente agradecem. Agradeceram. E, com o sol a ajudar, tudo se tornou mais fácil e agradável.

Feitas as contas foram mais de 12,4 km caminhados em mais de duas horas e 28 minutos. Foi, sem dúvida, a melhor decisão que tomei hoje. Aliviei o corpo de "stress", limpei a alma de mágoas e recarreguei baterias para a nova semana que não tarda em chegar. Aconselho a quem me perguntar e asseguro que vou fazê-lo mais vezes. Em dias de confinamento obrigatório urge encontrar alternativas ao nosso bem-estar físico, mental e psicológico. Com ginásios fechados e espaços ao ar livre a convidar, do que mais precisamos para ir caminhar, correr ou andar de bicicleta ou patins?