terça-feira, 29 de março de 2016

Associação Cavaleiros do Oeste tem nova direcção

Dar continuidade ao trabalho da direcção anterior e aproximar a equitação aos mais novos são os principais objectivos para o novo mandato da direcção da Associação Cavaleiros do Oeste que tomou posse sábado, dia 6, na sede localizada na Guia. Quer aproximar as pessoas dos cavalos incidindo, principalmente, nas camadas de população mais jovens.

“Pretendemos dar continuidade ao trabalho de uma associação com 18 anos que estava parada e queremos aproveitar essa mais-valia para desenvolver a associação equestre, que é única em Pombal”, explicou o presidente do mandato anterior, Dário Correia. “É um trabalho que vai ser continuado e melhorado para que Pombal seja, no país, um marco dos cavalos”.

A realização de um picadeiro coberto e a abertura do bar da associação aos fins-de-semana são outros dos projectos que estão em estudo. “Queremos que as pessoas estejam mais activas”, afirmou o actual presidente, Jorge Gomes.

Aquando da tomada de posse para o mandato de 2016-2018, o presidente da União de Freguesias Guia, Ilha e Mata-Mourisca, Manuel Serra, frisou o papel das pessoas nas associações e garantiu que a Junta de Freguesia “ajuda as associações que tenham projectos”. Em representação do presidente da Câmara Municipal de Pombal, o vereador Renato Guardado realçou a importância das colectividades no município e, sendo o pelouro da juventude um dos seus baluartes, realçou a importância da aproximação dos mais novos aos cavalos.

Recorde-se de que, durante o mandato de 2014-2016, procedeu-se à construção de um espaço físico para a associação e foi adquirido um carro para o transporte dos animais. “Agora espero não desiludir os sócios e penso que temos pessoas à altura para levar este ‘barco a bom porto’”, esclareceu o presidente Jorge Gomes.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Na altura em que eu tinha férias de Páscoa...

Do primeiro ao décimo segundo eram de duas semanas. Na faculdade, de três, dado que a época de recurso do primeiro semestre ocorria na última semana de férias de Páscoa. Tecnicamente duas, vá. Mas para mim as férias duravam quase sempre três semanas, durante três anos. Tenho saudades desses tempos. Mas se me perguntassem de gostava de voltar atrás afirmo, convictamente, que não. 

Há um tempo para tudo e o tempo das minhas férias já foi. Agora trabalho, felizmente. E é bom... O tempo de férias já foi, em Fevereiro, e voltará a ser daqui a uns tempos... Afinal até tenho aproveitado as férias dos meus pequenos, que também são minhas, pelo menos, por uma hora por dia. O rodopio recomeça no início de Abril mas, por essa altura, já estarei pronta para mais uma dose de alunos! 

Tempo de (meias) férias. Tempo de reflexão. Tempo de recordar bons momentos. Tempo de olhar para o que correu menos bem e tempo de (re)pensar estratégias para melhorar. Tempo de me valorizar. Tempo de fazer mais e melhor em termos profissionais e pessoais. E, simultaneamente, tempo de festa!

Pois é! É mais um ano em que sou madrinha e afilhada. Madrinha de um dos meus primos e afilhada de uma filha dos compadres dos meus pais. E, com dupla função, terei de desempenhar duplas tarefas de madrinha-afilhada extremosa. E, este ano, decidi fazer algo diferente e mais pessoal para madrinha e afilhado. (algo que não posso revelar aqui, nunca se sabe quem vai ler e dar com a língua nos dentes. Afinal, surpresa é surpresa!).
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E porque a minha inspiração para continuar este post escasseia, deixo-vos com uns coelhinhos de Páscoa, feitos por mim:



segunda-feira, 21 de março de 2016

Comunidade escolar reuniu-se para falar sobre inclusão

“Incluir para o Sucesso” foi o tema que levou dezenas de pessoas ao auditório da Escola Secundária de Pombal, no final da tarde da passada terça-feira, 15 de Março. Organizada pelo Grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas de Pombal, a palestra quis “sensibilizar para o reconhecimento das capacidades e das competências da pessoa com deficiência”. O balanço foi, no fim, muito positivo.

 “O objectivo é o de promover a inclusão e sossegar os pais relativamente ao futuro dos filhos. Temos casos de pais com filhos invisuais e temos meninos surdos”, explicou a coordenadora do projecto que faz parte do Plano Anual de Actividades do Agrupamento, Patrícia Lima. “Trouxemos testemunhos de pessoas com essas deficiências para mostrarmos como é possível terem um percurso académico e uma inserção favorável no mercado de trabalho”, continuou.

A Mestre Lurdes Gonçalves, com dificuldades auditivas, o Mestre João Silva, invisual e Sabina Barros, com paralisia cerebral, tiveram a oportunidade de partilhar os seus testemunhos junto da comunidade educativa. As dificuldades do dia-a-dia, a formação académica e profissional, as actividades quotidianas e as vitórias diárias foram alguns dos tópicos em discussão. A moderação do debate foi levada a cabo pela professora da Escola Superior de Educação de Coimbra, Professora Doutora Anabela Ramalho, e esteve ainda presente a intérprete de Língua Gestual Portuguesa, Ana Silva.

“Convidámos toda a comunidade escolar, nomeadamente as pessoas que lidam todos os dias com as crianças e com os jovens adultos que têm estas dificuldades”, frisou Patrícia Lima, uma das doze pessoas que integram o Grupo de Educação Especial. “Queremos mostrar que todas as pessoas conseguem ter um percurso independentemente das limitações que vão surgindo”, acrescentou. Além de querer sensibilizar para o reconhecimento das capacidades e das competências da pessoa com deficiência, os oradores quiseram mostrar como é possível a integração no mercado de trabalho, mesmo com limitações.


“Eu penso que os testemunhos reais têm mais impacto sobre as pessoas”, destacou Patrícia Lima, frisando a importância da promoção da inclusão e a divulgação deste género de acções junto da comunidade escolar e educativa. 

domingo, 13 de março de 2016

O Amor (não) existe mesmo

O título deste texto era para ser "O Amor... esse gajo estranho". Mas cheguei à conclusão de que "esse gajo" não existe mesmo. Não estou a falar "de cabeça quente" nem tive nenhuma desilusão amorosa (nos últimos tempos). Esta conclusão deve-se a uma conversa de café com uma amiga que, por sinal, está casada. Para mim, "O Amor", aquele "fogo que arde sem se ver" (não) existe mesmo.

Não será o Amor uma mera construção psicológica ou uma ilusão passageira? Uma convenção social? Uma "coisa boa" que nos enche a alma e nos acalma as preocupações? Um objectivo de vida? Um extrapolar da felicidade? O expoente da realização humana? O que é, afinal, o Amor? - A resposta pode assumir uma versatilidade multifacetada de significados pois, não existe "O Amor". Existem "Os Amores"!

" (do latim amore) é uma emoção ou sentimento que leva uma pessoa a desejar o bem a outra pessoa ou a uma coisa", diz a wikipedia. Podemos sentir Amor por pessoas, por animais, por plantas ou, até mesmo, por objectos. E há várias formas de amor: o amor-amizade, o amor-família, o amor-animal e o amor-amor. Este último, significativamente usado para se transmitir à "cara-metade".

Arrisquei-me a tocar num outro termo carregado de subjectividade. Poderia questionar, agora, se há uma "cara-metade", uma "alma-gémea" ou um "mais-que-tudo". Mas penso que, tal como o Amor (que não existe), não existe uma outra parte de nós por aí algures. Até porque os indivíduos são únicos, iguais a si mesmos e originais. Em duas palavras, todos somos "edições limitadas".

Depois de lançar uns palpites sobre o "não-Amor" e as "não-almas-gémeas", está na altura de explicar porquê que, afinal, não existem. Pura e simplesmente. Na minha opinião, o "Amor" não existe porque sentimos afeição, uma amizade forte e um carinho especial. "Amor" é um termo demasiado forte para expressar sentimentos como os atrás mencionado. Prefiro um "adoro-te" a um "amo-te". Sem dúvida. Pois o "adoro-te" sei que existe; quanto ao "amo-te", tenho as minhas dúvidas. 

O Amor não existe. Existe o contacto físico, os beijos e o sexo. Existem sentimentos profundos, que não se vêem mas que se sentem. Existe a afeição transfigurada na vertente do "Amor-físico", isto é, o toque. Mas isso não passa de uma "verbalização" física do sentimento puro, inato e invisivelmente intocável.


"Almas-gémeas" não existem. Existem pessoas que nos fazem sentir bem, que nos fazem rir, que nos fazem bem ao espírito. Existem pessoas positivas e optimistas, aquelas com quem as "conversas são como cerejas". Existem pessoas com signos compatíveis ao nosso e com pontos de vista mais-ou-menos semelhantes. E são elas que nos fazem querelas ter por perto. Mas não são, necessariamente, almas gémeas. São pessoas. Como outras quaisquer. Pessoas que não apareceram na nossa vida por mero acaso. Pessoas que apareceram para nos ensinar algo. Mas lá por gostarmos de as ter por perto, lá porque nos fazem sentir bem e felizes, não significa que sejam "almas-gémeas". 


Uns podem chamar-me céptica, outros lunática. Afinal, eu não acredito n'"O Amor". Acredito em "Amores". Mas prefiro senti-los a verbalizá-los. Prefiro mostrá-los a torná-los físicos. Prefiro acreditar neles a ouvi-los.  

segunda-feira, 7 de março de 2016

Universidade Sénior de Pombal quer reformados mais activos

Têm entre 50 e 85 anos de idade e são a prova viva de que nunca é tarde para aprender. Idalina Jorge, Teresinha Vieira e Joaquim Santos são apenas três dos 130 alunos que trocam diariamente as voltas ao sedentarismo característico da terceira idade.

Quarta-feira, 15h00. Cerca de 14 alunos aguardam, junto a uma sala de aula da Escola Secundária de Pombal, a chegada do professor de inglês. Este já é o terceiro dia da semana e, agora, inicia-se mais um dia de aulas que promete prolongar-se até às 19h00. “Boa tarde”, cumprimenta o professor Jorge Rodrigues enquanto abre a porta da sala de aula.
Professor Jorge Rodrigues explica conteúdos aos alunos
Inglês é apenas uma das diversas disciplinas que oferece a Universidade Sénior de Pombal (USP), uma das três valências da Associação de Pensionistas e Reformados de Pombal (APRAP), desde a sua fundação em 2007. Além de Inglês, Artes Decorativas e Espiritualidade são duas outras das disciplinas que Idalina Jorge, de 70 anos e sócia da APRAP frequenta. “Procuro o envelhecimento activo e, enquanto as forças me permitirem, continuarei a frequentar a USP”, frisou acrescentando que, “deveria haver mais pessoas a frequentarem a USP, o que não acontece já que algumas pensam que é só para as pessoas em Pombal”, afirmou a aluna residente em Albergaria dos Doze.


A Universidade Sénior “assenta num conceito inovador de ocupação, promovendo a participação cultural e cívica dos seus alunos, através do enriquecimento e socialização ocupacional”, frisou a directora Sílvia Teresa. Francês, Pintura, Informática, História, Geografia, Ginástica e Ioga contam-se entre o rol diversificado de disciplinas que a instituição oferece. “Após a aposentação não quis ficar em casa inactiva”, conta Teresinha Silva, de 70 anos. E é por isso que, além das aulas, aproveita as visitas de estudo e os convívios de aniversário que ocupam os tempos de lazer dos alunos.


Alunos empenham-se na aprendizagem do Inglês
A aula prossegue enquanto os alunos questionam o professor acerca das “linking words” (os conectores de discurso). Afinal, todos os professores que trabalham na Universidade Sénior fazem-no a título voluntário, como é o caso do professor de inglês, Jorge Rodrigues. “Ensinar na USP acaba por ser um ‘escape’ ao trabalho do dia-a-dia. É uma excelente gratificação, pois este público tem motivações acrescidas”, referiu, enfatizando a sede de aprendizagem dos seus alunos séniores. “Procuro conciliar todas as motivações e saberes para que todos se sintam integrados”, mencionou acerca da actividade a que se dedica duas horas por semana.

Foi através de um amigo que, há três anos, Joaquim Santos de 58 anos, residente no Paço (Almagreira) conheceu a Universidade Sénior. Foi então que, impelido pelo gosto de aprender, começou a frequentar as aulas de Inglês e de História. 60 euros é o valor anual da propina para frequentar a Universidade Sénior. “Não existem condições para frequentar a USP, é uma instituição aberta a todos e a Universidade não confere nem atribui qualquer tipo de grau académico”, informou a directora. Por sua vez “ alguns professores na USP são simultaneamente formandos de outras áreas que não dominam tão bem”, acrescentou a responsável.
Idalina Jorge, Joaquim Santos e Teresinha Vieira
 Afinal os professores e os alunos da USP são a prova viva de que nunca é tarde para aprender. 

Actividades da USP
Além das aulas em sala de aula na ESP a USP oferece aulas de actividade física duas vezes por semana às segundas e quintas, das 10 às 11 horas, na Escola Conde Castelo Melhor, leccionadas pela professora de dança Daniela Vinhas, e dispõe, ainda, de uma Tuna formada por 20 elementos. Há uma visita de estudo por cada período lectivo e, uma vez por ano, os alunos deslocam-se ao estrangeiro. Realizam-se dois almoços de aniversariantes por ano a fim de celebrar os aniversários dos alunos de Outubro a Abril e de Abril a Outubro. Para o final deste ano lectivo está prevista a realização de uma visita de estudo ao Alentejo.