“Incluir para o Sucesso” foi o tema que levou
dezenas de pessoas ao auditório da Escola Secundária de Pombal, no final da
tarde da passada terça-feira, 15 de Março. Organizada pelo Grupo de Educação
Especial do Agrupamento de Escolas de Pombal, a palestra quis “sensibilizar
para o reconhecimento das capacidades e das competências da pessoa com
deficiência”. O balanço foi, no fim, muito positivo.
“O objectivo é o de promover a inclusão e
sossegar os pais relativamente ao futuro dos filhos. Temos casos de pais com
filhos invisuais e temos meninos surdos”, explicou a coordenadora do projecto
que faz parte do Plano Anual de Actividades do Agrupamento, Patrícia Lima.
“Trouxemos testemunhos de pessoas com essas deficiências para mostrarmos como é
possível terem um percurso académico e uma inserção favorável no mercado de
trabalho”, continuou.
A
Mestre Lurdes Gonçalves, com dificuldades auditivas, o Mestre João Silva,
invisual e Sabina Barros, com paralisia cerebral, tiveram a oportunidade de
partilhar os seus testemunhos junto da comunidade educativa. As dificuldades do
dia-a-dia, a formação académica e profissional, as actividades quotidianas e as
vitórias diárias foram alguns dos tópicos em discussão. A moderação do debate
foi levada a cabo pela professora da Escola Superior de Educação de Coimbra,
Professora Doutora Anabela Ramalho, e esteve ainda presente a intérprete de
Língua Gestual Portuguesa, Ana Silva.
“Convidámos
toda a comunidade escolar, nomeadamente as pessoas que lidam todos os dias com
as crianças e com os jovens adultos que têm estas dificuldades”, frisou
Patrícia Lima, uma das doze pessoas que integram o Grupo de Educação Especial.
“Queremos mostrar que todas as pessoas conseguem ter um percurso
independentemente das limitações que vão surgindo”, acrescentou. Além de querer
sensibilizar para o reconhecimento das capacidades e das competências da pessoa
com deficiência, os oradores quiseram mostrar como é possível a integração no
mercado de trabalho, mesmo com limitações.
“Eu
penso que os testemunhos reais têm mais impacto sobre as pessoas”, destacou
Patrícia Lima, frisando a importância da promoção da inclusão e a divulgação
deste género de acções junto da comunidade escolar e educativa.
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