quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

2019, um ano de mudança

O "ano velho" despede-se e o "ano novo" dá os primeiros ares da sua graça. Os votos de "bom ano" renovam-se e as promessas para 2019 renascem. Umas diferentes, outras iguais às de anos passados (aquelas que ficaram por cumprir). É tempo de introspecção e de projectar um Ano Novo que, como sempre, se afigura promissor. Todos os anos a mesma coisa, nada de novo. Mas este ano é que é.

Em 2018 regressei da minha aventura de mais-de-um-ano em Moçambique. Caí e levantei-me vezes sem conta. Chorei, ri, esbracejei, desesperei por tudo estar a correr ao contrário do anteriormente planeado por mim. Dei quedas maiores do que alguma vez pensara suportar. Sobrevivi e, sem dúvida, sei que agora estou mais forte, capaz de ultrapassar com "outra estaleca" as intempéries da vida. 

Normalmente, quando se perde demasiado tempo a planear, é quando as coisas dão para o torto. Precipitar os acontecimentos, forçar as circunstâncias e impedir que a vida siga o seu rumo natural dá sempre ou (quase) sempre asneira. E eu tive de aprender assim; a bater com força com a cabeça nas paredes. Há que saber aguardar, saber esperar. A vida sabe bem o que faz e não é por estarmos a desesperar que as coisas vão apressar-se no sentido que queremos.

Em 2019 espero aprender ainda mais. Ser mais paciente e agir com uma maior prudência. Tudo se comporá quando tiver de ser e não vale mesmo nada a pena estar a forçar as coisas a acontecerem. Calma e ponderação são as palavras-chave para este novo ano que agora se inicia. Quanto ao resto (que é só o resto), a vida encarregar-se-á do melhor para cada um de nós. Não falo em parar e cruzar os braços. Não falo em julgar sem conhecer. Falo em lutar com moderação. Em deixar as coisas "rolarem". Em permitir que a vida dê uma "mãozinha".

Se esperamos que o Ano Novo seja melhor que o Ano Velho que passou, 2019 espera que nós sejamos melhores!