segunda-feira, 30 de março de 2015

GATA fez o trabalho de casa

O Grupo Amador de Teatro de Almagreira (GATA) estreou a nova peça "TPC da Alícia - Terras de  Pombal Contadas", no sábado à noite, dia 14, na sede da filarmónica da Guia. O trabalho de casa, que se revela uma verdadeira aventura entre lendas, histórias e narrações das 17 freguesias do concelho de Pombal, levou cerca de 130 pessoas à sede da Filarmónica da Guia. 

A avó Pombalina contou as histórias das 17 freguesias a Alícia
O GATA conta, neste momento, com 22 pessoas com idades compreendidas entre os 14 e os 50 anos. “Nesta peça tivemos 15 actores em palco, dois técnicos de luzes, dois membros que ajudam nos bastidores e um fotógrafo”, revelou Helena Gonçalves, que tem 24 anos e é a coordenadora do GATA. Para divulgar o trabalho que têm estado a desenvolver, “utilizamos o facebook e contamos com o apoio da Associação Horizonte, através do jornal”, explicou a responsável.

Esta foi a nona estreia de um grupo que já existe desde 2000 e quer divulgar o seu trabalho em toda a freguesia e em todo o concelho de Pombal. “Queremos ir para além do distrito”, disse a coordenadora sobre as ambições do grupo. Acerca da peça de teatro, Helena Gonçalves, “sabia que todos tinham de trabalhar bastante para contar às pessoas a história das localidades”.

Elenco da peça "TPC da Alícia - Terras de Pombal Contadas
A peça foi apresentada no âmbito do Festival de Teatro que decorreu de 14 a 29 de Março, em Pombal. No que se refere à importância destes eventos para espalhar cultura, a responsável pelo GATA é da opinião de que “é muito bom divulgar aos nossos vizinhos para que conheçam aquilo que fazemos”. Reconhece que, por quererem mostrar o trabalho às populações das freguesias de Pombal, é necessário ensaiar, pelo menos, uma vez por semana. “Ultimamente ensaiámos duas vezes porque se estava a aproximar a estreia e sentimos essa necessidade”, mencionou.

Também nesse sábado, em simultâneo com a peça do GATA, "A Mulher é o Diabo, Doutor" subiu à ribalta, protagonizada pelo Teatro Amador de Santiago (TAS), no auditório da Junta da Freguesia de Abiul. Também a peça "Romeu e Julieta”, apresentada pelo Teatro Amador de Pombal (TAP), presenteou o público do salão da Sociedade Filarmónica Vermoilense. No domingo, 15, a mesma peça, subiu ao palco do salão polivalente de Almagreira.

Encerramento do festival de teatro foi este fim-de-semana

Para terminar em beleza o Festival de Teatro de Pombal, no Dia Mundial do Teatro, sexta-feira, 27, o Teatro-Cine de Pombal acolheu o espectáculo «One Man Alone», pelo Teatro Didascália e com a interpretação de Bruno Martins, num espectáculo a solo. 

Espectáculo revelou-se uma surpresa para miúdos e graúdos
No dias 27 e 28 foi a vez de «La Petit Caravane», de Adrián Conde, estacionar no Largo do Cardal para um espectáculo onde o artista de variedades mais pequeno do mundo quis montar o seu teatro. 

No dia 28, sábado, pelas 21h30, o Teatro Amador de Pombal (TAP) recebeu o espectáculo «Com Amor, Papel Manteiga e Marcador», pelo AL.GU.RES - Colectivo de Criação Artística, um espectáculo de clown com Susana Cecílio sobre desencontros, amizade, solidão e muito riso. 

sábado, 28 de março de 2015

Caminhada Solidária reuniu uma centena de pessoas

Ajudar a Liga Portuguesa contra o Cancro foi o principal objectivo
 A Associação Académica de Carnide (AAC) associou-se à Junta de Freguesia para angariar fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. No Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, os membros da associação quiseram sensibilizar os habitantes da localidade para uma doença que continua a matar centenas de pessoas todos os anos e cuja cura está longe de ser descoberta.

Foi por isso que organizaram uma Caminhada Solidária, pelas estradas de Carnide, onde cobraram o preço simbólico de cinco euros, que incluía uma t-shirt da Liga Portuguesa Contra o Cancro e um lanche. A partida iniciou-se pelas 15h30 e terminou às 16h30, altura em que se iniciou de uma aula de zumba, junto à capela.

A ideia de criar este evento solidário surgiu por parte dos 16 elementos da AAC que propuseram a iniciativa à Junta de Freguesia. Steve Gonçalves, 21 anos, vice-presidente da AAC, explicou que a adesão à caminhada superou as expectativas: “esperávamos que estivessem presentes cerca de 50 a 60 pessoas, mas tivemos 103 inscrições.” O principal objectivo foi conseguido: “angariar dinheiro para a Liga Portuguesa Contra o Cancro”, acrescentou.

Benefícios da caminhada solidária passaram pelo bem-estar
Soraya Vieira, 21 anos, vice-presidente do conselho fiscal da AAC, acredita que, quando se fala em ajudar, as pessoas associam-se a essas causas: “juntam-se quando sabem que é por uma boa causa. Mesmo que tenham dificuldades, acabam sempre por dar uma pequena contribuição”, declarou. “Associamos esta iniciativa a algo saudável, bom para o físico, e as pessoas acabam por se ajudar a elas e às outras”, acrescentou.

No que se refere aos contactos com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, para se associar a esta iniciativa, Soraya Vieira referiu que “foi fácil, porque todas as pessoas foram muito simpáticas”.

A Junta de Freguesia de Carnide também patrocinou o evento com a cedência dos lanches. “A Junta de Freguesia gostou muito do apelo que a associação académica fez, colaborou na oferta das sandes e da água”, mencionou Sofia Gonçalves, tesoureira. “Foi muito bom ver a adesão das pessoas a esta acção e estes são momentos que se devem repetir”, acrescentou. Esta foi também uma oportunidade de relembrar a população que a AAC não existe só no Verão: “é uma associação que pode trazer várias coisas positivas à população da Freguesia de Carnide”.

Caminhada realizou-se pelas ruas de Carnide durante uma hora
“Queremos dar continuidade a este evento e vamos realizar mais iniciativas deste género”, admitiu Eurico Mota, vogal da AAC. “A divulgação das nossas iniciativas passa pela colocação de propectos, no centro social, em cafés, nos supermercados, nas escolas e nas redes sociais”, disse o mesmo.

O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), O “Menu Fresco” e a empresa “Distrimagi” foram outras das instituições que patrocinaram o evento. Também Alexandra Fernandes ajudou com o som e Jéssica Neto foi convidada a dinamizar a aula de zumba. 

AAC quer continuar a levar o espírito académico a Carnide
Elementos da Associação Académica de Carnide
A Associação Académica de Carnide (AAC) existe desde 2004 e conta, neste momento, com 16 elementos no activo. Os membros da associação pretendem mostrar à população de Carnide o que é o Ensino Superior e aproximá-la desta realidade, por muitos ainda desconhecida. É por isso que têm vindo a organizar festas temáticas de que é exemplo “a tenda do DJ, que acontece nas festas da igreja, no segundo fim-de-semana de Agosto”, explicou Eurico Mota, 26 anos, vogal na AAC.

A associação quer continuar a dinamizar eventos que facultem uma aproximação à realidade do Ensino Superior e desmistificar a ideia de que ensino universitário baseia-se apenas no entretenimento. É por isso que em “Maio ou Junho” os membros da AAC pretendem realizar um evento dedicado às tunas académicas. “Este ano estamos a programar fazer um arraial académico, onde teremos uma ou duas tunas”, revelou o vogal. “Tentamos dinamizar a freguesia e queremos fazer chegar até às pessoas o nosso conhecimento sobre o mundo académico”, acrescentou.

Os membros da AAC tentam proporcionar um papel inclusivo, de todas as pessoas, nas diversas actividades que fazem, de forma que os habitantes “dos sete aos 70 anos” possam participar. Todos os anos a associação procura membros novos para que, tal como os projectos que tem, possa vir a crescer no número de associados. “Queremos aumentar a actividade que temos tido na ACC, trazer até cá um arraial académico, para dar a conhecer a realidade do mundo universitário à população de Carnide”, explicou o vice-presidente, acrescentando que “estas acções traduzem-se num impacto positivo para a população de Carnide”.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Miguel Diz é bi-campeão nacional de karaté

Pela terceira vez o atleta Miguel Diz foi chamado a representar a selecção nacional de karaté no campeonato da Europa, que se realizou em Zurich, de seis a oito de Fevereiro. O praticante da vertente combate, kumite, sagrou-se bi-campeão nacional em 2015, no escalão júnior, na categoria de peso -76 kg. Em entrevista ao "Aqui há Notícia", o estudante do 12º ano do curso Ciências e Tecnologias fala acerca do desporto que o viu crescer, da forma como o concilia com os estudos e de outros passatempos que tem.

Miguel Diz é bi-campeão nacional na vertente de combate
Ana Isabel Mendes (AIM): Como, quando e porquê que surgiu o gosto pelo karaté?
Miguel Diz (MD): Fui influenciado pela família porque o meu pai sempre fez karaté, desde os 14 anos. Dá aulas de karaté já há vários anos. Eu pratico desde os seis anos de idade. Assistia aos treinos que o meu pai dava e sempre gostei da modalidade. Claro que o gosto me foi incutido, também, pelo meu pai.

AIM: Tendo em conta que o karaté se divide em duas vertentes, a de técnica e forma e a da combate, qual é a que mais te chama à atenção?
MD: A vertente de combate. O objectivo do kumite é o de marcar pontos, que são dados consoante seis critérios: a técnica, onde se verifica se os movimentos são bem executados; o controle, porque no kumite não há contacto físico; a distância; a atitude desportiva; o modo de combate, que implica que os adversários estejam sempre alerta; e o timing, isto é, o momento em que a técnica é executada.

Kumite é a vertente do Karaté que o jovem pratica 
AIM: O teu pai sempre praticou só kumite (combate) ou também passou pelas katas (técnica, forma e movimentos)?
MD: Ele especializou-se mais no kumite, embora tenha também feito as katas. O desporto é sempre baseado numa parte tradicional, de onde vêm as técnicas que, posteriormente, são aplicadas num contexto diferente. 

AIM: Actualmente é o teu pai que te treina. Sentes que, de alguma forma, te é exigido mais a ti do que aos teus colegas?
MD: O grau de exigência é mais ou menos o mesmo, embora eu saiba sempre que ele exige mais de mim. Não há distinções entre colegas. No Núcleo do Desporto Amador de Pombal (NDAP), embora haja colegas da minha idade (com 17 anos), o desporto é praticado logo desde os quatro anos. Actualmente somos cinco ou seis atletas de idades entre os 14-17.

AIM: Quantas vezes por semana e quanto tempo por treino praticas?
MD: Este ano não consigo praticar todos os dias porque tenho frequento aulas de inglês às quartas-feiras. Pratico durante os outros dias, excepto ao domingo, duas horas por treino. Como o meu pai é o meu treinador tenho uma maior facilidade em ajustar as horas e os dias em que treino. Os treinos realizam-se no pavilhão da Caldeira, mas, por vezes, às sextas-feiras, treino em Lisboa, com atletas que competem ao nível nacional.


Miguel Diz num combate
AIM: Quais são as principais exigências subjacentes à prática deste desporto?

MD: Embora seja de uma categoria de pesos, eu nunca tive uma grande preocupação com a alimentação. Com a minha subida para o escalão sub-21, - 75 kg, vou ter de começar a ter mais cuidados. Além da alimentação, é preciso ter uma grande capacidade física e psicológica.



AIM: Como se lida com a derrota?

MD: Deve ser encarada como uma forma de aprendizagem, porque embora percamos, isso não significa que tenhamos feito algo de errado, mas sim que o adversário tenha sido melhor que nós. Naquele momento pode ter sido melhor, mas não quer dizer que percamos o nosso valor. É, ainda, necessária dedicação e empenho no treino.



AIM: Quais são os maiores obstáculos que existem na prática de karaté em Portugal?
MD: Existe uma grande falta de patrocínios aos atletas que praticam este desporto. As modalidades amadoras carecem de apoios financeiros. Na sua grande maioria, as estadias têm de ser pagas, na totalidade, pelos atletas. Há duas empresas de familiares que me apoiam: os Vinhos Martha's (vinhos do Porto) e Zetacorr (empresa de prevenção à corrosão de pontes).

AIM: Que concelhos dás a um aspirante à prática do karaté?
MD: É preciso ter espírito de sacrifício. Muitas vezes, principalmente na alta competição, é preciso abdicarmos de certas actividades, como as saídas à noite com os colegas.

AIM: Com que idade se deve começar?
MD: Quanto mais novo melhor. A partir dos cinco ou seis anos, porque a criança ainda está na altura de desenvolver algumas capacidades motoras que mais facilmente são corrigidas.

Sagrou-se bi-campeão nacional na categoria de peso -76 kg
AIM: Qual é a tua definição de karaté?
MD: É uma forma de eu me abstrair do dia-a-dia, do estudo, de relaxar, embora seja exigente física e psicologicamente. Por outro lado, permite conviver, conhecer pessoas novas e partilhar conhecimentos diversificados.

AIM: De 6 a 8 de Fevereiro foste chamado a representar a selecção nacional de karaté no Campeonato da Europa, que se realizou em Zurich. Como foi a experiência e como decorreu a tua prestação?
MD: Foi já a minha terceira internacionalização. É sempre uma experiência gratificante, embora não tenha corrido da melhor forma, já que perdi no primeiro combate com um atleta de Monte Negro. O torneio de karaté funciona com rondas onde se fazem eliminatórias.

AIM: Que objectivos tens no que respeita ao karaté?
MD: Tenciono continuar a treinar, o objectivo é ir estudar para Lisboa, para conciliar a minha área de estudos com os treinos. Fazer do karaté uma carreira profissional é difícil. Há poucos profissionais da modalidade no mundo, pelo que não tenciono fazer desta actividade uma carreira profissional. Estou no 12º ano e frequento o curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias e gostava de seguir Engenharia, embora não saiba qual (risos).

AIM: Quais são os teus passatempos?
MD: Embora não saia muito com os amigos, por vezes costumo fazê-lo. De resto vejo filmes e séries. O karaté não restringe muito a minha vida, pelo que sou um adolescente normal. 

Miguel Diz (ao centro) e alguns dos seus colegas e treinadores
Internacionalizações no âmbito do escalão júnior (16-17 anos):
A 1ª ocorreu em 2013, fui ao campeonato do Mundo em Espanha;
A 2ª ocorreu em 2014, no campeonato da Europa em Lisboa;
A 3ª ocorreu em 2015, no campeonato da Europa em Zurich (Suiça).

O que é o karaté?
Karaté é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias”. É uma arte marcial japonesa e um método de ataque e de defesa pessoal que inclui diversas técnicas executadas com as mãos desarmadas.Os praticantes de karaté são denominados “karatecas”. Nas lutas, os karatecas só podem usar o próprio corpo (mãos, braços, pés, pernas, etc.), bem como os bons reflexos de visão e a inteligência. A modalidade divide-se em duas vertentes: katas, onde é valorizada a técnica e a forma e são avaliados os movimentos e kumite, a vertente de combate.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Festival de Sopas juntou mais de 500 pessoas na Guia

Cerca de 500 pessoas juntaram-se no salão paroquial da Guia para provar sopas, no domingo passado, dia 1 de Março. O evento, organizado pela Comissão de Festas de N. Sra. da Guia, teve como objectivo a recolha de fundos para a festa que se realiza no último fim-de-semana de Julho. A adesão superou as expectativas dos organizadores.

O 1º Festival de Sopas foi um dos eventos realizados pela Comissão de Festas de Nossa Senhora da Guia com o objectivo de obter fundos para a concretização da festa que se vai realizar nos dias 31 de Julho e 1, 2 e 3 de Agosto. “O orçamento [da festa] é bastante elevado e tentamos angariar fundos para nos salvaguardarmos”, revelou o vice-presidente da comissão, Pedro Neves, ao Pombal Jornal.

Durante a hora de almoço de domingo, dia 1 de Março, os cerca de 500 visitantes puderam saborear 17 sopas diferentes, “feitas por pessoas da zona e por alguns restaurantes, que cederam algumas das suas especialidades”, explicou Pedro Neves. “Este evento superou as expectativas, pois estávamos à espera de 250 pessoas e contámos com mais de 500”, acrescentou.

O valor estimado angariado durante o almoço “deve rondar os 1000 a 1500 euros”, frisou o vice-presidente da comissão de festas.

“Este é o resultado do trabalho e do empenho desta comissão, que a Junta de Freguesia apoia e é por isso que está aqui todo o executivo e alguns representantes da Câmara Municipal de Pombal”, declarou Manuel Serra, presidente da União de Freguesias de Ilha, Guia e Mata-Mourisca.

Este é apenas um dos vários eventos organizados para obter receitas para a festa em honra de Nossa Senhora da Guia. “Temos torneios de sueca e de chinquilho; no dia 6 de Abril iremos realizar um passeio de Todo-O-Terreno, onde esperamos juntar mais de 100 pessoas. Também já fizemos o sorteio de um cabaz de Natal. Durante o ano realizamos uma série de eventos para termos dinheiro para a festa”, admitiu Pedro Neves.

“É um evento que dá muito trabalho organizar mas somos um grupo muito unido e temos pessoas de fora a ajudarem-nos”, frisou o presidente da Comissão de Festas de Nossa Senhora da Guia, João Patrício, que foi escolhido para assumir o cargo no ano passado. Desta comissão, que também já assegurou a festa de passagem de ano 2014/2015, fazem parte cerca de 30 elementos com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos.

No fim ficou o apelo: “o povo da Guia que esteja connosco, continue a acreditar nesta comissão e compareça nas iniciativas que vamos continuar a organizar”, mencionou o vice-presidente da Comissão de Festas acerca de um evento “que não é para a comissão mas sim para toda a gente”.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Ivan Silva soma troféus lá fora no jiu-jitsu

A medalha de prata e um 2º lugar, num Open Internacional de Inverno, que se realizou em Munich, na Alemanha, no domingo passado, 1 de Março, foi a última vitória do desportista.

O protagonista deste e de outros troféus no jiu-jitsu é emigrante, tem 30 anos e é natural de Pombal. Atingiu a prata em Londres há cerca de duas semanas e ganhou a medalha de bronze do campeonato europeu de jiu-jitsu que decorreu em Janeiro deste ano, em Lisboa.

O actual campeão na Suiça em 80 kg, em faixa branca, já no ano passado conquistou “nove medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze no Europeu”, disse ao Pombal Jornal. Outras foram as vitórias que fundamentam os títulos de Ivan Silva: “a medalha de ouro nos Opens Internacionais de Londres, Madrid, Zurich e Paris”.

Ivan Silva rodeado pelos mestres
À semelhança de muitos outros jovens portugueses o ex-militar decidiu emigrar para a Suiça em busca de uma vida melhor. “ A crise e o ‘sistema’, só nos oferecem baixos salários, desemprego e uma grande incapacidade de sonhar num futuro melhor”, referiu acerca do país que se viu obrigado a deixar há três anos. Considera, no entanto, que a Suiça lhe oferece melhores condições de progressão na carreira ao nível profissional e desportivo: “devido aos salários bastante mais elevados, permite-me viajar e pagar as inscrições em torneios internacionais”, explicou.

Por sua vez, é na Suiça que tem encontrado treinadores, campeões do mundo nesta arte marcial. “O poder económico deste país e a sua posição central na Europa permite-nos viajar e pagar os custos nos principais torneios internacionais”, referiu Ivan Silva. Treina jiu-jitsu todos os dias, duas horas por treino. Contudo, “nos dias em que não há treino vou ao ginásio para fortalecer a parte cardiovascular”, declarou. Refere que, no entanto, não é fácil conciliar a prática desportiva e a actividade profissional: “não é fácil conciliar os treinos com a construção civil, mas com esforço e vontade tudo se consegue, e claro, se fosse fácil não teria tanto interesse”.

Mas afinal o que é o jiu-jitsu?

Jiu-jitsu é uma luta de solo/chão, assim como o judo ou uma arte greco-romana. O principal objectivo é imobilizar ou fazer desistir o adversário”, explicou Ivan Silva. “O que caracteriza o jiu-jitsu brasileiro ou arte suave como também é chamada, é a utilização de técnicas como chaves de braços e estrangulamentos, utilizando a própria força do adversário e peso do mesmo”. Esta arte marcial pode ser praticada por todos, e é a prova de como a técnica supera a força. É possível, por isso, o forte perder com magro e uma pessoa de 50 anos vencer uma de 20.

O desportista mostra as medalhas
Era ainda muito jovem quando o gosto por esta arte marcial começou a aparecer: “há uns anos o jiu-jitsu atraiu em especial a minha atenção, pois tinha um amigo recém-chegado a Portugal do Brasil que já praticava o jiu-jitsu e, entre brincadeiras, me imobilizava com facilidade e tranquilidade”, referiu. Foi nessa altura que surgiu o ‘bichinho’ pela prática.

Há quem pratique esta arte marcial em Pombal, e, apesar de estar fora de Portugal, Ivan tem amigos que “treinavam há uns anos em Leiria, e outros que estão, neste momento, fora de Pombal e treinam”, mencionou.

Voltar à terra Natal é o desejo de muitos emigrantes que, pelas mesmas razões de Ivan rumam para fora do país em busca de melhores condições de vida. Mas, por agora, esta não é a prioridade do desportista. “Para já tenho de criar bases para um dia voltar e poder ter uma vida estável. O nosso concelho esta um pouco adormecido, creio eu, porque grande parte dos jovens teve que sair ou emigrar. Quanto às oportunidades em Portugal são poucas ou quase nulas”, declarou Ivan Silva, que neste momento está a viver na zona de Fribourg, na Suiça.

O desportista pertence à equipa Kimura Nova União e, através deste clube, vai lutar para ir ao campeonato mundial, que se vai realizar nos Estados Unidos da América no próximo mês de Maio.

Jiu-jitsu é uma arte marcial, com origem na Índia, que utiliza várias técnicas e golpes para derrotar o oponente. “Jiu-jitsu” significa suavidade na técnica. “Jiu” significa suave e “jitsu”, arte ou técnica, e é um termo de origem japonesa. Aquando da prática desta arte marcial utiliza-se a força própria e, quando possível, a do adversário, o que possibilita que um lutador, mesmo sendo menor que o oponente,  ou tendo um peso inferior, consiga vencer.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Sacos de plástico dividem pombalenses

Desde o dia 18 de Fevereiro que, na hora de ir às compras, o melhor mesmo é levar um saco consigo. Caso contrário terá de o pagar na loja.

Promover o uso de sacos reutilizáveis para combater a acumulação de plásticos nos ecossistemas e consciencializar a população para a importância da redução da poluição provocada por estes materiais são dois dos objectivos do decreto-lei nº82-D/2014 de 31 de Dezembro, que estabelece um regime de tributação dos sacos de plástico leves, no âmbito do quadro da reforma da fiscalidade ambiental. Uma das metas mais ambiciosas dos Governo é reduzir o consumo per capita para 35 sacos por ano por habitante, a médio-longo prazo. Mas afinal o que pensam os pombalenses sobre esta medida?

Sérgio Soares vende sacos desde meados de Fevereiro
Sérgio Soares, proprietário da Livraria e Papelaria Soares, é um dos comerciantes que já teve de pagar um imposto sobre os sacos de plástico que vende. “Estão a cobrar à cabeça todo o stock que nós tínhamos e deveria ser por fases, à medida que íamos vendendo os sacos, pois muitas pessoas foram apanhadas desprevenidas”, explicou.

Acredita que “o conceito está bem colocado, mas a forma de cobrar o imposto está errada. Eu, por exemplo, comprei os meus sacos em Julho e se eu soubesse que o imposto que eu tinha de pagar cerca de 200 euros, não tinha comprado tantos sacos”, explicou. Isto até porque as pessoas estão a trazer os sacos de casa. Sobre as reacções dos clientes admite que “dizem que é outra forma de imposto para o Governo ganhar rapidamente dinheiro, mas concordam com a medida.”

Odete Gonçalves afirma que as pessoas trazem os sacos de casa
Também Odete Gonçalves, proprietária do mini-mercado “O Mercadinho”, revela que tem algumas dúvidas quanto à aplicação do imposto: “não é justo estarmos a pagar sobre os sacos que tínhamos já comprado; já pagámos o IVA ao Estado. Agora, se quisermos utilizar esses sacos, temos de declará-los na alfândega e pagá-los de novo. Nesse caso, temos de pagar duas vezes, o que não é justo.”

Do lado dos clientes, as dúvidas prevalecem. Ângela Marques, 31 anos, professora de português, é da opinião de que o imposto é “estranhíssimo porque, quando vamos comprar roupa, não voltamos com a camisola na mão. Se os sacos de plástico leves demoravam 300 anos a desfazerem-se, e agora pagamos 10 cêntimos por um saco que tem o triplo ou o dobro da grossura de um dos leves, porque não utilizar sacos de papel?”.

Também Helena Silva, 43 anos, doméstica, acredita que os sacos de plástico são um pouco caros mas que há sempre uma solução: “acho que quem não quiser pagar deve trazer de casa um saco reutilizável”.

Em que efeitos positivos vai traduzir-se a medida?

Apesar da implementação desta medida ter já suscitado diversas reacções positivas e negativas, pelos comerciantes e pelos clientes, há quem acredite que a médio-longo prazo vai mostrar os seus resultados. “Há três meses, 100 pessoas pediam 200 sacos, neste momento, aquilo em que reparo é que, em 100% das pessoas, no máximo cinco pessoas não estão a trazer saco de plástico e solicitam”, sublinha Vitor Domingues, proprietário da EuroLojas.

Vitor Domingues sabe que a medida traz algumas vantagens
“As pessoas já se mentalizaram que não querem pagar pelos sacos de plástico. Foi a medida que mais depressa foi aceite. Os clientes não estão dispostos a pagar, nem que os sacos estejam a 1 ou 2 cêntimos”, acrescenta o proprietário do espaço que abriu portas no mês passado. Ao contrário de Sérgio Soares que considera que a meta do Governo ao pretender reduzir o consumo para pouco mais do que um saco por mês por pessoa, não vai surtir efeitos, Vitor Domingues acredita precisamente no contrário: “vão conseguir fazer isso”, admite.

No que se refere à diminuição do consumo de sacos de plástico e ao consequente abrandamento dos efeitos negativos no ecossistema, Paulo Carvalho, proprietário da frutaria “O Agricultor”, é da opinião de que a medida é positiva. “Eu acho bem para haver menos poluição”, diz. Mantendo a sua forma de actuar, ao lidar com o cliente como com “um membro da família”, o comerciante vai continuar a não cobrar pelos sacos de plástico. “O cliente, ao longo de todo o ano, dá rendimentos para o saco. Não os vou taxar nunca”, afirma.

Discurso Directo

Ângela Marques, 31 anos
Professora de Português

“É estranhíssimo porque, quando vamos comprar roupa, não estávamos habituados a que nos perguntassem se queríamos sacos de plástico. Se os sacos de plástico leves demoram cerca de 300 anos a desfazerem-se no meio ambiente, porque é que agora pagamos 10 cêntimos por um saco que tem o triplo ou o dobro da grossura de um dos leves? Isso não faz sentido: se é por questões ecológicas, deveríamos usar sacos de papel.”

Bruno Silva, 35 anos
Motorista distribuidor

“Acho que vai prejudicar o consumidor e não beneficiar, se bem que existia muita gente que exagerava no consumo dos sacos de plástico. Acho que poderiam ser implementadas outras medidas para contornar o problema, como a utilização de sacos de papel.”

Helena Silva, 43 anos
Doméstica

“Eu acho que é o Estado quem mais vai beneficiar com esta medida, porque quem quiser comprar, continua a consumir sacos. Esta medida não está bem implementada, se estivesse, todos os sacos teriam o mesmo preço. Quando vou às compras, costumo trazer sacos de casa.”

sexta-feira, 13 de março de 2015

Jaime Pascoal assume direcção artística

 Jaime Pascoal, aos 33 anos, dedica a sua vida à música
Desde Janeiro deste ano a Sociedade Filarmónica Vermoilense tem um novo maestro. Depois de 17 anos de direcção artística da banda, pelo maestro Paulo Clemente, hoje a batuta pertence ao maestro Jaime Ferreira Pascoal. Aos 33 anos de idade, o trombonista agarra este novo desafio sem medo de arriscar.

O convite para assegurar a direcção artística da Sociedade Filarmónica Vermoilense surgiu por acaso no final de Novembro do ano passado. “A direcção da banda telefonou-me a dizer que queria falar comigo. Quando fizemos uma reunião disseram-me qual era o interesse deles. Aceitei: é um novo projecto”, disse Jaime Pascoal ao Pombal Jornal. Coincidência ou não foi no início desse mês que começou a ter aulas de regência com o maestro Alberto Roque na Sociedade Artística Musical dos Pousos – SAMP. “Já tinha tido outras experiências de direcção, mas nunca como responsável”, admitiu.

Desde o ano lectivo 2013-2014 dava aulas na escola de música da mesma filarmónica. Trombone, bombardino e tuba são os instrumentos que estão a seu cargo. Mas não é só na escola de música que dá aulas: “neste momento dou aulas em Tomar na Canto Firme, em Ourém na Ouriarte, na Filarmónica de Ansião às quartas à tarde, em Vermoil aos sábados de manhã e na Filarmónica da Guia aos sábados à tarde”, declarou.

A Sociedade Filarmónica Vermoilense conta, neste momento, com cerca de 43 elementos. “A banda é totalmente jovem, a média de idades deve rondar os 15 ou 16 anos”, admitiu o maestro. Apesar do receio inicial em agarrar um projecto desta índole, pois “quando há mudanças de maestro, muitas das vezes, não são pacíficas”, Jaime Pascoal revelou que ficou “surpreendido pela positiva porque a banda demonstrou um nível bastante bom”, assim que ensaiou pela primeira vez.

“Há um trabalho muito grande a desenvolver e espero conseguir fazê-lo. Quero chegar a determinados níveis de qualidade que penso que é possível atingir”, assegurou. Apesar de saber que os objectivos a que quer chegar implicam um esforço muito grande, “há muita coisa a trabalhar em termos de conjunto e há que desenvolver um reportório de forma a fazermos bons concertos”, mencionou o maestro.

Para que seja possível evoluir e crescer musicalmente Jaime acredita que é necessário sair da “zona de conforto”. “A minha atitude vai passar um pouco por frequentar alguns encontros de bandas fora do concelho e concursos de bandas que são tudo coisas que ajudam a motivar os músicos e a desenvolver mais qualidade”, explicou.

O balanço do primeiro mês de trabalho é, nas palavras do maestro, bastante positivo: “ainda só passou um mês e poucos ensaios mas deu já para ver que dá para desenvolver um bom trabalho. Estou contente com o trabalho realizado neste pouco tempo e espero continuar assim.” Os ensaios da Sociedade Filarmónica Vermoilense decorrem na sede da instituição, aos sábados, das 21h às 23h. E, para mostrar o trabalho dos músicos e apresentar o novo maestro, vai realizar-se um concerto, às 21 horas na sede da filarmónica.

Mas não é só na filarmónica que o trombonista desenvolve um trabalho notável: pertence a um projecto que iniciou em Leiria, há três anos, com uns amigos, a Farratuga e frequenta a Orquestra de Jazz de Leiria.

“É um pouco complicado conciliar a direcção da filarmónica com outras actividades que tenho, mas há que gerir o tempo que há, e fazer as coisas sempre da melhor forma”, explica. Uma das propostas de que teve de prescindir para agarrar o projecto foi a de dar aulas de trombone na escola de música da filarmónica da Ilha. “Como são todas actividades relacionadas com o mundo do espectáculo pode haver colisão de datas. É preciso chegar a um consenso e viabilizar as coisas: se por um lado é cansativo, por outro acaba por ser compensador.” Acredita que é necessário estabelecer um plano prévio para cada semana: “as coisas são planeadas muito tempo antes e não de um dia para o outro, de outra forma não dá para chegarmos onde queremos”, declarou o maestro acerca do seu método de organização.

Currículo Musical
_________________________________________________________________

Jaime Ferreira Pascoal iniciou os seus estudos aos nove anos de idade na Filarmónica Artística Pombalense. Aos 18 anos entrou no conservatório de Coimbra na qualidade de trombone. É licenciado em música, variante trombone, pela Escola Superior de Música de Lisboa desde 2013 e, neste momento, frequenta o mestrado em ensino de música na mesma escola. Frequentou diversos master class com trombonistas portugueses e estrangeiros de referência. Participou em estágios de orquestras, trabalhando com maestros como portugueses e estrangeiros. É membro da Orquestra de Jazz de Leiria e da Farratuga. Lecciona a disciplina de trombone em Ourém, na Ourearte e em Tomar, na Escola de Canto Firme desde o ano lectivo 2011/2012. Desde o ano 2000 dá aulas em diversas filarmónicas do concelho de Leiria, de Pombal e de Ansião. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Sarau mostrou trabalho de jovens ginastas


Dezenas de atletas mostraram aos seus familiares e amigos o trabalho que têm estado a realizar desde meados de Dezembro passado. O balanço do projecto, que já existe desde 2010, tem sido positivo.

Alguns ginastas pombalenses tornaram diferentes algumas horas do fim-de-semana dos familiares e dos amigos."Fizemos este espectáculo para mostrar aos pais dos atletas o que eles fazem nas classes de formação. Pretendemos, também, angariar fundos para investir em material", explicou João Simão, professor de ginástica acrobática, ao Pombal Jornal.

O grupo de dança ArtMovement abriu e encerrou o Sarau com músicas hip-hop diversificadas e cheias de ritmo. O evento que teve a duração de cerca de uma hora não deixou ninguém indiferente. No fundo, acabou por ser também um treino para o fim-de-semana passado, já que apenas com nota positiva é que os atletas podem continuar a treinar durante esta época. "O nosso próximo objectivo é o fim-de-semana, altura em que vai acontecer o apuramento para as provas internacionais. Esse fim-de-semana é essencial porque eles só podem prosseguir a época se tiverem nota positiva nesta prova", referiu o professor de ginástica.

"O objectivo é chegar ao campeonato nacional", acrescentou Simão. E já há datas para a prova: "em Maio vamos participar numa prova internacional que vai acontecer em Lisboa", explicou. Daí a importância da frequência e do tempo dos treinos: quatro vezes por semana, três horas por treino, porque "a artística é complicada e só assim é que se consegue", sublinhou o professor.

As idades dos ginástas são muito diversificadas: a partir dos seis, muitos são aqueles que lutam por um lugar no mundo da ginástica acrobática. "Tenho desde os infantis aos júniores"- os infantis têm entre seis e 12 anos, os iniciados entre os oito e 16, os juvenis entre os 11 e 12, os juniores entre 12 e 19 e os séniores dos 14 em diante.

Os treinos começaram, esta época, mais tarde do que o previsto porque o pavilhão esteve em obras. Em vez de Setembro, só no dia 15 de Dezembro começaram a preparar as provas. "Nós temos as classes de formação no ginásio da Escola Marquês de Pombal, mas para a competição treinamos a toda a semana no Pavilhão das Actividades Económicas", disse Simão.

"Foi em 2010 que integrei o clube, embora a modalidade exista já há 30 anos em Pombal", declarou João Simão acerca do projecto a que se tem dedicado ao longo destes anos. "Quando saí do Núcleo e integrei o AcroPombal eramos cerca de 40. Hoje temos uma média de 120 atletas, e há alguns em lista de espera", assegurou acerca do crescimento do clube.

O crescimento não se reflecte só no número de atletas praticantes; também se traduz em sucessos: "no ano passado tivemos um terceiro lugar de um par masculino numa prova internacional." Simão declarou aínda que todos os anos há tempo para a apresentação de um espectáculo final:"anualmente fazemos um grande espectáculo final, que será  no pavilhão, com luzes e som e cerca de 100 ateletas ao mesmo tempo", finalizou.

domingo, 8 de março de 2015

Partido Comunista Português celebrou 94 anos de luta

PCP festeja aniversário com popa e circunstância
A Comissão Concelhia de Pombal do Partido Comunista Português (PCP), organizou um jantar para celebrar os 94 anos de existência do partido, no sábado, dia 7 de Março, no restaurante “Solar da Pregueira”, localizado no Barrocal.

Além de dar a conhecer as soluções que o partido defende para o país, a ocasião serviu para a concelhia fazer um balanço da acção do partido no concelho de Pombal. O evento foi, também, aproveitado para sublinhar o Dia Internacional da Mulher, dando enfase aos direitos conquistados há 40 anos e ao facto de estes nem sempre serem respeitados.

Maria José Anastácio, militante do partido comunista, no âmbito das celebrações do Dia Internacional da Mulher, quis agradecer a todas as mulheres que lutaram pela igualdade de direitos. Foi por isso que não deixou de mencionar a génese de um dia tão simbólico, com um memorial às “cerca de 130 operárias que foram trancadas e morreram carbonizadas numa fábrica, nos EUA, a 8 de Março de 1857, por reivindicaram por melhores condições de trabalho.”

Gonçalo Paz, membro da Direcção Regional de Leiria do PCP, Ângelo Alves, da Comissão Política do Comité Central, Jorge Neves, Deputado Municipal do PCP na Assembleia Municipal de Pombal e Fernando Botas, membro da Comissão Concelhia de Pombal do PCP foram alguns dos nomes que marcaram presença no evento.

O jantar foi animado por grupos de músicos
Acerca da celebração dos 94 anos do PCP, Gonçalo Paz, falou num “momento de reforço do partido comunista, onde tentamos aumentar o projecto em Pombal.” Frisou o facto de o partido “querer um espaço ilimitado de intervenção na Assembleia Municipal, dada a eleição de um deputado municipal no Concelho de Pombal”.

Também Jorge Neves, deputado municipal do PCP na Assembleia Municipal de Pombal, sublinhou a questão de ter apenas “quatro minutos para intervir na assembleia municipal”, referindo que é “muito pouco tempo”. Referiu ainda o facto de o poder camarário querer “acabar com os discursos nas comemorações do 25 de Abril”. Considera este um atentado à liberdade de expressão, mencionando que “a voz de todos não deve ser silenciada”. Em jeito de conclusão mencionou que “retirar o discurso é, para nós, gravíssimo.”

A ocasião serviu, ainda, para mostrar os produtos endógenos que se produzem no concelho de Pombal, como a resina e os queijos tradicionais. Também teve como objectivo a “recolha de fundos para reforçar o alargamento do espaço da Festa do Avante!”, sublinhou o membro da Direcção Regional de Leiria do PCP.

Propostas do PCP para Pombal

No que se refere às propostas que o Partido tem para Pombal, Mário Martins, membro da Comissão Concelhia do PCP, sublinhou “a luta dos estudantes do Instituto D, João V, com o reactivamento da piscina que a escola tem, bem como as obras necessárias em algumas infraestruturas de convívio dos alunos”. Por sua vez não quis deixar de agradecer “a luta de todos os jovens das populações afectadas pela exploração de caulinos”. Não deixou passar em branco a acção dos “jovens que constituem a Comissão de Utilizadores do parque radical e a sua luta pela reposição do equipamento da prática desportiva no sítio original, onde não acarreta qualquer tipo de risco para a saúde dos praticantes”.

Mário Martins quis, ainda, “manifestar a preocupação acerca da questão do Concelho Geral do Agrupamento de Escola de Pombal, para que possa, no fim de mais um ano, terminar o processo que envolve a posse do Conselho Provisório para que o natural processo decorra e a instituição funcione na sua totalidade”.

 90 pessoas relembraram uma luta de 94 anos
No jantar estiverem cerca de 90 pessoas. “Em relação ao ano passado, registámos um número superior em cerca 30 pessoas e a expectativa é para que cada vez tenhamos mais militantes e simpatizantes do partido”, sublinhou Gonçalo Paz.

Números:
90 pessoas participaram no convívio
40 anos são aqueles em que as mulheres são reconhecidas como cidadãs de pleno direito
7 de Março foi o dia escolhido para celebrar o aniversário do PCP

Notas:
- Reforçar a presença do partido no concelho de Pombal, angariar fundos para a Festa do Avante! e mostrar os produtos que se produzem cá foram três dos principais objectivos
- O Dia Internacional da Mulher esteve em destaque nos discursos do pós-jantar
-Contra as políticas de direita, a referência a “Álvaro Cunhal, um dos grandes construtores do PCP” fez-se ouvir nas palavras de Ângelo Alves.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Este texto não é uma notícia

Quando nasce uma vida, renasce a esperança. Neste caso, a esperança renasceu a quadriplicar. Há cerca de quatro dias, a minha pequena Pirussas teve quadro pequenos, gordos e fofos cachorrinhos. Estes rebentos foram carinhosamente recebidos pela família Mendes mas, como não podemos ficar com eles, os pequenitos procuram donos responsáveis, dedicados e idóneos que os queiram adoptar. 

Apesar de esta pequena nota não ser uma notícia, é digna de ficar registada no meu blogue. Efectivamente foi a primeira (e espero que última) ninhada que por aqui apareceu. Após o período de amamentação, vamos proceder aos métodos necessários para esterilizar a cadelinha que adoptámos à uns meses. Apesar de a recepção de novas vidas ser um motivo para nos alegrarmos, é preciso ter consciência de que, para dar a devida atenção e os bons tratos necessários a todos os membros da família (e não me refiro só à alimentação; há a higienização, que passa por desparasitar os animais, a vacinação e os necessários banhos e outros cuidados que tais) é preciso ter condições. 

O meu apelo é para quem vai ficar com os meus quatro rebentos: tratem-nos como gostariam de ser tratados. Afinal um cão é um ser vivo que merece viver dignamente, com amor e carinho, com a saúde e o bem-estar a que todos os seres vivos deveriam ter direito!






domingo, 1 de março de 2015

Seis carrinhos de bens para ajudar quem mais precisa

A loja social de Albergaria dos Doze realizou uma recolha de alimentos junto ao supermercado Dias e ao Mini-Preço da localidade no fim-de-semana de 14 e 15 de Fevereiro. O objectivo deste projecto-piloto foi o de recolher bens alimentares não-perecíveis, de primeira necessidade, para oferecer às pessoas mais desfavorecidas.
Cerca de sete voluntários juntaram-se, durante os dias 14 e 15, para apelar ao espírito solidário dos clientes do supermercado Dias e do Mini-Preço da localidade. Os alunos do Externato Liceal de Albergaria dos Doze responderam ao convite de Miguel Neves, professor de Educação Moral Religiosa Católica, para colaborar nesta causa. "Acaba por lhes dar uma perspectiva do que os rodeia, o ponto em que está a sociedade. Importa perceber as necessidades, o que faz falta, e, acima de tudo, que eles são precisos para tornar a sociedade mais igual", explicou o professor.

"A loja social tem recebido vestuário, mas fomos apercebendo-nos de que necessitamos de bens alimentares", sublinhou Maria José Anastácio, voluntária e responsável pelo projecto de recolha de alimentos."Além de alertar a comunidade precisamos de angariar bens alimentares não perecíveis porque é necessário", referiu. 

A loja social abriu portas em Albergaria dos Doze no dia 26 de Dezembro de 2009 e trabalha em parceria com outras lojas sociais no Município de Pombal. Destina-se a todas as pessoas que "entendam que lá podem encontrar aquilo que necessitam, a custo zero", declarou Teresa Guapo, uma das voluntárias que está à frente do projecto. Desde a altura em que a loja abriu portas até hoje "houve uma grande procura pela novidade. Depois estabilizou".

Uma loja que apoia todos sem distinção acaba por servir mais as crianças ao nível do vestuário, "dado o custo das roupas e a sua desactualização rápida". Os apoios estendem-se a toda a freguesia de Albergaria dos Doze, mas, devido à sua localização privilegiada acaba também por servir as pessoas dos concelhos vizinhos: de Ourém e de Leiria. "Quando há escassez de bens num determinado sítio ou nós a sintamos, disponiblizamo-nos a ajudar e a ser ajudados", explicou Maria José Anastácio.

A Loja Social de Albergaria dos Doze está localizada “num espaço físico no escritório da Junta de Freguesia, em Albergaria, no edifício da antiga Escola Primária e funciona como uma loja aberta ao público onde as pessoas se deslocam“, explicou Teresa Guapo. O espaço funciona de segunda a sexta das 9 às 18 horas mas o objectivo é encontrar voluntários que se disponibilizem, também, a colaborar aos fins-de-semana.

Sensibilizar a população de Albergaria dos Doze, nomeadamente os mais novos, para a questão da solidariedade e para o voluntariado é o objectivo da primeira de outras campanhas de recolha de alimentos deste ano. "A solidariedade está instalada no espírito de bem fazer das pessoas, muito para além das fronteiras geográficas da comunidade e que respondem numa corrente de apoio solidário", concluiu a mentora.

A recolha fim de semana teve um balanço positivo. Ao todo, foram recolhidos seis carrinhos com bens alimentares e alguma roupa. Massas, cereais, arroz, conservas e sabonetes foram alguns dos bens recolhidos. Foram recolhidos bens não-perecíveis que vão ser entregues "a todas as pessoas que deles necessitem, numa loja social cujas valias são, exclusivamente, sociais".  Afinal a Loja Social de Albergaria dos Doze "não compra,  não vende, redistribui."
No fim ficou o agradecimento "à D. Manuela, funcionária da Junta de Freguesia, toda a colaboração que tem dado à Loja Social". Teresa Guapo não quis deixar de apelar, também, a "quem tenha disponibilidade e tempo para colaborar nesta causa, dado que os voluntários são poucos, mas dedicados".