sábado, 25 de janeiro de 2020

Sara Reis, na Indonésia: “Às vezes precisamos de rumar ao desconhecido para nos encontrarmos”

Com apenas 26 anos de idade, Sara Reis já tem inúmeras histórias para contar acerca dos países por onde tem passado; um ano na Indonésia, duas semanas em Hong Kong e na Eslovénia fazem desta leiriense, natural de Santa Eufémia, não apenas uma cidadã portuguesa, como também uma viajante do mundo.


“Nunca quis que a minha investigação para a dissertação de mestrado fosse «só mais uma». Por isso, através de uma amiga, concorri para uma bolsa oferecida pelo Governo da Indonésia, aceitaram-me e fui”, começa por explicar acerca de um percurso internacional que tem desenhado desde a altura em que tirou uma pós-graduação em Bahasa Indonésio e um mestrado em Português como Língua Segunda e Estrangeira.

“A ideia era estudar a língua e cultura indonésia, perceber o «estado» da pegada portuguesa, para depois regressar a Portugal e esmiuçar mais isso”, admite. “Convivi com várias pessoas de vários países da Ásia - Coreia do Sul, Japão, China, Tailândia e Vietname - e vai na volta, estive de mochila às costas por alguns deles - Singapura, Vietname, Camboja, Tailândia, Laos e Malásia”, refere acerca do percurso pela Ásia.

A Indonésia foi apenas o começo de uma aventura que passou por Hong Kong, onde Sara Reis trabalhou num projeto de voluntariado durante duas semanas, e Eslovénia onde, depois de defender a tese, fez também trabalho voluntário. “Fala-se muito da Europa, mas pouco se sabe acerca de muitos países que são agregados a ela, e neste caso, pelo facto de a Eslovénia ter apenas dois milhões de habitantes, pouco se saber sobre ela”, justifica.

Mas porquê essa necessidade de sair de Portugal? “Às vezes, precisamos de rumar ao desconhecido para nos encontrarmos, para nos auto-descobrirmos e para ganhar mais consciência de nós mesmos”, reconhece.


Apesar de, atualmente, trabalhar em Lisboa como
hostess nos restaurantes do Chef Kiko, e de ser embaixadora e buddy - professora voluntária - do Projeto SPEAK, que tambem nasceu em Leiria, sempre que regressa à terra que a viu nascer, Sara confessa ter uma “mistura de sentimentos”.


“Se por um lado, me sinto extremamente grata por ser leiriense, portuguesa, latina e cidadã europeia e, que por muitas voltas que a vida dê, Leiria vai ser sempre a minha casa, por outro, sinto o oposto”, admite. “Tal como os «nossos portugueses de há 500 anos», tenho que deixar a minha marca e fazer a diferença do tipo «esteve aqui uma portuguesa que nos ensinou que Portugal não se limita apenas ao Cristiano Ronaldo, mas que as pessoas são simpáticas e que os Pastéis de Nata e as Brisas do Lis são os melhores doces do Mundo»”, conclui.

O melhor na Indonésia...
“O melhor é a amabilidade para ajudar o próximo, mesmo quando ninguém fala inglês, e os sorrisos que são transversais a todos”, diz Sara.

O pior na Indonésia...

“Creio que o pior mesmo, consegue ser a gastronomia. Assumidamente, comer arroz ao pequeno-almoço e poucos vegetais durante as refeições, não funcionou para mim”, desabafa.


O mais surpreendente na Indonésia...  
Sara afirma que o mais surpreendente para ela foi “a capacidade de me reinventar sozinha e em países com línguas tão diferente da minha - às tantas já andava, a falar indonésio, e a dar uns toques de cantonês e eslovenio, que nem eu mesma acreditava bem no que estava a dizer”.


República da Indonésia

Fundação 17 de agosto de 1945
Área 1 904 569 km²
População 260 580 739 habitantes (estimativa 2017)Curiosidades
É um país localizado entre o Sudeste Asiático e a Austrália, sendo o maior arquipélago do mundo, composto pelas Ilhas de Sonda, a metade ocidental da Nova Guiné e compreende, no total, 17 508 ilhas.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Meados de janeiro e...

Meados de janeiro e 112 fotos tiradas com o meu telemóvel. Umas repetidas, outras desfocadas. Umas para guardar, outras para deitar fora. Momentos captados na efemeridade dos dias eternos de janeiro. Mês comprido e confuso para os corações desassossegados que procuram respostas. Mês igual a tantos outros para quem a vida segue sem "atropelos" inconsequentes ou acontecimentos inesperados. Mês de esperança para uns, gratidão para outros e incertezas para quantos não sei.

Chegámos a meados de janeiro de 2020. Novo mês, nova década. Esperanças rejuvenescidas e muitas resoluções ainda por concretizar. Janeiro chegou frio em Portugal e MUITO quente em Moçambique. A verdade é esta. E a saudade que me acompanha todos os dias, daqueles 2017 e 2018 vividos na "Pérola do Índico", faz-me acreditar que, quem sabe um dia, o destino me volte a levar para um mar quente sem fim e para aquele sol ardente de como não há memória (pelo menos em Portugal). Sorrisos... Ah, sorrisos esses que levo na memória e que nunca se apagarão em circunstância alguma. Sorrisos que me fazem sorrir e que deixam um rasto de esperança no meu ser.

Janeiro em Portugal. Frio aqui. Esperança acolá. Tempo de resiliência e de força para muitos. Tempo de alegrias e de concretizações para tantos outros. É meado de janeiro. Onde estão todos os desejos por realizar e essas promessas que, com as doze passas da meia-noite, fizemos?  - Está na hora de refletir e pensar naquilo que podemos alterar para que as circunstâncias da vida nos levem a "bom porto".

Afinal, se não mudarmos de atitude, o que muda este ano? O ano é apenas um número, por sinal uma nova década fresca e um ano bissexto, este 2020. Mas se queremos ver mudanças neste ano, temos de começar por nós. Nada nem ninguém vai mudar. Nós é que vamos, se para isso fizermos. Mudar de atutude, ser mais tolerante, menos egoísta, mais condescendente, menos perconceituoso(a), mais "mente aberta", mais NÓS MESMOS.

Que esta seja uma nova década de esperança, com 366 novas oportunidades para mudarmos a nossa vida se assim o entendermos. Afinal, todos os dias se aprende. Todos os dias é possível fazer a diferença, por mais pequena que seja, na vida de alguém. Todos os dias é possível ser um pouco melhor do que no dia anterior. Portanto, agarremos este novo ano e encaremo-lo como um início. Uma nova fase. Uma década de transformação que nos possibilite sermos um bocadinho melhores a cada dia que passa.