“Nunca quis que a minha investigação para
a dissertação de mestrado fosse «só mais uma». Por isso, através de uma amiga,
concorri para uma bolsa oferecida pelo Governo da Indonésia, aceitaram-me e
fui”, começa por explicar acerca de um percurso internacional que tem desenhado
desde a altura em que tirou uma pós-graduação em Bahasa Indonésio e um mestrado
em Português como Língua Segunda e Estrangeira.
“A ideia era estudar a língua e cultura
indonésia, perceber o «estado» da pegada portuguesa, para depois regressar a
Portugal e esmiuçar mais isso”, admite. “Convivi com várias pessoas de vários
países da Ásia - Coreia do Sul, Japão, China, Tailândia e Vietname - e vai na
volta, estive de mochila às costas por alguns deles - Singapura, Vietname,
Camboja, Tailândia, Laos e Malásia”, refere acerca do percurso pela Ásia.
A Indonésia foi apenas o começo de uma
aventura que passou por Hong Kong, onde Sara Reis trabalhou num projeto de
voluntariado durante duas semanas, e Eslovénia onde, depois de defender a tese,
fez também trabalho voluntário. “Fala-se muito da Europa, mas pouco se sabe
acerca de muitos países que são agregados a ela, e neste caso, pelo facto de a
Eslovénia ter apenas dois milhões de habitantes, pouco se saber sobre ela”,
justifica.
Mas porquê essa necessidade de sair de
Portugal? “Às vezes, precisamos de rumar ao desconhecido para nos encontrarmos,
para nos auto-descobrirmos e para ganhar mais consciência de nós mesmos”,
reconhece.
Apesar de, atualmente, trabalhar em Lisboa
como hostess nos restaurantes do Chef Kiko, e de ser embaixadora e buddy
- professora voluntária - do Projeto SPEAK, que tambem nasceu em Leiria,
sempre que regressa à terra que a viu nascer, Sara confessa ter uma “mistura de
sentimentos”.
“Se por um lado, me sinto extremamente
grata por ser leiriense, portuguesa, latina e cidadã europeia e, que por muitas
voltas que a vida dê, Leiria vai ser sempre a minha casa, por outro, sinto o
oposto”, admite. “Tal como os «nossos portugueses de há 500 anos», tenho que
deixar a minha marca e fazer a diferença do tipo «esteve aqui uma portuguesa
que nos ensinou que Portugal não se limita apenas ao Cristiano Ronaldo, mas que
as pessoas são simpáticas e que os Pastéis de Nata e as Brisas do Lis são os
melhores doces do Mundo»”, conclui.
O melhor na Indonésia...
“O melhor é a amabilidade para ajudar o próximo, mesmo quando ninguém fala
inglês, e os sorrisos que são transversais a todos”, diz Sara.
O pior na Indonésia...
“Creio que
o pior mesmo, consegue ser a gastronomia. Assumidamente, comer arroz ao
pequeno-almoço e poucos vegetais durante as refeições, não funcionou para mim”,
desabafa.
O mais surpreendente na Indonésia...
Sara afirma que o mais surpreendente para ela foi “a capacidade de me reinventar
sozinha e em países com línguas tão diferente da minha - às tantas já andava, a
falar indonésio, e a dar uns toques de cantonês e eslovenio, que nem eu mesma
acreditava bem no que estava a dizer”.
República da Indonésia
Fundação 17 de agosto
de 1945
Área 1 904 569 km²
População 260 580 739 habitantes (estimativa
2017)Curiosidades
É um país localizado entre o Sudeste Asiático e
a Austrália, sendo o maior arquipélago do mundo, composto
pelas Ilhas de Sonda, a metade ocidental da Nova
Guiné e compreende, no total, 17 508 ilhas.
“A ideia era estudar a língua e cultura indonésia, perceber o «estado» da pegada portuguesa, para depois regressar a Portugal e esmiuçar mais isso”, admite. “Convivi com várias pessoas de vários países da Ásia - Coreia do Sul, Japão, China, Tailândia e Vietname - e vai na volta, estive de mochila às costas por alguns deles - Singapura, Vietname, Camboja, Tailândia, Laos e Malásia”, refere acerca do percurso pela Ásia.
A Indonésia foi apenas o começo de uma aventura que passou por Hong Kong, onde Sara Reis trabalhou num projeto de voluntariado durante duas semanas, e Eslovénia onde, depois de defender a tese, fez também trabalho voluntário. “Fala-se muito da Europa, mas pouco se sabe acerca de muitos países que são agregados a ela, e neste caso, pelo facto de a Eslovénia ter apenas dois milhões de habitantes, pouco se saber sobre ela”, justifica.
Mas porquê essa necessidade de sair de Portugal? “Às vezes, precisamos de rumar ao desconhecido para nos encontrarmos, para nos auto-descobrirmos e para ganhar mais consciência de nós mesmos”, reconhece.
Apesar de, atualmente, trabalhar em Lisboa como hostess nos restaurantes do Chef Kiko, e de ser embaixadora e buddy - professora voluntária - do Projeto SPEAK, que tambem nasceu em Leiria, sempre que regressa à terra que a viu nascer, Sara confessa ter uma “mistura de sentimentos”.
“Se por um lado, me sinto extremamente grata por ser leiriense, portuguesa, latina e cidadã europeia e, que por muitas voltas que a vida dê, Leiria vai ser sempre a minha casa, por outro, sinto o oposto”, admite. “Tal como os «nossos portugueses de há 500 anos», tenho que deixar a minha marca e fazer a diferença do tipo «esteve aqui uma portuguesa que nos ensinou que Portugal não se limita apenas ao Cristiano Ronaldo, mas que as pessoas são simpáticas e que os Pastéis de Nata e as Brisas do Lis são os melhores doces do Mundo»”, conclui.
O melhor na Indonésia...
“O melhor é a amabilidade para ajudar o próximo, mesmo quando ninguém fala
inglês, e os sorrisos que são transversais a todos”, diz Sara.O pior na Indonésia...
“Creio que o pior mesmo, consegue ser a gastronomia. Assumidamente, comer arroz ao pequeno-almoço e poucos vegetais durante as refeições, não funcionou para mim”, desabafa.
O mais surpreendente na Indonésia...
Sara afirma que o mais surpreendente para ela foi “a capacidade de me reinventar sozinha e em países com línguas tão diferente da minha - às tantas já andava, a falar indonésio, e a dar uns toques de cantonês e eslovenio, que nem eu mesma acreditava bem no que estava a dizer”.
República da Indonésia