terça-feira, 30 de junho de 2015

Color Move pintou Pombal de Solidariedade

Pombal encheu-se de cor e diversão para receber a “Color Move”. Cerca de 250 pessoas percorreram seis quilómetros no sábado, dia 20, pela sua saúde e por motivos solidários, uma vez que dois dos oito euros da inscrição reverteram a favor dos Bombeiros Voluntários de Pombal (BVP).

O Largo do Arnado foi o local escolhido para iniciar um percurso de seis quilómetros, ao longo dos quais foram arremessados sacos de tinta em pó de cores diferentes: uma por quilómetro. Associar a prática de exercício físico a uma causa social foram os principais objectivos da actividade organizada pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a Federação de Associações Juvenis do Distrito de Leiria e a Junta de Freguesia de Pombal.

“O Color Move não deixa de ser uma experiência muito parecida à do Color Run, mas com uma diferença: enquanto o último tem fins comerciais, o primeiro tem um carácter solidário”, explicou o técnico do IPDJ Luís Pinto, ao Pombal Jornal. “Julgamos que com esta brincadeira das cores, mais pessoas venham para a rua”, continuou acerca dos motivos da iniciativa.

“A Federação de Associações Juvenis tem tido a preocupação de trazer os jovens para a rua e incentivá-los a fazer exercício físico e voluntariado”, sublinhou, acrescentando que esta corrida “não tem idades, e quis ser inclusiva”. Com início e fim no Largo do Arnado, os 250 caminhantes passaram pela urbanização das Cegonhas, pela Biblioteca Municipal de Pombal e pelo Açude. “Não há idades, não há classificações e há uma preocupação social com os BVP”, assumiu Luís Pinto.

Se, no início, as expectativas era para que os participantes fossem cerca de 400, o calor acabou por fazer vacilar algumas pessoas. Contudo, esse não constituiu um motivo para a desistência da organização: “em 2016 queremos voltar com mais parceiros”, referiu o técnico do IPDJ. “Queremos descentralizar; ficamos com a sensação de que era fácil fazermos mais”, acrescentou.

A corrida contou com a presença de cerca de 50 voluntários de diferentes cidades do país, 15 dos quais do concelho de Pombal. Iven, estudante em Leiria de 18 anos, participou como voluntário, movido por um colega. “Trabalhamos há três dias sem parar; às vezes sabe bem fazer alguma coisa pelos outros”, disse. 

Além do percurso colorido, houve ainda insufláveis para os mais novos, uma aula de zumba, body combat e alongamentos para os adultos bem como animação musical com alguns DJ’s. 










quinta-feira, 25 de junho de 2015

"Caminhos de Leitura" voltaram encantar Pombal

A XIII edição do Encontro de Literatura Infantojuvenil – “Caminhos de Leitura” teve lugar nos dias 19 e 20 de Junho, no Teatro-Cine e no Castelo de Pombal. O Município de Pombal já dá vida ao evento há 13 anos, cujo propósito é o de debater e reflectir nas questões da animação, pincipalmente infantil, do mundo livro, da leitura, da escrita e da ilustração.  
 
Nesta edição, a CENFORMAZ foi parceira na formação, que é acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, contando igualmente com a participação de vários especialistas convidados, como Benita Prieto, Eliana Yunes, José Campanari, António Torrado, Afonso Cruz, Eva Mejuto, Mafalda Milhões e Paulo Condessa.

O programa da XIII edição do Encontro de Literatura Infanto-juvenil – Caminhos de Leitura teve uma componente reservada a inscrição. Destinou-se a educadores de infância e professores do ensino básico e do ensino secundário, dando acesso à componente formativa e às oficinas que foram sendo desenvolvidas ao longo do evento.







terça-feira, 23 de junho de 2015

“Caracolódromo” junta dezenas de pessoas em convívio



O caracol de Matilde foi o vencedor da 1ª
ronda
Dezenas de pessoas juntaram-se, no sábado passado, dia 6, na associação de Torneira e Serreão para levar os seus caracóis a uma competição no “Caracolódromo”. O convívio e a diversão foram os principais ingredientes que rechearam o serão de dezenas de participantes. Esta foi a nona edição do evento que acontece uma vez por ano.

“Queremos divertir as pessoas”, assumiu Fernando Ferreira, presidente da assembleia da associação de Torneira e Serreão. O objectivo do concurso é fazer com que 12 caracóis percorram, no menor espaço de tempo possível, uma cana de um metro, disposta na horizontal. “Dependendo das inscrições participam 12 concorrentes de cada vez. O júri regista os tempos e, entre todos os que tem, selecionamos os três mais rápidos”, explicou.


A cada ronda que se seguia mais pessoas se inscreviam
Para que os caracóis subissem na direcção desejada, alguns dos seus “donos” borrifavam, com água a cana, numa direcção ascendente. Contudo, o caracol da vencedora da primeira ronda não precisou de água, tendo corrido a seco: foi com nove minutos e 17 segundos que o caracol de Matilde Ferreira percorreu um metro de distância. Mesmo assim não bateu o recorde de anos anteriores, que se situa nos sete minutos e 29 segundos.

“As pessoas têm aderido favoravelmente e, algumas delas, até se deslocam da Figueira da Foz para trazerem os seus pequenos animais ao concurso”, acrescentou o presidente da assembleia da associação. A velocidade e a caracterização são os dois principais critérios tidos em conta para a atribuição dos prémios, uns adornos em forma de caracol de porcelana.
Caracolódromo foi a grande atracção da noite

Além do “caracolódromo”, estiveram disponíveis outros jogos, entre os quais, a “pesca do caracol”, cujo propósito era o de conseguir fazer com que o caracol subisse para uma cana com um papel na ponta e o jogo dos números, em que seria atribuído um prémio-surpresa de 20 em 20 minutos, dependendo do sítio do tabuleiro para onde se deslocava o caracol.


A pesca do caracol foi outra das actividades
Foi através dos caracóis que se fizeram, ainda, apostas para as próximas legislativas. Em quatro canas dispostas na vertical, representativas de quatro partidos políticos, Partido Comunista Português, Partido Socialista, CDS-PP e Partido Social Democrata, quatro caracóis disputaram o primeiro lugar. “Já me disseram que faltava uma pista para os votos nulos, se calhar seria essa a vencedora”, afirmou Fernando Ferreira, num tom descontraído.

sábado, 13 de junho de 2015

Laura Gonçalves vence quinta edição do concurso

Foi com a música “Pica do Sete” de António Zambujo que a aluna no 3º ano da escola do Barrocal, Laura Gonçalves, venceu o primeiro prémio. O evento foi o culminar de um trabalho que tem vindo a ser realizado desde Outubro do ano passado, junto a cerca de 800 crianças que foram ouvidas em contexto escolar.

Gonçalo Antunes, aluno no 4º ano da escola Conde Castelo Melhor ficou com o prémio do segundo lugar, com a música “Cupido” e Joana Lopes, da escola do Escoural, sagrou-se a detentora do terceiro lugar com a música de Mafalda Veiga, “Cada lugar teu”.

Quanto ao balanço desta edição, os elementos do júri, constituídos por quatro personalidades, duas das quais ligadas à música e à canção, não se reservaram a elogios. Carla Longo, uma das juradas, frisou que “todos os anos [os alunos] nos surpreendem com a qualidade que vai aparecendo”.

O presidente da Junta de Freguesia de Pombal, Nascimento Lopes, assegurou que “este foi um festival muito competitivo, com um nível muito alto”. A presidente de júri, Cristina Loureiro, frisou o “momento maravilhoso que a Junta de Freguesia de Pombal proporcionou à população”. Também Pedro Murtinho destacou a “projecção de talentos em Portugal e além-fronteiras”.

Em jogo estiverem quatro critérios distintos, através dos quais o júri definiu os três vencedores: a afinação, o timbre, a interpretação e a postura.

Na abertura do espectáculo, à semelhança do que tem vindo a acontecer em outros anos, participaram as vencedoras de edições anteriores. Antes de ser apurado o vencedor, foi a vez de alguns elementos da escola de música “A Casa” alegrarem o serão das dezenas de pessoas que se concentraram no jardim.


O espectáculo, apresentado por Rita Mendes e Nelson Pedrosa, resultou da selecção de 60 crianças, depois de ouvidas as 800, de onde saíram as 12 finalistas: dois rapazes e 10 raparigas. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O Dia de Portugal

Morreu Luís Vaz de Camões. A 10 de Junho de 1580. É por essa razão que hoje se celebra um dia tão simbólico para Portugal e para as comunidades portuguesas. É o Dia de Portugal, oficialmente denominado Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Luís Vaz de Camões

É um dia para celebrar. Não apenas a morte como a vida e os feitos gloriosos que enaltecem a figura gloriosa que é o autor d' "Os Lusíadas". No século XIX, foi na figura de Camões que os liberais portugueses encontraram um símbolo para a sua luta contra a presença dos ingleses em Portugal, e que mais tarde levou à implantação da República, que se celebra a cinco de Outubro.

O dia é de festa. Mas duvido muito que o poeta que perdeu o olho direito numa batalha em África, estivesse a favor do Novo Acordo Ortográfico. Verdade, não é? Depois de todos os feitos gloriosos de que se pode orgulhar o nosso Portugal, damos um pontapé na Língua para que o facilitismo se sobreponha à conquista. Lindo.

Mas hoje é dia para celebrar, não é? O 10 de Junho já foi denominado "Dia da Raça", a "Raça" lusitana, isto é, a de todos os portugueses que vivem em Portugal e estão espalhados por esse mundo fora (mais hoje, numa das épocas a que assistimos à maior vaga de emigração de que há memória desde a altura da Revolução dos Cravos). Quanto a este assunto prefiro abster-me de comentários, já que tantos são os que por aí abundam.

Heroísmo, orgulho e patriotismo. Estes são elementos importantes para manter a cultura e um sentimento patriótico no país, dizem os entendidos. Mas, hoje em dia, não será que o significado de tais palavras se desvanece por entre a poeira difusa dos avarentos discursos políticos? Ou pela areia que nos querem lançar para os olhos, como se de um rodapé de letras pequenas e incompreensíveis se tratasse?

Patriotismo não é sinónimo de nacionalismo, na medida em que, ao gostar de se pertencer a um determinado país, não se julga que essa língua ou cultura é superior às outras. Não entremos por etnocentrismos e fundamentalismos desnecessários e vazios de razão. Gostar das nossas raízes e preservá-las como tal é uma atitude positiva; detestar os estrangeiros é uma atitude descabida.

Neste dia vale a pena lembrar que a língua portuguesa é a sétima mais falada do mundo. 

  • No Decreto-Lei n.º 39-B/78 de 2 de Março, lê-se: "O dia 10 de Junho, Dia de Camões e das Comunidades, melhor do que nenhum outro, reúne o simbolismo necessário à representação do Dia de Portugal. Nele se aglutinam em harmoniosa síntese a Nação Portuguesa, as comunidades lusitanas espalhadas pelo Mundo e a emblemática figura do épico genial."

E porque recordar é viver, deixo aqui três versos da obra:

CANTO PRIMEIRO

As armas e os barões assinalados, 
Que da ocidental praia Lusitana, 
Por mares nunca de antes navegados, 
Passaram ainda além da Taprobana, 
Em perigos e guerras esforçados, 
Mais do que prometia a força humana, 
E entre gente remota edificaram
 Novo Reino, que tanto sublimaram; 

E também as memórias gloriosas 
Daqueles Reis, que foram dilatando 
A Fé, o Império, e as terras viciosas 
De África e de Ásia andaram devastando; 
E aqueles, que por obras valerosas 
Se vão da lei da morte libertando; 
Cantando espalharei por toda parte, 
Se a tanto me ajudar o engenho e arte. 

Cessem do sábio Grego e do Troiano 
As navegações grandes que fizeram; 
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram; 
Que eu canto o peito ilustre Lusitano, 
A quem Neptuno e Marte obedeceram: 
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
 Que outro valor mais alto se alevanta. 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

“Da crítica à poesia” é o novo livro de Orlando Lourenço



O escultor Orlando Lourenço apresentou o livro “Da crítica à poesia” no X Serão Cultural do Louriçal, no sábado, 23 de Maio. As preocupações, os desafios do dia-a-dia e a reflexão sobre a realidade são os conteúdos sobre os quais o livro incide.

A escrita não surgiu ao acaso: “sou doente oncológico e, quando me deram a reforma por invalidez, esta foi a forma que encontrei para ocupar o meu tempo: escrever”, começou o poeta. Já escrevia poesia nos jornais regionais “Correio de Pombal” e “Horizonte”, mas o desafio para escrever um livro surgiu mais tarde.

No ano passado, “durante inauguração da minha exposição de escultura, na festa de São Pedro em Almagreira, o engenheiro Narciso Mota leu alguns dos meus textos e perguntou-me porque não escrevia um livro”, declarou. O livro surgiu, assim, como uma selecção de textos que Orlando Lourenço foi escrevendo ao longo de cerca de sete anos. Por “a escrita ser mais leve do que a escultura”, optou por se dedicar a tempo inteiro aos versos e às estrofes.

“Escrevo mais críticas do que poesia mas falo um pouco de tudo: de amor, de morte, de traição e de ignorância”, desvendou sobre uma obra que é transversal a todas as idades. “É um livro instrutivo até para os mais jovens, porque aborda conteúdos difíceis de compreender, em rima”, continuou. “Aprender em poesia acaba por ser mais fácil do que a maneira convencional”. Neste momento está a preparar um novo livro, que “é menos crítico e contém mais poesia”, revelou.

O livro tem o custo de dez euros, mas um euro reverte a favor da Delegação do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro. No sábado, 30 de Maio, foi a vez de o Salão Polivalente de Almagreira receber o autor para uma outra apresentação do livro.