quinta-feira, 28 de julho de 2022

A Maior Lição Que a Vida Me Deu....

Ui, já não escrevo neste blogue desde o meu dia de Anos! Tanto tempo, nossa... É verdade, tenho estado bastante ocupada com outras atividades e sim, admito que tenho negligenciado esta tão nobre atividade que é escrever! Portanto hoje volto com a inspiração possível, com a vontade de digitar que me move, no momento da vida em que me encontro.

Encontro, desencontro, reencontro. Encanto, desencanto, "reencanto" (será que existe)? Ilusão, desilusão, "re"ilusão. "Love bombing", Desvalorização, Descarte. Estas últimas destoam na frase mas entoaram na minha vida quando ainda não tinha o nível de consciência que hoje tenho. Felizmente tenho aprendido imenso ao longo deste ano. 

Tenho aprendido a ser por Mim. A Trabalhar por MIM. A Estudar por MIM. A Passear por MIM. A aproveitar os momentos de lazer por MIM. A cuidar-me por MIM. A priorizar-me por MIM. A Trabalhar por MIM, e a fazer tudo e mais alguma coisa por MIM. E se não aprendi esta lição a bem, tive de aprender a mal: a SER por MIM, não pelo outro.

A minha solitude num dos meus locais preferidos
A maior lição que a vida me proporcionou neste último ano foi a SOLITUDE. Diferente da desesperada solidão, a SOLITUDE não aceita qualquer tipo de companhia. A SOLITUDE sabe ser autossuficiente, sabe ser por si. Distante do apego emocional e da consequente dependência emocional da triste "solidão", a SOLITUDE sabe que o maior vazio é sentir-se sozinho junto de alguém. A SOLITUDE basta-se a si mesma e só deixa de ser por si quando encontra uma alma que queira caminhar a seu lado, sem a apagar. A SOLITUDE é sobre valorização e autorrespeito. A SOLITUDE é sobre ser-se sozinho enquanto não aparece alguém que queira caminhar ao lado, sem desrespeitar, sem desvalorizar, sem diminuir.

A SOLITUDE é a minha melhor amiga neste momento. Ensina-me que eu devo ser por mim e sabe que não me devo diminuir para estar ao lado de quem quer que seja. Como um sapato um número abaixo do teu (ou acima): se não te serve, não vale a pena insistir. A SOLITUDE tem-me mostrado que o autocuidado tem de ser contínuo e consistente. É necessário ao bem-estar físico, emocional e psíquico de qualquer indivíduo. A SOLITUDE coloca-me no centro da minha vida e obriga-me a olhar para dentro, para as minhas virtudes e para tantas áreas que em mim preciso de trabalhar. Obriga-me a remexer nos traumas para os curar. Por isso é tão indesejada por taaaaaanta gente!

Às vezes o sofrimento e a dor aparecem porque são necessários. Às vezes não, SEMPRE! São as "red flags" que te desafiam a mudar. O sofrimento é necessário para que a evolução aconteça. Sem dor não há mudança. Quem se quer mudar se, no final de contas, está bem?

Aceito que os desafios que encontrei, encontro e encontrarei por essa vida fora apareceram, aparecem, aparecerão por uma razão. Não há coincidências. As pessoas que encontramos também não aparecem ao acaso; vêm para nos abrir os olhos ou para nos ensinar o AMOR. Encontramo-las, sem dúvida, para que possamos evoluir, já que esse é um processo contínuo, que só deve terminar no dia em que fecharmos eternamente os olhos. 

Sim, acredito que somos as pessoas que conhecemos, os livros que lemos, as viagens que fazemos, a forma como nos alimentamos e as experiência de vida que nos moldam. Somos tudo isto e muito mais. Somos tudo aquilo que nos permitimos viver, sofrer e trabalhar em nós mesmos. Cada um de nós é uma história diferente do outro, por isso haverá mais de sete biliões de histórias e "estórias" diferentes por contar por esse mundo fora e mais além!

E viva a SOLITUDE!

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Frida Kahlo - Um Exemplo de Resiliência e de Superação

"Frida Kahlo - A Vida de um Ícone" é uma das exposições que está patente na Alfândega do Porto desde março e até agosto (salvo erro). A experiência imersiva de 365º convida-nos a "entrar" dentro da vida de uma mediática pintora mexicana que muito nos ensina sobre resiliência e superação. Aceitei o convite e deixei-me envolver por um trabalho inovador e inspirador, digno de ser visitado e revisitado vezes sem conta. 

Fui desafiada a pintar a Frida. 
Heis a minha obra de arte ;)

Frida Kahlo é o nome artístico de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, uma pintora mexicana que estudou medicina. Do signo caranguejo, como eu, nasceu na vila de Coyoacán, no México, no dia 6 de julho de 1907. 

Filha de pai alemão e mãe espanhola, desde pequena teve uma saúde debilitada. Aos seis anos de idade contraiu poliomielite, que lhe deixou uma sequela no pé. Aos 18 anos, sofreu um grave acidente de autocarro que a deixou um longo período no hospital.

Apesar de deprimida e incapacitada de andar, Frida passou a pintar sua imagem, com um espelho pendurado na sua frente e um cavalete adaptado para que pudesse pintar deitada. Encontrou nas dificuldades um talento - a pintura. Dizia: “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”. Era na pintura que se evadia, escapava às vicissitudes da vida e permitia que a imaginação a levasse para além da sua própria realidade. 

Viveu apenas 47 anos, mas viveu-os de uma forma muito intensa;  no plano emocional casou-se com o mesmo homem duas vezes, Diego Rivera, um importante pintor do “Muralismo Mexicano", teve cerca de 3 abortos espontâneos e nunca conseguiu engravidar devido às mazelas que o acidente deixou no seu sistema reprodutor.

Dona de si mesma, Frida separou-se definitivamente de Diogo Rivera em 1939, e afirmou: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o autocarro e tu. Tu sem dúvida foste o pior deles”.  Nesse ano e já separada do ex-marido, Frida expõe em Nova Iorque e em Paris. Nessa época, entra em contato com Pablo Picasso e Wassily Kandinsky. O Museu do Louvre adquire um dos seus autorretratos.

O meu retrato "pintado" pela Frida
Apesar de ter passado por diversas cirurgias e das mazelas deixadas pelo acidente, a artista nunca parou de pintar. A sua obra recebia influência da arte indígena mexicana. Pintava paisagens mortas e cenas imaginárias. Usava cores fortes e vivas, explorando principalmente os autorretratos. Frida Kahlo era também apaixonada por fotografia, hábito que herdou do seu pai e do seu avô materno, ambos, fotógrafos profissionais.

Frida Kahlo foi uma defensora dos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo, não esqueçamos a famosa "monocelha" que teimava em não depilar que e desafiava os padrões convencionais de beleza feminina.

Deprimida, viveu os últimos anos de sua vida na Casa Azul, no México, que em 1958, passou a abrigar um museu em homenagem à pintora. Frida Kahlo faleceu em Coyoacán, no México, no dia 13 de julho de 1954.

Estas são algumas das suas obras mais mediáticas

  • Autorretrato com Um Vestido de Veludo (1926)
  • Retrato de Miguel N. Lira (1927)
  • Retrato de Alicia Galant (1927)
  • Retrato de Minha Irmã Cristina (1928)
  • O Ônibus (1929)
  • Frida e a Cesárea (1931)
  • Meu Nascimento (1932)
  • Hospital Henry Ford (1932)
  • As Duas Fridas (1939)
  • Diego em Meu Pensamento (1943)
  • Autorretrato de Cabelos Soltos (1944)
  • A Coluna Partida (1944)
  • Autorretrato com Macaco (1945)
  • Retrato do Meu Pai Wilhem Kahlo (1952)
  • Viva a Vida (1954)
Algumas fotos da exposição