segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Não Te Acomodes à Infelicidade!

Troca a imprevisiblidade pela constância. Troca a intensidade pelo equilíbrio. Troca a imaturidade pela inteligência emocional. Troca os gritos por silêncios. Troca a maldade por indiferença. Não dês ouvidos a quem não te quer bem, porque aquilo que os outros pensam de ti não te define. Voa alto e para longe da instabilidade e da perturbação. Não permitas que os outros tenham o poder de "abalar" o teu bem-estar.

Conduz a tua vida; sê o/a protagonista da tua história. Nada nem ninguém tem o direito de se posicionar no centro da tua vida nem de definir o teu rumo. És tu que deves assumir as rédeas desta dádiva divina tão preciosa chamada VIDA. A vida é tua. Ninguém tem o direito de a questionar. Age conforme a tua conduta, sê fiel aos teus principios, sê-o de forma ética. Não deves justificações a ninguém e os palpites dos outros aos outros pertencem!

Fonte: Resiliencia Humana

O que os outros pensam sobre ti é responsabilidade deles. Aquilo que os outros dizem não te define. Também não és o que tens; sim o que dás. És o que dás aos outros, és a marca que deixas no mundo. És responsável pelo que pensas, pelo que dizes, pelo que fazes. Não és escravo de suposições nem de opiniões de terceiros. E sim, atinges um elevadíssimo grau de liberdade quando sabes que aquilo que o que os outros dizem sobre ti não te causa qualquer mossa.

Não te acomodes à infelicidade porque a sociedade dita que não te deves divorciar. Não vivas de fachadas só porque é "politicamente" correto, nem te iludas com palavras bonitas de falsas promessas. "O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita!" Por isso segue a tua intuição, segue o teu coração se esse for o teu desejo e afasta-te de sofrimentos desnecessários.

Reflete antes de agir; todas as tuas ações têm consequências. Algumas são dramáticas; outras podem magoar muito a pessoa que atingiste. Lembra-te que muitas palavras ferem mais do que socos. Por isso pensa, pensa muito bem antes de as proferires. Se forem magoar, fica calado. Se forem mentir, fica calado. Se forem destruir uma vida, fica calado. Palavras proferidas ou ações realizadas obviamente nunca serão apagadas. Por isso pensa antes de agires!

Rotina, previsibilidade e estabilidade às vezes podem parecer aborrecidas. Mas já aprendi que uma vida regrada e rotineira pode ajudar a preservar a sanidade mental e a aumentar o bem estar. Montanhas russas emocionais não me fazem bem. Comer fast-food todos os dias também não. É por isso que por mais constante e pacífica que a vida possa parecer prefiro a constância à imprevisibilidade. Já não sou adolescente e não sinto que a minha filosofia seja viver "no limite".

Isso não é para mim. Neste momento só quero paz, paz, paz na minha solitude. Quero a amizade, o carinho e o amor de quem me quer por perto porque o resto não interessa.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Sobre o caso Bruno e Liliana: Espetáculo ou Violência?

Começo este post por dizer que não vejo o Big Brother Famosos nem nenhum "Reality Show". Pessoalmente não gosto, não sinto que me façam crescer como pessoa e considero uma grande perda de tempo assistir a esses programas, quando posso estar a investir em algo realmente útil. No essencial, uma forma inútul de atirar o meu pouco (e precioso) tempo disponível ao lixo. Não vejo nem faço questão de ver. 

Fonte: A Televisão
Mas a questão não é essa; apesar de não ver este programa que considero medíocre e deplorável, acompanho as redes sociais. E, na semana que passou, estas foram inflamadas pelo caso Bruno de Carvalho e Liliana Almeida. Em causa está a forma como o ex-presidente do Sporting trata a "namorada" cantora. Até escrevo "namorada" entre aspas porque não sei se eles realmente são um casal e se o que acontece no BB Famosos é reflexo da relação que têm na vida real. Provavelmente começaram a "namorar" lá, mas isto são só especulações. 

Vamos ao que interessa. Ora, o nosso "amigo" Bruno de Carvalho alegadamente exerceu coação psicológica e violência fisica e psicológica sobre a Liliana. As imagens mostram-no e "contra factos não há argumentos". Está mal. Quanto a isto todos concordamos, certo? Se nao concordam escusam de continuar a ler este texto. Vi excertos relativos a esses episódios e senti-me desconfortável e incomodada. Está errado. E quanto a isso não tenho dúvidas.

"O problema és tu", "É comigo que tens de falar", "És tu que tens de deixar de fazer isso para eu não me passar outra vez", "Foste tu quem me fizeste descontrolar" - estas foram algumas das frases proferidas pelo agressor enquanto, de forma pouco cordial, se dirigia à vítima. Hello!!!??? Em que século vives, pá? Estou cansada de ver como a violência é normalizada e romantizada; como a vitima é constantemente culpada pelos comportamentos do agressor; como o agressor sai sempre ou quase sempre impune. 

Está mal também o facto de um canal de TV privado compactuar com estes comportamentos e nada fazer, pois isto é o que dá audiências. A questão que fica no ar é se realmente há um"guião" a ser cumprido e se isto se trata somente de "espetáculo". Se é suposto existirem estas humilhações e violência gratuita num programa de televisão cujo um dos objetivos passa por mostrar como é a vida "íntima" dos famosos.  

Fonte: Vidas.pt
Por outro lado, se os "reality shows" querem realmente mostrar o que se passa na vida real e na  intimidade das relações amorosas (diga-se, desde já, altamente TÓXICA, neste caso) ,estão a fazê-lo com sucesso. Ainda assim, penso que a divulgação de imagens como estas, de situações como estas e de comportamentos abusivos como este, podem até constituir um gatilho e um estímulo para que estas situações se perpétuem nos lares de cada um de nós. 

Considero triste e revoltante que, em pleno século XXI, se continuem a confundir "Controlo" com "Dedicação", "Isolamento" com "Preocupação", "Violência" com "Amor". Nunca controlar uma pessoa, querê-la obsecadamente só para si constituiu, uma prova de amor. Nunca afastar uma pessoa do seu ciclo de amigos revelou-se uma forma de demonstrar dedicação e cuidado. Nunca na vida coagir uma pessoa a fazer algo que a deixa desconfortável, foi um sinal de respeito. Não, amor não pode ser confundido com obsessão. 

Tenhamos os olhos bem aberto para situações como:

- Ciume excessivo e desproporcionado;
- Instablidade emocional e mudanças repentinas de humor;
- Numa discórdia, "ferver em pouca água";
- Levantamentos de voz quando acabam os argumentos;
- Bomba-relógio: nunca sabes o que te espera quando chegas a casa!
- "As tuas amigas não prestam", "Só podes confiar em mim" - frases típicas de quem te quer isolar e destruir o teu ciclo de apoio. Sem amizades és muito mais facil de dominar. É isso que ele/ela quer;
- "A culpa por eu tratar-te assim é tua". Não, não, a culpa NUNCA, NUNCA, NUNCA é da vítima. É do destabilizado/a que diz isso;
- Ameaças subtis como bater em objetos, dar murros na mesa ou num objeto de que gostes e de que precises, danificar os teus objetos, partir louça. Lembra-te, o próximo alvo SERÁS TU!

E MUITA MUITA MUITA atenção às "DESCULPAS"! Não se iludam porque eles/elas não mudam nem querem mudar porque acham que são as vítimas que "estão mal". Lembrem-se de que, ao desculpar, estão a dar cartão verde para que ele/ela volte a agredir. E da próxima vez, com mais intensidade. Do género, "como ainda não me destruiste o suficiente, da próxima vez podes matar-me!". Desculpar é dar "cartão verde" a um novo episódio... ou dois... ou três... ou infinitos!

- "Eu nem sei como aquilo foi acontecer" - Mas eu sei, oh desiquilibrado. Sei que não vales o chão que pisas!
Fonte: Mensagens com amor

SOLUÇÃO:

O afastamento e o contacto zero são os melhores remédios. Infelizmente nem sempre é possível o contacto zero, principalmente quando há menores "em jogo. Mas é importante ter o menor contacto possível. Se houver filhos, só falam sobre os filhos e ponto. 

A parte positiva de ter acontecido o que aconteceu no BB Famosos for trazer novamente este assunto a debate. Se é errado mostrarem isso na TV e nada fazerem para que mude, já que o  que interessa é "bem ou mal, desde que falem...", ao menos fala-se sobre um assunto que nunca mas nunca deve ser "varrido para debaixo do tapete". 

A vida é só uma. Não há espaço para "SÓ MAIS UMA OPORTUNIDADE". Violência não é Amor. REMEMBER.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Feminismo Não É Femismo!

Fonte: posterlounge.pt

fe·mi·nis·mo
(francês féminisme)
nome masculino
Movimento ideológico que preconiza a ampliação legal dos direitos civis e políticos da mulher ou a igualdade dos direitos dela aos do homem.


"feminismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/feminismo [consultado em 05-02-2022].

                                                                  ~  é diferente de ...~
fe·mis·mo
(fêm[ea] + -ismo)
nome feminino

Comportamento ou linha de pensamento segundo a qual a mulher domina socialmente o homem e lhe nega os mesmos direitos e prerrogativas.


"femismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/femismo [consultado em 05-02-2022].

...
Decidi começar este post com duas definições que se encontram no Priberam, dicionário online da Língua Portuguesa. E porquê que escrevo sobre este assunto hoje? Porque, além de ser feminista assumida e considerar premente (e emergente!) falar todos os dias nesta questão, durante a semana que passou, as redes sociais foram invadidas pelo assunto. E porquê? Porque a única deputada (mulher) do partido  Chega!, que se assume como "antifeminista", Rita Matias,  foi à CNN Portugal explicar o porquê se se assumir como "antifeminista". E sabem que mais? Apenas foi enterrar-se. 

Vejam no vídeo que se segue e tirem as vossas próprias conclusões:


Depois de ter visto e analisado este vídeo, cheguei à conclusão de que a nossa "amiga" Rita não faz a mais pálida ideia do que significa a palavra "feminismo". Além de ir para a TV defender precisamente o que as feministas defendem e contradizer-se em relação ao que o partido que representa defende, esta senhora acabou por confundir dois termos muito distintos: FEMINISMO e FEMISMO.

As duas definições encontram-se em cima e considero desnecessário replicá-las novamente. Ambos os termos são diferentes e devem ser utilizados de forma contextualizada. Penso que compreendi que a Dra. Rita queria dizer que não concordada com o feminismo levado ao extremo. Ainda assim, cara Rita, como deputada de um partido de extrema-direita, posso dizer que ambas estamos de acordo quanto ao facto de tudo o que é "extremo" não ser benéfico para ninguém. Assim, posso dizer que até o seu discurso neste aspeto é pouco coerente se tivermos e conta o partido que representa.

Mais importante do que criticar a intervenção da doutora e o "fuzilamento invisível" com os olhos com que a comentadora política e social Joana Amaral Dias a confrontou, é deixar bem claro que feminismo é muito diferente de femismo.

Feminismo é sobre paridade e igualdade de género. Os mesmos salários para as mesmas funções e carga horária, seja o trabalhador homem, seja mulher. Feminismo é sobre luta por igualdade, seja em que aspeto da vida for. Feminismo é sobre uma sociedade mais justa. 

Já a palava Femismo equipara-se ao termo masculino Machismo

ma·chis·mo


(macho + -ismo)
nome masculino

1. Modos ou atitudes de macho. = MACHEZA

2. Comportamento ou linha de pensamento segundo a qual o homem domina socialmente a mulher e lhe nega os mesmos direitos e prerrogativas.

3. [Informal]  Orgulho masculino exagerado.


"machismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/machismo [consultado em 05-02-2022].

É fácil: num, existe a supremacia e o domínio do homem sobre a mulher. Arrisco dizer que se anula a mulher em detrimento de todos os direitos do homem e esta não é vista como ser humano igual. No femismo, é a mulher quem domina e anula os direitos e garantias do homem. Aqui, cara Rita, estamos sim a opor os dois géneros e assumir posições extremistas. 

Ora, penso que nenhuma destas linhas de pensamento é benéfica numa sociedade livre da ditadura de pré-abril de '74, numa sociedade que se assume como "livre" e "democrática". A bandeira opressora sobre a qual se exaltavam os valores salazaristas de "Deus-Pátria-Família" já lá vai e penso que pessoas com cérebro e memória viva não querem retrocesso civilizacional.  

Queridos (as) Leitores (as), Femismo é diferente de Feminismo e a diferença é simples; um é sobre supremacia e opressão e outro é sobre igualdade e liberdade. Não os confundam, por favor. Penso que sim, todas as mulheres devem ser feministas. Se não são, deveriam-no ser. Afinal, a Revolução dos Cravos trouxe-nos (às mulheres) direitos, que infelizmente damos como garantidos, tão simples como votar, usar calças ou poder sair do país sem ter de pedir autorização ao pai ou ao marido. Também é devido a abril de '74 que a Rita pode ir falar livremente à tv sobre as ideias que defende. Não se esqueça!

Sejam conscientes e não se deixem diminuir pelo MACHISMO nem se deixem extremar pelo FEMISMO. Sejam simplesmente FEMINISTAS <3.