terça-feira, 28 de novembro de 2017

Perturbações no desenvolvimento e insucesso escolar levaram professores e encarregados de educação à EPM-CELP

“O desenvolvimento infantil e o insucesso escolar” foi o tema da conferência levada ao Auditório Carlos Paredes da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) pelo neuropediatra português Nuno Lobo Antunes, na terça-feira, 21 de Novembro.

A palestra incidiu sobre as disfunções no desenvolvimento das crianças, que normalmente são detectados por pais, educadores de infância e professores, entre as quais, dislexia, hiperatividade e défice de atenção, autismo e défice cognitivo. 

O neuropediatra iniciou a palestra com a partilha do site “PIN – Progresso Infantil”, falando na sua experiência de intervenção à distância com crianças, dentro e fora de Portugal, dando a entender que “é possível ter acesso a intervenções altamente sofisticadas desde que se tenha acesso à Internet”.

Seguiu-se a abordagem da perturbação no défice cognitivo/perturbação do desenvolvimento intelectual, altura em que Nuno Lobo Antunes frisou o facto de pessoas com estas perturbações terem dificuldade em encontrem emprego, à qual a sociedade ainda não deu resposta; de os progressos serem lentos e de a própria capacidade e desenvolvimento dos filhos não depender unicamente dos pais, que ao longo do tempo vão tendo um papel “menor”.

No que se refere ao défice de atenção e hiperatividade, o neuropediatra destacou o facto de o diagnóstico ser feito através da observação do comportamento da criança e de questionários realizados às crianças e aos encarregados de educação. Diferenciou “défice de atenção” de “hiperactividade”: “cerca de um terço das crianças que tem défice de atenção não tem hiperactividade”, frisou acrescentando que a hiperactividade vai sendo menor da adolescência.

Relativamente à perturbação de síndrome de asperger falou na dicotomia qualidade versus quantidade de interacção com as outras crianças. Falou nos sinais de alerta para esta perturbação, nomeadamente, a interacção social, comunicação, estabelecimento de empatia com os outros e capacidade de criar empatia.

Terminou a sua intervenção com o tema da dislexia, explicando que é uma disfunção que ocorre quando “a pessoa lê com a parte errada do cérebro e tem uma base genética e funcional do cérebro”.   


A ligação de Nuno Lobo Antunes à EPM-CELP tem mais de 10 anos. O neuro-pediatra facilitou um estágio de observação a uma das psicólogas do Serviço de Psicologia e Orientação do Centro de Desenvolvimento Infantil que na altura dirigia e, mais tarde, proporcionou a vinda de duas técnicas da sua equipa, em terapia da fala, para liderarem uma formação na área da perturbação da linguagem e da fala dirigida aos professores e psicólogos da escola portuguesa.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

“De Leiria e da família sinto falta todos os dias”

Reside e trabalha em África desde 2011 e não tem marcado bilhete de volta para Portugal. Motivos profissionais levaram-no a Angola e a Moçambique há seis anos. De espírito aventureiro e a viver um dia de cada vez, Nuno Rebelo, de 42 anos, traz a família no coração e a terra que o viu nascer no pensamento.

O leiriense trabalha na Iriss-Fast, uma empresa de materiais de fixação, sedeada em Maputo. Com presença em Angola, Matola e em Nacala, “o objetivo é expandir a atividade da empresa nos Países de Língua Oficial Portuguesa”, explica Nuno Rebelo sobre um mercado que tem tido uma “média de 7% de crescimento ao ano”.

Reconhece que, apesar de já ter visto melhores dias e de não estar parado, “o setor necessita de novos investidores”. Sabe que Moçambique é um país rico em recursos e espera que com alguma estabilidade social e política “a população possa beneficiar da riqueza deste país que se destaca em África e no mundo”.

A decisão de sair de Leiria há seis anos não foi tomada de ânimo leve: “o mercado de trabalho português estava em crise e os vencimentos decresceram muito”, afirma Nuno destacando que a solução à instabilidade financeira em que vivia passou por deixar a família em Portugal. Com o filho Diogo Rebelo, a estudar em Lisboa, a mulher Ana Sofia Brandão a lecionar na Madeira e os outros dois filhos, Ana João e João Luís Brandão a viver na mesma ilha, partiu em busca de “melhores condições de vida”.

“De Leiria e da família sinto falta todos os dias”, diz com nostalgia, recordando um episódio que o fez ficar com a lágrima ao canto do olho quando chegou a Angola em 2011. “Dei com as portas das instalações da Movicortes, em Viana, e a primeira coisa que fiz foi parar”, afirma. Lembra que “na altura as saudades de Portugal eram imensas, era o início de uma vida completamente diferente, as emoções eram diárias e, ao entrar na empresa leiriense deparei-me com o REGIÃO DE LEIRIA na mesa de centro da sala de espera”.

Veio por três mas já está há seis em África. “Por norma estes projetos no estrangeiro são a curto ou médio prazo e pretendemos todos voltar um dia ao sítio que nos viu nascer, onde está a família e os amigos”, destaca Nuno acrescentando que vai passar férias duas vezes por ano a Leiria. “O desejo é o de voltar um dia”, diz.

Faz um balanço positivo da experiência enquanto emigrante, quer em termos pessoais quer em termos profissionais. “Estou a ter uma experiência de vida que ninguém da minha família vai ter. Conheço um quinto de Angola e já «palmilhei» Moçambique, de carro, sozinho. Sei que os meus filhos estão bem porque eu estou cá e lhes consigo proporcionar boas condições de vida”, conclui.

O melhor por cá…
Para Nuno Rebelo o clima e as temperaturas acima dos 20 graus durante todo o ano são o melhor que Moçambique tem para oferecer. Destaca a afabilidade do povo e sente que “caminha à vontade nas ruas”. As praias, o peixe, o marisco, as pessoas, os hábitos, as diferenças de culturas quando se visitam outras províncias são, para o leiriense, motivos que o fazem ficar.

O pior por cá…
“O trânsito aqui é complicado”, destaca Nuno Rebelo. “O civismo na condução é quase inexistente e parece que não há normas nem regras de trânsito a cumprir”, diz apesar de reconhecer que têm existido “esforços diários no sentido de minimizar os problemas”.

O mais surpreendente…
Nuno reconhece que a imprevisibilidade é uma constante do dia-a-dia moçambicano. “A experiência leva-nos a concluir que, até ao dia em que morrermos, não vimos tudo”, diz. “Há coisas que se contarmos em casa, à família, ninguém acredita.  Aqui tudo é possível”.

domingo, 19 de novembro de 2017

Alunos do 12º ano da EPM-CELP assistiram a peça de teatro “Desassossego” interpretada pelo actor Alberto Quaresma

O auditório Carlos Paredes da Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa encheu-se de alunos do 12º ano na tarde de quarta-feira, 15 de Novembro, que assistiram à peça de teatro “Desassossego” de Fernando Pessoa/Bernardo Soares interpretada pelo actor português Alberto Quaresma.

“Se depois de eu morreu, quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples. Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus”. Foi com esta frase de fundo da autoria de Fernando Pessoa que se iniciou a encenação da interpretação de excertos do “Livro do Desassossego” de Bernardo Soares, um dos heterónimos de Pessoa.

O actor Alberto Quaresma vestiu a pele de Fernando Pessoa/Bernardo Soares para expor as suas reflexões sobre os mais diversos temas: o amor, a guerra, a actualidade, a dicotomia passado-presente, entre outros temas. Durante esta “aula informal” foram colocadas a “nu” algumas das questões mais intrigantes, deprimentes que inquietavam o escritor português na altura mas que hoje se revelam muito lúcidas e actuais.

“Vivemos tempos muito perturbados e muito perturbantes”, sublinhou o actor quando questionado sobre a actualidade dos textos de Fernando Pessoa/Bernardo Soares. “Ligamos a televisão e ouvimos notícias sobre os misseis da Coreia do Norte. De seguida, ouve-se a reacção destruidora do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump”, exemplificou o actor. “A crise dos refugiados tem que ver com a «Guerra Mundial» que estamos a viver”, destacou Alberto Quaresma sobre a sucessão cíclica da História. O mesmo estava a ocorrer, “quando milhões de pessoas morreram” na época contemporânea a Fernando Pessoa, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Alberto Quaresma explicou como se preparou para a peça de teatro: “Escolhi os textos que mais me impressionaram, reduzi-os a 55 minutos/uma hora; essa foi a parte mais difícil”, exprimiu o autor. “Por uma questão de honestidade profissional, não adapto o texto ao público-alvo; tenho de o fazer igual para toda a gente. Para mim este texto só pode ser dito assim”, frisou o actor. “Tenho de interpretar o que diz o Fernando Pessoa, para que as pessoas não ouçam palavras, mas sim, ouçam a expressão de um pensamento”, referiu.

A ocasião serviu, também, para assinalar o aniversário da carreira, em teatro, de Alberto Quaresma.  “Foi este Fernando Pessoa que disse estas coisas sobre a realidade em que viveu e que posso dizê-las agora na realidade em que vivo, que me interessou”, concluiu o ator cujos 40 anos de carreira se celebram no próximo ano: “Não encontrei personagem melhor para celebrar a minha carreira”.

Alberto Quaresma iniciou a sua carreira de actor em 1978 na Companhia de Teatro de Almada, vindo a trabalhar posteriormente com outros grupos como o Seiva Trupe, Teatro Experimental do Porto, Os Comediantes, Teatro do Noroeste, Teatro Aberto e Teatro da Cornucópia e a colaborar frequentemente para inúmeras novelas e séries mediáticas de televisão, como “Duarte e Companhia” e “Malucos do Riso”.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

“Sempre tive uma empatia especial com África”

Leiriense de gema e com 43 anos de idade foi em 2007 que Catarina Henriques decidiu rumar a África. Leva na bagagem sete anos de Angola e três de Moçambique. Apesar da experiência de vida que lhe proporcionaram as passagens por Luanda e por Maputo, a assistente social trás Leiria no coração e não prescinde das férias junto da família.

Foi ao acaso que surgiu a oportunidade de viver e trabalhar em Angola, há sete anos. “O meu marido trabalhava numa multinacional portuguesa, que decidiu expandir o seu negócio para Luanda”, explica Catarina. Apesar de não ter sido fácil tomar a decisão de despedir-se do emprego em que estava efectiva no município de Cinfães, fez as malas e seguiu, com o marido, rumo ao desconhecido. Poucos meses depois de ter aterrado em terras africanas, estava a trabalhar como docente na Universidade Gregório Semedo, em Luanda.


De mente e coração abertos, Catarina acredita que a emigração é uma das melhores fases da sua vida. “Sempre tive uma empatia especial com África”, admite a assistente social que está apaixonada “pelas artes e pelas pessoas que são muito criativas, e encontram sempre solução para os problemas”.

Luanda marcou o início da aventura que, em 2014, levou Catarina e o marido até Maputo. Foram, novamente, motivos profissionais que proporcionaram uma viagem e uma vida nova na capital de Moçambique. Na altura, a família estava a crescer: as gémeas Maria e a Joana nasceram aquando da mudança para Maputo.
“Se por um lado abdiquei da minha vida profissional, por outro, esta instabilidade fez com que enveredasse por experiências desafiantes, que me permitem apoiar as minhas pequenas e os outros”, admitiu Catarina na altura em que decidiu abrir uma empresa de consultoria e serviços, a “Valor Humano”. Diariamente divide-se entre as explicações, a formação, o Reiki e as tarefas de mãe a tempo inteiro.

Pessoal e profissionalmente realizada, Catarina Henriques aconselha os emigrantes a viajarem com a mente e o coração abertos e a aproveitar a multiculturalidade que os países de acolhimento têm para oferecer. Sabe que comparar Portugal a Moçambique “é um erro porque são realidades incomparáveis e só cá está quem quer”.

O melhor por cá
A assistente social acredita que o clima, a humildade das pessoas, o sorriso das crianças e a veia artística dos nativos são os aspetos mais positivos da vida em Maputo. Gosta das capulanas – vestidos típicos - coloridas e é fascinada pela pintura e pelo artesanato.
O pior por cá
Para Catarina o mais chocante é “no dia-a-dia termos de nos tornar frios e insensíveis à pobreza. Às vezes temos de ignorar, mas nem sempre é fácil”.
O mais surpreendente
O sorriso estampado na casa das pessoas apesar das inúmeras dificuldades. “Os nativos vivem com pouco mas são mais alegres do que os europeus”, destaca. “A alegria e o sentimento de satisfação são aspetos enraizados na cultura moçambicana”, conclui.

sábado, 11 de novembro de 2017

“As escolas portuguesas são fulcrais na disseminação da Língua Portuguesa pelo mundo”


A Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, visitou as instalações da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP) na manhã de quarta-feira, 8 de Novembro. “Mangas Verdes com Sal”, de Rui Knopfli, foi o poema com que os alunos do 9ºano das turmas A e D receberam a personalidade, no átrio central da escola.


À recitação do poema seguiu-se a declamação, pelos mesmos alunos, do poema adaptado, de Ducia Soares, “Cores e Sabores da Casa Amarela”, e coordenado pela professora Fáira Semá. No mesmo espaço esteve patente uma exposição alusiva aos 130 anos da elevação de Maputo a cidade, coordenada do grupo disciplinar de história, que pôde ser visualizada pelos visitantes. A par dessas actividades houve, ainda, oportunidade para a Secretária de Estado, a Embaixadora de Portugal em Moçambique e toda a comitiva degustarem alguns sabores da gastronomia local.

Esta foi a terceira visita de Teresa Ribeiro, à EPM-CELP. Foi com surpresa e agrado que mencionou a sua satisfação ao ver a exposição “Física no Dia-a-Dia”, que “valoriza a existência de pequenos cientistas” bem como com a recuperação e expansão do novo campo exterior destinado ao desporto na escola. 

Aproveitou a ocasião para sublinhar a importância da actividade física numa altura em que “os miúdos tendem a ficar passivamente em frente da televisão, sem perceber a importância do trabalho de equipa, que desenvolve relações de respeito e aprendizagem”.

No que se refere à importância política do investimento do Estado Português destinado à EPM-CELP e a outras escolas portuguesas no estrangeiro, a diplomata garantiu que “é um investimento a longo prazo, com uma grande importância”. Ressalvou que os laços que se criam entre os moçambicanos, os portugueses e os alunos de outras nacionalidades, não vão ser esquecidos: “esses laços vão perdurar muito para além do seu percurso na escola, o que vai ser sempre muito importante no futuro, para o estabelecimento de redes de contacto”, disse.

Teresa Ribeiro falou, também, no facto de os alunos serem embaixadores da Língua Portuguesa no mundo. “Todos os que vêm para aqui aprender vão ser embaixadores da Língua Portuguesa, principalmente pela qualidade e pela experiência que aqui tiveram”, frisou.
Concluiu a passagem pela EPM-CELP com uma palavra acerca da importância das escolas portuguesas nos países lusófonos: “são absolutamente fulcrais em termos da difusão da língua, da cultura, da mundividência, são grandes potenciadores e multiplicadores de resultados da política externa de Portugal em muitos pontos do globo”, concluiu Teresa Ribeiro.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

"Unidos na Diversidade" relembrou importância do estreitamento de relações entre Europa e África

"Unidos na Diversidade" foi o tema da terceira edição da semana da União Europeia em Maputo, que levou diferentes manifestações artísticas à Escola Secundária Josina Machel de quarta-feira, 01 de Novembro a sábado, 04 de Novembro de 2017. 

Dar a conhecer ao público algumas das actividades da Delegação da União Europeia e dos seus Estados-Membros em Moçambique foi o principal objectivo do evento que resultou da cooperação ente o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e o Ministério da Juventude e Desportos. 

"Tentámos ter dois momentos durante o ano onde nos centrávamos as nossas acções de comunicação e de visibilidade", mencionou Simão Maia, oficial de comunicação e imprensa da delegação da União Europeia em Moçambique. "Temos o 9 de maio, Dia da Europa, em que sempre fazemos eventos e, desde há três anos para cá, decidimos fazer um momento em que juntávamos várias vertentes", explicou.

Afinal são dois eventos distintos que se completam: um mais focado em conferências, mesas redondas, debates, "de temas de Bruxelas que são temas de debate cá", o da Semana da União Europeia e outro, o do Dia da Europa,  mais direccionado às artes, com espectáculos de música, dança e cinema.

Na semana passada celebrou-se a cooperação entre Moçambique e a União Europeia. "Convidamos artistas moçambicanos ou fazemos concursos, como o de fotografia", exemplificou Simão Maia. A parte das actividades artísticas existem torneios desportivos entre escolas. "Este ano promovemos um torneio de futebol de salão e outro de basquetebol, para apoiar o desporto em Moçambique", destacou o oficial de comunicação e imprensa da delegação da União Europeia

Entre as novidades levadas à edição deste ano destacaram-se o basquetebol, já que nas edições anteriores o desporto, nomeadamente o futebol, é levado sempre para a praia; os encontros entre os agentes dos diferentes representantes dos centros culturais, como o Franco-Moçambicano, o Centro Cultural Brasil-Moçambique, o Centro Cultural Americano Maputo, entre outros, que proporcionou o "casamento" entre os debates e o estado da cultura em Moçambique; e a deslocalização do evento do Museu das Pescas para a Escola Secundária Josina Machel para facilitar o acesso a todos.

"A semana da União Europeia veio para ficar", frisou Simão Maia. "Queremos crescer com os moçambicanos. Todos os anos temos um esforço de tentar encontrar artistas, entre os quais músicos e dançarinos novos, para lhes dar alguma projecção para que a semana cresça assim como os artistas", concluiu.

O chefe da delegação, Sven KÜHN VON BURGDSDORFF, destacou que "a cultura facilita o encontro de pontos comuns entre os povos, em dimensões diferentes. A maneira de comunicar através da cultura é mais fácil do que da interacção idiomática". Falou na necessidade de capacitar os artistas moçambicanos para terem uma maior projecção fora do país e nas artes como foco criador de emprego."A Índia as artes têm uma grande importância na criação de postos de trabalho, nomeadamente por causa do cinema de Bollywood", ressalvou Sven BURGDSDORFF.

Por último, destacou a importância de continuar a estabelecer pontes entre a cultura africana e a europeia. "Sempre houve migrações entre os povos e tribos durante milhares de anos. A União Europeia é constituída por 28 nações e dentro de cada nação temos uma multidão de províncias. Aceitar esta riqueza é ter um estilo de vida positivo é aceitar a diversidade", finalizou.

Para aceder à página da Delegação da União Europeia em Moçambique basta clicar aqui.