terça-feira, 29 de dezembro de 2015

37 Mil Euros para o parque de lazer e desporto

O Lar da Felicidade localizado em Meirinhas foi uma das 54 instituições a ver a candidatura ao projecto “Sénior Mais Ativo” aprovado. O valor de cerca de 37 mil euros atribuído pelo programa “Mais Para Todos” permitiu a construção de um parque exterior de lazer adaptado às necessidades pessoas idosas bem como a de uma churrasqueira anexa ao edifício, e uma mini-horta que servirá os tempos de lazer e de convívio dos utentes.

“A nossa instituição não tinha condições para criar um espaço de desporto e de lazer. Os idosos estavam limitados ao espaço interior. Conseguimos, através dos financiamentos, aproveitar três zonas: uma zona de lazer, uma de ginástica e uma de horta e de churrasqueira”, afirmou a directora da instituição, Cristina Ribeiro, reportando-se à candidatura que fez em Dezembro do ano passado.

O projecto “Sénior Mais Activo” permitiu construir um parque de desporto com máquinas adequadas aos idosos e às suas dificuldades motoras, bem como uma zona de lazer com churrasqueira. Desporto, lazer e um espaço de agricultura são actividades que o projecto permitiu oferecer aos utentes. “Temos um utente que apenas tinha apoio domiciliário mas começou a vir para o Centro de Dia devido à vertente do desporto”, sublinhou Cristina Ribeiro.

“Penso que este projecto tem todo o interesse para os idosos. É algo que fazia falta para que eles tivessem um espaço de lazer, para que saíssem do interior do edifício, principalmente nos dias soalheiros”, justificou o presidente da Junta de Freguesia de Meirinhas Avelino António. “Esta foi uma candidatura bastante oportuna”, acrescentou.

A obra, que ficou concluída em inícios de Setembro deste ano, quer permitir a “angariação de novos utentes e quer ser o aval para o bem estar físico, motor e psicológico”, declarou Cristina Ribeiro. Por sua vez, o Presidente da Direção da associação Lar da Felicidade, Américo Ferreira, afirmou que “foi uma grande ajuda e uma grande ideia da comissão que agarrou este grande projecto. É preciso olhar mais para a terceira idade”, concluiu.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Dia Internacional do Voluntariado celebrado em Pombal

O Banco de Voluntariado “Dar as Mãos” assinalou o dia Internacional do Voluntariado, que foi celebrado no passado dia 05 de Dezembro. No evento, que decorreu na sexta-feira, 27 de Novembro, no mini-auditório do Teatro-Cine de Pombal, esteve presente o Presidente da Associação “Comunidade Vida e Paz”, Henrique Joaquim. A partilha de experiências de voluntários pombalenses mereceu a atenção do público.

“Potenciar o desenvolvimento da sociedade civil, melhorar serviços de voluntariado e promover acções de formação” foram alguns dos objectivos com que foi assinado o protocolo para iniciar o banco de voluntariado “Dar as Mãos”, em Pombal, em Fevereiro de 2012. O psicólogo Paulo Marques é o responsável por este projecto da APEPI.

Para falar sobre o voluntariado, Henrique Joaquim, o Presidente da Associação “Comunidade Vida e Paz”, que presta apoio aos sem-abrigo em Lisboa começou por questionar o papel do voluntário. Falou, ainda, no facto de o voluntário ter sempre um interesse associado à sua acção, sendo que “o ser humano age pelo que ganha mais e perde menos”.

Com 27 anos de idade, a Comunidade Vida e Paz mobiliza, neste momento, 550 voluntários e 120 colaboradores remunerados. “O voluntariado é o cimento que nos une como humanidade”, frisou Henrique Joaquim, Por sua vez, frisou ainda a importância de “educar consciências para que a indiferença diminua”. 

A responsável pela área de negócio de recursos humanos do Grupo CH, Carolina Leite, levou a debate o conceito de “voluntariado corporativo” cujo objectivo é “reflectir e promover a responsabilidade social”. Este tipo de voluntariado é exercido durante as horas de trabalho, implica gratuitidade e responsabilidade e consiste num “conjunto de iniciativas realizadas por empresas no âmbito de responsabilidade social, tendo em conta as competências dos funcionários em prol do bem-estar geral”, explicou.

No fim, o voluntário pombalense Abílio Sintra e o médico Válter Santos partilharam as suas experiências enquanto voluntários, o último na Delegação Centro da Associação Alzheimer Portugal e o primeiro como o braço direito de pessoas idosas acamadas. 

domingo, 20 de dezembro de 2015

O Natal, os jantares e as outras coisas boas

Dezembro é um mês igual a tantos outros só que com mais publicidade agressiva e consumismo. Contudo, este tem sido um mês diferente de todos os outros. Este tem sido, para mim, o mês repleto de coisas boas. Começando pelos jantares, passando pelas pessoas que tenho conhecido e terminando nas trocas de olhares intensas, tem sido um mês recheado. Um Dezembro sem igual. 

Tudo começou no passado dia 9, o primeiro jantar de Natal de um dos meus trabalhos. Aconteceu numa noite gélida de Dezembro, na Quinta de Sant'Ana. Um buffet que incluiu uns copos a mais e umas piadas "secas" foram a receita ideal para aquecer o bom ambiente que prevaleceu, na noite, após um dia de trabalho árduo. Foi bom conviver com pessoas que se vêem todos os dias mas que mal conhecemos. Foi bom sentir o "à vontade" alheio à rotina do quotidiano. Foi excelente renovar amizades e fortalecer laços. Foi assim, o serão de 9 de Dezembro.


Na sexta feira seguinte, 11, foi tempo de dar largas à criatividade na festa de Natal dos pequenitos da EB1 de Vicentes. Os mais velhos tiveram a oportunidade de apreciar o trabalho preparado com afinco, de professores e de alunos. Claro que, a par das representações teatrais, dos poemas decorados em dois dias e das danças treinadas em poucas horas com a professora de educação física, não faltaram músicas em inglês para desejar as Boas Festas na festa daquele início de noite. Os aplausos fizeram-se ouvir longamente, demonstrando o contentamento dos familiares. Gostei imenso de participar, pela segunda vez consecutiva, num evento que tanto diz a pequenos e graúdos.

Depois foi a vez do jantar dos adultos, organizado pela Junta de Freguesia de Pombal, onde estiveram presentes todos os funcionários daquela entidade. Eu, a Noémia, a Cláudia e todos os outros professores das Actividade de Enriquecimento Curricular (AEC's) não recusaram o convite para estarem presentes num jantar, que mais do que de Natal, foi de convívio e de confraternização. Sem demoras e com alguma moderação diverti-me à "brava". O "Pai Natal" disfarçado de Pedro Pimpão (ou o Pedro Pimpão disfarçado de "Pai Natal"?), levou sorrisos e presentes aos mais novos. Tive a oportunidade de conhecer colegas com quem nunca tinha falado e de conviver com as que já conheço há uns meses.

Agora... Agora, agora!... Estou a "ressacar" do jantar de aniversário da Noémia da noite passada. Depois de um dia de muito trabalho formal e informal, desfrutei de uma noite sem igual. Depois de ter sido a última convidada a chegar, dei-me de caras com pessoas totalmente estranhas. Levei a cabo uma surpresa premeditada à aniversariante: com uma notas desafinadas, presenteei-a ao tocar os "Parabéns", e depois, uma "Noite Feliz"! E depois... foram os copos e o álcool disfarçado do licor Beirão... E depois... um fim de noite maravilhoso!

A manhã e meia tarde de hoje foram passadas a trabalhar, mas agora é tempo de descanso e de reflexão. Estou a adorar um mês que, normalmente, nem me diz muito, mas que me tem deixado feliz estes últimos dias. Mais do que bens materiais, tem-me dado um imenso preenchimento d'Alma. Mais jantares e outras surpresas se avizinham e, claro, espero que 2016 traga, além de toda aquela lista de pedidos infindáveis, típicos das invariáveis resoluções de Ano Novo, paz(es), saúde(s) e alegia(s).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

D. Dinis Park Eventos promete criar harmonia entre edifício e natureza

A ideia de construir um espaço de organização de eventos que privilegiasse a partilha simultânea entre a natureza e uma infraestrutura surgiu há cerca de seis anos. A cargo do engenheiro civil de 40 anos, Dinis Martins, a D. Dinis Park Eventos abriu no sábado, 21, e quer ser um espaço de convívio e uma mais-valia para a freguesia de Abiúl.

“Queria oferecer às pessoas um espaço onde pudessem ter contacto com a natureza e usufruíssem de infra-estruturas que dessem apoio quando vêm de fora”, afirmou o gerente Dinis Martins, acerca de um espaço que quer diferenciar-se por uma oferta distintiva. “Há seis anos andamos a tentar melhorar o local”, frisou.

O feedback da população tem sido muito positivo, já que esta infraestrutura é “uma mais valia na freguesia de Abiúl e no concelho de Pombal”, acrescentou o responsável. “Todas as pessoas que vieram visitar o espaço elogiaram-nos por conseguirmos obter uma solução que não existia muito perto”, sublinhou. Já há marcações para 2016 e os baptizados, os casamentos e outros eventos de índoles semelhantes são os que constam dos serviços prestados pela D. Dinis Park Eventos. “Este é um espaço de organização de eventos, quer sejam no interior, quer sejam no exterior do edifício”, continuou.

No que se refere à danceteria, ao bar e à restauração, “j já fomos abordados várias vezes para organizar eventos. Quanto à passagem de ano realizá-la-emos só em 2016”. Neste momento já foram levados a cabo, “ao nível do exterior, jogos radicais, já que temos um parceria com a Radical Aventura e com a Culnatur”, frisou a forma como dinamizam o espaço, “que é de todos”.

“Temos cinco hectares de terreno e uma construção de 400 metros quadrados de edificação”, referiu Dinis Martins. Expandir e melhorar o espaço, recuperar uma casa antiga e construir novos bungalows, são os objectivos do responsável. “Queremos proporcionar às pessoas que vêm de fora um espaço onde possam dormir”, afirmou. “Também é um objectivo futuro construir uma piscina, para que os visitantes tenham algo que lhes chame à atenção”, continuou.

“Em termos de acessibilidades temos estado em conversações com a Câmara Municipal e com a Junta de Freguesia de Pombal, já nos foi dito que iriam começar a resolver a questão dos acessos”, continuou. No que se refere ao balanço de seis anos de actividade, o gerente declarou que foram de “muito trabalho, dedicação e empenho”. O espaço funciona às sextas à noite como danceteria, aos sábados como bar e os restantes dias estão reservados a eventos por marcação, mas na época de Verão a intenção é abrir durante mais tempo. “Se vierem visitar o nosso espaço, de certeza que vão voltar. É um espaço que oferece muita natureza às pessoas”, concluiu Dinis Martins.

O último evento a ter lugar no D. Dinis Park Eventos foi o encontro de equipas cinotécnicas de Bombeiros no dias 11, 12 e 13 de Dezembro, num convívio aberto ao público. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

“Fui despertando uma curiosidade em (re)imaginar aquilo que me rodeava”

É designer e viveu os primeiros anos de vida na Ilha. Neste momento é em Leiria que dá vida à marca de design de moda, “Noise Goods”. Filho de Maria Rosário Pereira e de Manuel Fernandes, Pedro Fernandes, de 32 anos, fala da sua formação, do gosto que nutre pelo design e de como é possível dar a volta à crise económico- financeira que ainda assola muitos negócios.

“Desde muito novo e com o gosto pelo desenho, fui despertando uma curiosidade pela criação e em re-imaginar aquilo que me rodeava”, começou por explicar o designer acerca do gosto que nutre pela área da moda. “Todos pensamos num mundo melhor e acho que, com o desenho, eu percebi que era mais fácil imaginar novas possibilidades”, continuou.

Não se assume como uma pessoa “socialmente activa” na Ilha, mas sabe que todos sabem quem ele é. Pai e mãe são conhecidos na aldeia: “a minha mãe é a Maria do Rosário Pereira, da famílias dos Helenos, e o meu pai é o Manuel Fernandes; muitos lembram-se dele pelo seu contributo no futebol da Ilha e de outros clubes da região de Leiria”, frisou Pedro Fernandes.


Licenciado em design de equipamento pela Escola Universitária das Artes de Coimbra - ARCA, lançou-se ao projecto “Noise Goods” nos finais de 2013. “Começou como um projeto pessoal, sem objectivos comerciais. Explorava a criação de acessórios, carteiras e outros pequenos objectos de bolso”, começou por explicar. As motivações pessoais impulsionaram o negócio. “Achei que poderia melhorar a oferta do mercado, procurando criar melhores condições para um produto mais honesto e com materiais mais naturais”, afirmou. “Perceber que as outras pessoas acreditavam no mesmo que eu, foi a aceitação de que precisava para trabalhar numa marca”, sublinhou.

Neste momento a “Noise Goods” está sedeada na Ilha, mas a sua acção abrange toda região centro e vai além-fronteira. Depois da ideia, a empresa foi estabelecida em 2014, com a ajuda de Nuno Pinto e de Armindo Alberto, ambos da Ilha.“A pesquisa dos materiais, todo o processo de manufatura, e, mais tarde, a publicação dos resultados online foi a combinação que me levou a crer que os pequenos objectos de bolso  faziam sentido para outras pessoas. As pessoas começaram a querer o produto antes de ser um objecto comercial”, continuou o mentor do projecto.

Revolucionar o mundo da publicidade e da moda não é um objectivo do designer. Quer, por sua vez, dar respostas a necessidades que o mercado não dá. “A maioria da indústria, internacionalmente e de quase todas as áreas, está deslocada das motivações das pessoas de dentro e de fora das empresas ou marcas”, justificou. Na era da Internet, as pessoas dispõem de todas as informações à distância de um clique e, portanto, “se as entidades corporativas não descobrirem porque é que fazem o que fazem, porque é que acordam de manhã para trabalhar naquilo que fazem, não vão conseguir convencer ninguém a adquirir os resultados”.

Um negócio com os olhos postos além-fronteiras

À semelhança de muitos outros jovens que iniciam um negócio próprio, também Pedro Fernandes trabalhou como designer e ilustrador em algumas zonas do pais. “Trabalhei numa fábrica de móveis em Soure como designer. Depois, como ilustrador independente em Lisboa, e, recentemente, numa empresa de importação de produtos promocionais em Cantanhede, como designer”, disse.

A “Noise Goods” funciona, actualmente, como uma sociedade, com o mentor Pedro Fernandes e os sócios Nuno Pinto e Armindo Alberto. “Na gestão da empresa estou apenas eu, o único funcionário, mas conto com a ajuda de artesãos de Alcanena, Manteigas e Braga para obter materiais e mão-de- obra.

No que se refere aos clientes, são maioritariamente do sexo masculino, vivem em grandes metrópoles, de que são exemplo, Nova Iorque, São Francisco, Londres, Amesterdão e Tóquio. Estes consumidores “têm um gosto mais fundamentado, estão informados e actualizados relativamente às tendências e às correntes da moda”.

Quanto a desafios, como a marca é “muito nova e precisa de se afirmar”, colocá-la “nas grandes metrópoles mundiais é o grande desafio neste momento para conseguir essa afirmação”, revelou Pedro Fernandes.

“Arriscar é perceber que a crise abala qualquer negócio, são as pessoas que sofrem e precisamos de todos para a combater. Temos de contribuir para uma sociedade que não é para nós, é para todos”, afirmou, em jeito de conclusão, o designer. “À medida que vou avançando fico mais convencido de que contribuir para os que nos rodeiam é melhor do que retirar”, finalizou.

Para ficar a conhecer melhor a “Noise Goods” e os productos e serviços que oferece, basta aceder ao site http://noisegoods.com/.

domingo, 6 de dezembro de 2015

O Natal e os constantes apelos ao consumo desmedido


Chegou Dezembro que, consigo, trouxe as luzes cintilantes, os cheiros estonteantes e os sons melódicos nas músicas que se fazem ouvir na rádio, na cidade. Chegou o mês da gratuitidade, do voluntariado, do dar sem esperar nada em troca. Chegou o mês do nascimento do menino Jesus e da chegada do Pai Natal, tão ansiado pela crianças, durante todo o ano. Chegou o mês que nos lembra como é importante ajudar o próximo sem ter, necessariamente, de tirar dividendos das boas acções. Chegou o mês do frio insuportável e da lareira aconchegante. Chegou o mês de pedir desculpa a alguém que magoámos. Chegou o mês de agradecer a quem nos fez o bem e de esquecer as mágoas que os inimigos nos infligiram. Chegou o mês em que tudo é bonitinho.

Mas como não há bela sem senão, chegou o outro lado de Dezembro. O mês, por excelência, do consumismo. O mês dos extravagantes jantares e das compras desmedidas. O mês do subsídio de Natal que, sem queremos, gastamos num estalar de dedos. O mês em que pensamos na mães, no pai, nos irmãos, nos tios, nos primos, nos avós e nos netos. Mas esquecemos-nos que eles existem durante todo o ano. O mês em que, vezes sem conta e mais do que o habitual, somos constantemente "bombeados" com publicidades de perfumes, de roupas, de brinquedos e de bombons. A publicidades, mais agressivas que nos outros meses do ano, entram-nos casa a dentro e sem pedir autorização pela Internet, pela televisão, pela rádio, pelo tablet e pelos demais mais que possam imaginar (e de que não me recordo agora).

E este é o lado menos natalício do Natal. O lado do consumo desmedido e das compras precipitadas. Comprar como se não houvesse amanhã e não esquecer as prendas do cão e do gato são algumas regras que reinam na cabeça de algumas pessoas. Ok. Há coisas que estão em promoção e, por isso, ficam mais baratas. Ok. Fica sempre bem dar a tal prendinha para que o amigo não se esqueça, ou como forma de agradecer o facto de estar, o ano todo, ao nosso lado. Mas, caramba! Há limites para a decência. E, apesar de saber que as promoções dos supermercados são sempre um chamariz ao consumo, não percebo como é que, durante a semana, certas superfícies comerciais estão, literalmente, "às moscas" e, aos fins de semana, quase não se consegue entrar. Pessoas, distribuam-se!

E é assim que acontece o consumismo desmedido. Numa altura em que as pessoas supostamente vivem em 'crise' e não têm dinheiro para os bens básicos à sobrevivência. E assim se vive num Natal de contrastes: aquele, em que, por um lado, é suposto ser uma época de solidariedade, de gratuitidade e de dar sem esperar nada em troca e o outro, o "Natal" do consumo desmedido e dos gastos precipitados e desnecessários. - Ah, e tal. Mas 'tá em promoção. E? - Se não preciso não sou "obrigada" a levar. Será a necessidade que obriga? Ou a publicidade que cria as necessidades que, na realidade, não existem e que, realmente, obrigam?

Eu cá fico-me na minha. Adoptando a filosofia da lista de compras, tento não me deixar levar por publicidades, além de manipuladoras e, por vezes, falaciosas, desnecessárias à minha sobrevivência e à minha felicidade. E não me considerem uma moralista ou (pior que isso, falsa moralista). Exponho somente aquilo que sinto nesta época e a tristeza por sentir que, infelizmente, para muita gente, o Natal, o verdadeiro Natal! Sim, esse Natal do fazer o bem e do dar sem esperar nada em troca não acontece todos os dias... Ou melhor, nem no DIA DE NATAL, existe! Afinal "Natal não é em Dezembro/ Nem noutro dia qualquer/ Natal é sempre que o Homem/ Sempre que o Homem quiser"...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

122º aniversário recebeu banda brasileira em Vermoil

A celebração do 122º aniversário da Sociedade Filarmónica Vermoilense (SFV) contou com uma convidada especial, a Banda Municipal De Laranjal Paulista. Os 400 lugares da sede da filarmónica foram insuficientes para sentar o público. No fim e de acordo com as palavras do presidente Filipe Leitão, o balanço do concerto e do intercâmbio foram “muito positivos”.



“O intercâmbio foi uma experiência que marcou a SFV, as famílias de acolhimento e os músicos. Acredito que esta história ainda está a meio. Não poderá ser de outra forma”, afirmou o presidente Filipe Leitão frisando a importância da partilha de culturas. Foram 23 as famílias vermoilenses que acolheram os músicos brasileiros, durante uma semana, em suas casas. “Desde domingo, 15, temos vivido momentos únicos”, destacou Filipe Leitão acerca da experiência de intercâmbio.

Foi há três anos que o maestro da SFV, na altura Paulo Clemente e o da Banda Municipal De Laranjal Paulista, Fluvio Scarme se iniciaram na aventura dos intercâmbios que, mais tarde, se estendeu às respectivas bandas e que, neste momento, está a dar os seus frutos. 

“Esta é uma forma de demonstrar que a música não tem nacionalidade”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Pombal, Diogo Mateus, aquando do momento das intervenções. Por sua vez, esta foi a primeira vez que uma banda do Brasil esteve em Portugal e no concelho de Leiria. O presidente da Junta de Freguesia, Ilídio da Mota, não ficou indiferente ao trabalho da banda, afirmando que esta “é a embaixadora da cultura da Freguesia de Vermoil”.

Além do concerto e do almoço de aniversário de domingo passado, 22, a celebração do aniversário da banda iniciou com a abertura da exposição fotográfica “Momentos...” e a actuação do projecto de Jazz, no domingo, 15 e na quarta-feira, 19, respectivamente, ambos na sede da Banda. Na sexta à noite, 20, o Teatro-Cine de Pombal foi presenteado com um concerto conjunto das duas bandas. Na segunda-feira, 23, realizou-se o magusto de despedida da Banda Laranjal Paulista na sede da SFV.

A SFV é constituída por 42 músicos, 85% destes com menos de 15 anos. No que se refere aos projectos da instituição, a “introdução do zumba, as aulas de ginástica e de artes marciais, o projecto de Jazz, a música para crianças dos três aos cinco anos, o centro de explicações” são as valências deste ano, “sempre com a preocupação de encontrar soluções para a nossa comunidade”, destacou Filipe Leitão. Para já, está em estudo a possibilidade de ir além-fronteiras:“temos a intenção de trilhar um caminho no intuito de sermos recebidos pela Banda Laranjal Paulista, quem sabe no seu 14º ou 15º aniversário”, concluiu o presidente.