sábado, 28 de maio de 2016

Deputada Teresa Morais dá nome a nova Casa de Abrigo


A inauguração da Casa de Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência – Teresa Morais decorreu sexta-feira, 20 de Maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Advertir para a problemática da violência contra as mulheres e enaltecer o papel da deputada Teresa Morais na minimização do flagelo social, foram os principais aspectos do evento.

“A minha luta começou na escola primária, altura em que lidei de perto com um caso de violência doméstica”, explicou a ex-secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade.

Aumentar a capacidade de acolhimento de vítimas de violência doméstica, facilitar o acesso à habitação a baixo custo para quem pretende autonomizar-se e atribuir às entidades gestoras de Casas de Abrigo um fundo financeiro para apoiar na autonomização de vítimas, foram apenas algumas das medidas levadas a cabo por Teresa Morais e que contribuíram para atribuição do nome da Casa de Abrigo.

“Teresa Morais teve um papel impulsionador junto do Município de Pombal, para a construção das novas instalações para a Casa de Abrigo”, frisou a presidente da APEPI – Associação de Pais e Educadores para a Infância, Teresa Silva. A oliveira, “associada aos aspectos de paz, fecundidade, vitória, sabedoria, abundância e glória”, que vai ser plantada no jardim das novas instalações da Casa de Abrigo, simbolizou o lançamento da primeira pedra.

De 2001 – data da fundação - a 2015, foram acolhidos 824 utentes (mulheres e crianças). A única resposta destinada à problemática da violência existente no distrito de Leiria destina-se ao acolhimento temporário de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, com ou sem filhos, e tem capacidade para 12 utentes e duas vagas de urgência.

Números:    12 meses foi o prazo de execução
                   500 mil euros foi o valor investido na obra
                   18 a 50 anos é a idade das vítimas acolhidas               
                   130 vagas de emergência foram criadas em 2013

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Arriscar... Porque não?

Tenho quase 25 anos de idade e uma vida pela frente. Não me sinto superior a ninguém e acho que, em todos os momentos da nossa vida, devemos ser humildes, sinceros e verdadeiros. Já trabalhei em áreas muito diferentes, mas sempre com a esperança na mira. A esperança de encontrar a minha área a tempo inteiro. E como quem "espera sempre alcança", consegui. 

Arrisquei. Foi isso que fiz. Com um rendimento mais ou menos favorável e uma vida razoavelmente estável, decidi ir conhecer o desconhecido. Foi uma decisão determinada. Se não fosse na semana passada, nunca teria sido. Larguei tudo o que me prendia à minha terra natal e fui. Arrisquei, tentei e estou a conseguir. 25 anos e uma vida pela frente. A hora é agora!

Não me resigno a uma vida acomodada e vazia de sentido. Não me conformo com o "trabalho-casa-casa-trabalho". Não gosto de estar muito tempo "parada" na mesma cidade e, muito menos, a fazer sempre as mesmas coisas. Detesto rotinas e pessoas tóxicas. Fujo dos centros comerciais mas aprecio umas boas corridas ao ar livre. Mas nunca me hei-de sentir satisfeita com o dia-a-dia monótono que uma cidade pequena e provincial tem para me oferecer. 

Toda esta conversa para chegar à importância do que, para mim, significa arriscar. Arriscar é ir mais além. Arriscar é "pensar fora da caixa". Arriscar é ver oportunidades onde os outros vêem obstáculos. Arriscar é transformar erros em aprendizagens e barreiras em desafios. Arriscar é não ter medo de falhar e, mesmo que falhe, "dar a volta" por cima. Ariscar é ter vontade de conhecer e partir à descoberta sem ter de dar justificações a ninguém. Arriscar é ir mais longe, conhecer uma vida nova e, para trás, deixar a "vida velha". Arriscar é partir sem pensar muito. É planear mas rir-se de si mesmo quando tudo sai ao contrário. Arriscar é reinventar uma vida antiga e trazer uma lufada de ar fresco à vida nova. 

É desafiares-te e ousares ir para além daquilo que conheces. É quereres saber de tudo um pouco. É leres, é informares-te, é viajares. Arriscar(este) é partires sem bilhete de volta só porque sim. É ires, sem ninguém a impedir-te ou a pôr-te "abaixo". Arriscar é ter ânimo e coragem suficientes para romper com a vida antiga e renascer numa vida audaz e florida! Arriscar faz parte de mim. E eu mesma sou um risco!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Não, confusões não são a minha "cena"

Após a minha experiência na Queima das Fitas de Coimbra e decorrida quase uma semana desde a quase-directa, sinto-me suficientemente capaz de exprimir o que sinto acerca do que vivi.

Para não cansar muito o leitor coloco por tópicos a minha primeira (e provavelmente última) experiência na noite da Queima:


- Pagar um bilhete no
intercidades teria sido evitado se visse, convenientemente, o horário dos comboios. Não vi e, mesmo que visse, a hora de partida seria demasiado cedo num regional, pelo que, de qualquer forma, optaríamos (eu e a C) por ir mais tarde e ter de pagar o que pagámos pelo comboio. Conclusão: partimos pelas 21h05 e meia hora depois estávamos em Coimbra;


- Já sabíamos que iríamos ter de "queimar" tempo até nos descolarmos ao recinto. Decidimos ir dar uma volta à baixa da cidade. Quando ameaçou chover encontrámos abrigo no
Burger King mais próximo, onde fizemos a última refeição até regressarmos a Pombal;

- Depois de deambularmos mais um pouco pelo Parque Verde e de encontrarmos umas "trajadas" do curso de Gestão, que pensávamos que estavam bêbadas, decidimos arriscarmo-nos a passar por locais obscuros. Fomos avisadas por uma dessas tais raparigas, que era "perigoso duas raparigas andarem sozinhas à noite" naquele local. Uma autêntica paz de espírito;

- Eram por volta das 23h15 quando nos dirigimos à bilheteira para comprar os bilhetes. Sorte a minha que passei por estudante e tive direito ao bilhete respectivo. A C teve de se contentar com o geral. Até aí, tudo bem. A seca foi a que aconteceu durante meia hora de espera;

- Depois de sermos meticulosamente revistas pelos seguranças, cada uma na sua fila, pudemos entrar no recinto. Era perto da meia-noite e a Tuna Feminina da Faculdade de Medicina de Coimbra saudava os visitantes com os primeiros acordes da noite. Uma recepção calorosa numa noite gélida;

- Era 01h30 (da madrugada) quando o C4 Pedro decidiu não "Ficar Por Aqui" e começou o concerto. Tinha vestida uma camisola cor-da-pele de manga comprida, por debaixo de uma camisola de cavas vermelha, cuja ilusão óptica que causava era reveladora de um imenso tronco de tatuagens. Mas como referi, era só mesmo uma ilusão de óptica;

- Após a "curtição" que o C4 Pedro nos proporcionou, foi hora de ouvir o grandessíssimo AGIR. E gostei que ele me dissesse que eu sou "linda sem Make-Up"! Subiu-me o Ego num ápice, vos garanto, caros leitores. Com isto chegaram 3h30;

- Demos mais umas voltas para fazer tempo e apanhar o suposto comboio das 5 e pouco. Ora muito bem, ainda a estação de comboios não tinha abrido portas, já eu e a C estávamos KO na escadaria do local. E não, aos sábados de madrugada não há comboios para Pombal. O primeiro é às 6h04 da madrugada. Ok... mais uma hora de espera. Tudo bem, mas estava quase a adormecer nos bancos desconfortáveis e cor-de-laranja da estação. E estava um frio que não se podia!

- Entrámos no comboio pelas 6h00. A viagem foi feita semi-acordada-semi-adormecida. E o corpo doía-me todinho! Mas fez-se bem e nenhuma de nós adormeceu ao ponto de deixar a estação de Pombal para trás. 

- Conclusão: foi uma noite em branco que valeu pela experiência e pela companhia, mas que não passou de uma noite "perdida" que me valeu quase o dia todo de sábado a dormir.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

É preciso ter terminado o curso há 3 anos para ir pela primeira vez à queima

Bem verdade... Terminei a minha licenciatura há três anos, mas nunca fui a nenhuma Queima. Nem à de Leiria, nem à de Lisboa, nem à do Porto, nem à da nostálgica Coimbra! Verdade, verdadinha. Contudo, não me importo. Afinal nunca fui uma pessoa de grandes folias e aventuras... Apesar de ter participado nas praxes, de ter uma madrinha de curso e de ter sido "baptizada", nunca trajei. Não abusei nos festejos académicos nem, como é óbvio, benzi a pasta. Mas não é por isso que sou mais triste do que as outras pessoas...

Afinal, aproveitei a "vida académica" à minha maneira. Essencialmente, a estudar e a concentrar-me em terminar o curso em três anos. É verdade que não saía à noite. Mas também não fazia "directas" a estudar nem a terminar trabalhos. É verdade que não tive uma "vida académica" convencional: com as loucuras, com os excessos e com as bebedeiras típicas do comum dos caloiros. Mas a escolha foi minha. E isso não faz de mim uma "ave rara".

"Até na questão do traje foste diferente da tua irmã. Porque é que não quiseste trajar?" - pergunta-me a mãe. "Mãe, a escolha foi minha. Eu aproveitei a faculdade como quis e sinto-me feliz por isso" - responde a filha. Sim, penso que não é um traje, umas noites mal dormidas, umas bebedeiras desnorteadas e umas valentes loucuras que fazem de mim melhor ou pior pessoa, mais ou menos experiente. Tive as minhas experiências, os jantares de amigos e algumas noites sem excessos. Estudei, foquei-me nos meus objectivos, tal como continuo, hoje, a fazer. E, agora, começo a colher os frutos do meu trabalho.

E como a vida não se resume a trabalho, este ano vou aproveitar para "curtir" pelo menos, uma noite da Queima. Não interessa para onde vou nem o que vou ver ou ouvir. Vou fazer uma viagem no tempo e pensar que tenho 19 anos. Vou relembrar 2010 e trazer à memória momentos bem passados, junto a pessoas inesquecíveis. Vou ser pré-adulta só mais uma vez. (não é que seja muito adulta agora, mas vou ver se chamo os anos idos, só para recordar o que era para ser e não foi). 

Queima, queima, queima... Curiosidade essa que me atordoa os sentidos. Boémia, música, risos, amigas, bebedeiras, recordações, muuuuitas pessoas, multidões avassaladoras de jovens e moribundos "doutores" que, de "doutores" pouco ou nada têm. As expectativas estão ao rubro e eu quero sentir todas as emoções (que ainda estou por viver) à flor da pele. 

Não, não vou reencontrar colegas da faculdade. Talvez seja até uma oportunidade para conhecer pessoas novas. Não vou fazer amigos para a vida nem ter aventuras levianas. Vou saborear cada momento como se do último de tratasse e vou trazê-lo, comigo, de volta a casa. Vou aproveitar sem criar demasiadas expectativas. Vou num transporte público para ter a certeza de que chego viva a casa. E a C vai comigo, para zelar pelo meu bem estar.

domingo, 1 de maio de 2016

O Dia da Mãe Trabalhadora

É isso mesmo, hoje é um dois em um. Este ano, o Dia do Trabalhador calha no Dia da Mãe. Não, é o Dia da Mãe que calha no Dia do Trabalhador, já que o Dia do Trabalhador se comemora no 1º de Maio e o da Mãe no primeiro domingo de cada Maio. 

Ironia ou não, é dia daquela que trabalha todos os dias, 24 horas por dia. É dia de dar um beijo e um abraço afável a todas as mães que além de MÃES-a-tempo-inteiro, são donas-de-casa, trabalhadoras e grandes profissionais. É, basicamente, mais um dia que deveria ser todos os dias.


Ora, não poderia vir mais a propósito uma reflexão sobre ELAS, acerca do dia-a-dia de quem está lá SEMPRE para dirigir uma palavra amiga ou para dar um abraço reconfortante. É dia para homenagear aquelas que trabalham pelo bem-estar das suas crias e que não descansam enquanto as filhas não chegam a casa depois de uma noite louca. É dia de beijar aquela que manda mensagens a perguntar se a filha está bem, se precisa de alguma coisa, ou apenas para a relembrar que está constantemente no pensamento. 

É dia de relembrar-lhe o quanto significa para mim, para nós, as filhas que só lhe dão preocupações (muitas vezes desnecessárias e desprovidas de justificações). É dia (são dias) de retribuir todo o carinho e atenção que dá incondicionalmente. É dia de dizer: "Mãe, eu adoro-te". É dia de ser uma boa filha e de lembrar que a mãe se preocupa SEMPRE. É dia de aconchegar o coração da Mãe e dar-lhe tudo de bom (não é a presentes materiais que me refiro, sim ao aspecto emocional). 

É, também, dia de lembrar os filhos que não têm a mãe por perto ou as mães que, infelizmente, já não têm os seus filhos para abraçar. É dia de ser-se mais humano e de desligar dos constantes apelos ao consumo, num dia que deveria ser especial e é de descontos. É dia de nos alegrarmos, mesmo que tenhamos as mães longe, ou mesmo que os filhos que deveriam estar por perto e não estão, as tenham no pensamento. É dia de sermos nós mesmos e de fazermos alguém sentir-se especial. <3