Após a minha experiência na Queima das Fitas de Coimbra e decorrida quase uma semana desde a quase-directa, sinto-me suficientemente capaz de exprimir o que sinto acerca do que vivi.
Para não cansar muito o leitor coloco por tópicos a minha primeira (e provavelmente última) experiência na noite da Queima:
- Pagar um bilhete no intercidades teria sido evitado se visse, convenientemente, o horário dos comboios. Não vi e, mesmo que visse, a hora de partida seria demasiado cedo num regional, pelo que, de qualquer forma, optaríamos (eu e a C) por ir mais tarde e ter de pagar o que pagámos pelo comboio. Conclusão: partimos pelas 21h05 e meia hora depois estávamos em Coimbra;
- Já sabíamos que iríamos ter de "queimar" tempo até nos descolarmos ao recinto. Decidimos ir dar uma volta à baixa da cidade. Quando ameaçou chover encontrámos abrigo no Burger King mais próximo, onde fizemos a última refeição até regressarmos a Pombal;
- Depois de deambularmos mais um pouco pelo Parque Verde e de encontrarmos umas "trajadas" do curso de Gestão, que pensávamos que estavam bêbadas, decidimos arriscarmo-nos a passar por locais obscuros. Fomos avisadas por uma dessas tais raparigas, que era "perigoso duas raparigas andarem sozinhas à noite" naquele local. Uma autêntica paz de espírito;
- Eram por volta das 23h15 quando nos dirigimos à bilheteira para comprar os bilhetes. Sorte a minha que passei por estudante e tive direito ao bilhete respectivo. A C teve de se contentar com o geral. Até aí, tudo bem. A seca foi a que aconteceu durante meia hora de espera;
- Depois de sermos meticulosamente revistas pelos seguranças, cada uma na sua fila, pudemos entrar no recinto. Era perto da meia-noite e a Tuna Feminina da Faculdade de Medicina de Coimbra saudava os visitantes com os primeiros acordes da noite. Uma recepção calorosa numa noite gélida;
- Era 01h30 (da madrugada) quando o C4 Pedro decidiu não "Ficar Por Aqui" e começou o concerto. Tinha vestida uma camisola cor-da-pele de manga comprida, por debaixo de uma camisola de cavas vermelha, cuja ilusão óptica que causava era reveladora de um imenso tronco de tatuagens. Mas como referi, era só mesmo uma ilusão de óptica;
- Após a "curtição" que o C4 Pedro nos proporcionou, foi hora de ouvir o grandessíssimo AGIR. E gostei que ele me dissesse que eu sou "linda sem Make-Up"! Subiu-me o Ego num ápice, vos garanto, caros leitores. Com isto chegaram 3h30;
- Demos mais umas voltas para fazer tempo e apanhar o suposto comboio das 5 e pouco. Ora muito bem, ainda a estação de comboios não tinha abrido portas, já eu e a C estávamos KO na escadaria do local. E não, aos sábados de madrugada não há comboios para Pombal. O primeiro é às 6h04 da madrugada. Ok... mais uma hora de espera. Tudo bem, mas estava quase a adormecer nos bancos desconfortáveis e cor-de-laranja da estação. E estava um frio que não se podia!
- Entrámos no comboio pelas 6h00. A viagem foi feita semi-acordada-semi-adormecida. E o corpo doía-me todinho! Mas fez-se bem e nenhuma de nós adormeceu ao ponto de deixar a estação de Pombal para trás.
- Conclusão: foi uma noite em branco que valeu pela experiência e pela companhia, mas que não passou de uma noite "perdida" que me valeu quase o dia todo de sábado a dormir.
Sem comentários:
Enviar um comentário