quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Novas medidas de combate ao crime em Lisboa



O enforcamento de 34 pessoas na capital em poucos dias faz parte do plano  implementado pelo ministro de D. José I para reconstruir Lisboa.   Sebastião José de Carvalho e Melo tomou esta posição na sequência do rasto de destuição deixado em Portugal, pelo terramoto de 1755. A morte de 1/3 de portugueses, 10 castelhanos, 5 irlandeses, 3 sabioanos, 1 polaco, 1 flamengo e 1 mouro não é mais do que um castigo aplicado pelos crimes cometidos na cidade.

O ministro do Reino decretou, ainda, um conjunto de medidas com o objectivo de reconstruir a capital.

O combate à deserção dos ministros de Lisboa, à subida dos preços, a ordenação de se fazer a busca aos que tinham fugido da capital e a ordenação da chegada de soldados contam-se entre outras medidas implementadas pelo ministro do rei, para fugir ao caus de Lisboa.

Sebastião José de Carvalho e Melo  tomou estas medidas no sentido de acabar com a vaga de assaltos, de proteger a população, de travar a especulação e de fazer com que os habitantes não abandonassem a cidade.

Alberto da Ponte admite despedir para reduzir custos



Fonte: Diário de Notícias

O presidente da RTP anunciou que o programa de reestruturação do grupo de comunicação público de televisão e rádio obedecerá a uma grande "disciplina de custos" e admitiu o recurso a despedimentos para que a empresa  “seja enxuta e sustentável no futuro”.  

A decisão de reestruturar a RTP acontece na sequência do recuo do ministro-adjunto dos assuntos parlamentares Miguel Relvas em privatizar a estação pública. 

A hipótese dos despedimentos é uma via que não está colocada fora de questão. “Não excluo essa via, mas custar-me-ia muito ter de enveredar por essa via”, afirmou Alberto da Ponte, em entrevista à RTP na passada quarta-feira, 30 de janeiro.

O dirigente da estação pública considerou, ainda,  que a empresa “pode estar sobredimensionada” no número de trabalhadores e prometeu uma grande disciplina de custos.

Depois do corte de despesas previsto para a reorganização da empresa, Alberto da Ponte espera poder chegar a outra dimensão na estrutura da empresa. Mas se isso não acontecer, o número de trabalhadores vai ter que ser reduzido.

Porta-voz da Comissão de Trabalhadores contesta a decisão

Esta posição é questionada pelo porta-voz da comissão de trabalhadores Camilo Azevedo isto porque não se conhece o projeto para o futuro da RTP. "Nós não conhecemos o projeto, não nos são dadas informações, por isso [dizer que a empresa está sobredimensionada] é uma opinião", referiu na passada quinta-feira. Referiu o facto de a administração do canal público, à semelhança do que aconteceu com a anterior, não informar a Comissão dos  Trabalhadores sobre os financiamentos da empresa desde Maio. “Não é possível à CT exercer o seu direito de participação no processo de reestruturação", disse Camilo Azevedo.

A atitude do presidente da RTP aquando da entrevista dada na passada quarta-feira foi considerada pelo porta-voz da comissão dos trabalhadores da RTP como "de terrorismo empresarial" e exigiu conhecer o projeto pensado para a reestruturação da estação pública. "A entrevista pareceu-me mais uma atitude de terrorismo empresarial em que se agita o medo e o espetro do despedimento coletivo para assustar os trabalhadores da estação pública e inquietar o seu público", afirmou Camilo Azevedo em declarações à Lusa.

Para o responsável dos trabalhadores, a administração da estação pública está a agir mal. Dá o exemplo do endividamento que tenciona fazer. "Durante 10 anos, as receitas de publicidade serviram para pagar o endividamento anterior e, agora que as contas estavam saldadas, vamos endividar-nos novamente e endividar os portugueses?", questionou Camilo Azevedo, referindo-se ao facto de a reestruturação da empresa dever ser paga com emissão de dívida de 42 milhões de euros junto da banca comercial.

Trabalhadores intencionam impugnar judicialmente a reestruturação

Como reação a estas medidas, os trabalhadores da RTP já anunciaram a intenção de impugnar judicialmente a reestruturação da empresa. A Comissão de Trabalhadores pretende com esta decisão reagir ao que considera uma violação do artigo 429º do Código do Trabalho - norma que está no centro de uma vitória judicial da CT em meados de Dezembro no Tribunal da Relação de Lisboa, que confere aos trabalhadores o direito à informação e consulta prévias sobre os planos ou os projetos de reestruturação.

Os trabalhadores argumentaram no texto enviado à Lusa que a reestruturação tem sido levada a cabo de forma "secreta", "ajustada aos objetivos de quem conspira contra interesses vitais do público e dos trabalhadores", recordando que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já sabia que a reestruturação já estava a acontecer e que agora se tratava apenas de "intensificá-la". 

O conselho de administração (CA) da RTP enviou à CT no dia 25 de Janeiro uma carta em que convidava a organização representativa dos trabalhadores a enviar "sugestões" para a reestruturação da RTP até ao dia 8 de fevereiro, de modo a que pudesse "reunir os contributos de todos os trabalhadores e concluir o projeto de reestruturação em cumprimento das obrigações resultantes do Código do Trabalho, antes de concluir o plano a submeter ao acionista" no início de março. 

A CT respondeu ao CA no mesmo dia alegando que "efetuou diversos pedidos de informação por escrito" e elencou um conjunto de documentos que solicitou e a que não lhe terá sido dado acesso. 

No que se refere ao plano de reestruturação, a CT quis conhecer "no mais breve prazo" os órgãos e respetivos membros "encarregados de trabalhos da reestruturação", assim como convidou o CA a revelar as suas propostas de reestruturação, de forma que a CT pudesse apresentar as suas "sugestões, reclamações ou críticas, nos termos da lei".


Comércio a retalho diminui em 2012


As vendas do comércio a retalho diminuíram 3,4 % na zona euro e 2% na União Europeia em Dezembro, em comparação com igual mês em 2011, tendo Portugal registado a segunda maior quebra (8,6%).
  
Os dados divulgados ontem pelo gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) revelam que, em Novembro, foram registados recuos homólogos de 1,9% na zona euro, de 1% no conjunto dos 27 Estados-membros e de 5,5% em Portugal.


A quebra de 8,6% observada em Portugal só foi superada pela registada em Espanha (-12,3%), num pódio em que o terceiro lugar é ocupado pela Eslovénia (-7,5%). Já as maiores subidas homólogas do volume de vendas do comércio a retalho pertenceram à Letónia (12,5%), à Estónia (7,2%) e à Lituânia (2,7%). 
 

Em Dezembro em relação a Novembro, o volume de vendas do comércio a retalho baixou 0,8% entre os 17 países que partilham a moeda única e 0,6% na UE, depois de, em Novembro, ter recuado 0,1% na zona euro e permanecido estável ao nível da Europa dos 27. 

Portugal registou uma quebra mensal de 1,8%, o mesmo valor observado no mês anterior e que é, ao mesmo tempo, o mais baixo desde setembro de 2012. Roménia, Espanha e Eslovénia registaram as maiores descidas mensais, enquanto as maiores subidas foram observadas no Luxemburgo, na Polónia e na Estónia .
  
A descida verificada em Portugal no último mês de 2012, além de ser a segunda mais elevada entre os Estados-membros, foi a maior desde Julho de 2012.