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| Jaime Pascoal, aos 33 anos, dedica a sua vida à música |
O convite para assegurar a
direcção artística da Sociedade Filarmónica Vermoilense surgiu por acaso no
final de Novembro do ano passado. “A direcção da banda telefonou-me a dizer que
queria falar comigo. Quando fizemos uma reunião disseram-me qual era o
interesse deles. Aceitei: é um novo projecto”, disse Jaime Pascoal ao Pombal
Jornal. Coincidência ou não foi no início desse mês que começou a ter aulas de regência
com o maestro Alberto Roque na Sociedade Artística Musical dos Pousos – SAMP.
“Já tinha tido outras experiências de direcção, mas nunca como responsável”,
admitiu.
Desde o ano lectivo 2013-2014
dava aulas na escola de música da mesma filarmónica. Trombone, bombardino e
tuba são os instrumentos que estão a seu cargo. Mas não é só na escola de
música que dá aulas: “neste momento dou aulas em Tomar na Canto Firme, em Ourém
na Ouriarte, na Filarmónica de Ansião às quartas à tarde, em Vermoil aos
sábados de manhã e na Filarmónica da Guia aos sábados à tarde”, declarou.
A Sociedade Filarmónica
Vermoilense conta, neste momento, com cerca de 43 elementos. “A banda é
totalmente jovem, a média de idades deve rondar os 15 ou 16 anos”, admitiu o
maestro. Apesar do receio inicial em agarrar um projecto desta índole, pois “quando
há mudanças de maestro, muitas das vezes, não são pacíficas”, Jaime Pascoal
revelou que ficou “surpreendido pela positiva porque a banda demonstrou um
nível bastante bom”, assim que ensaiou pela primeira vez.
“Há um trabalho muito grande a
desenvolver e espero conseguir fazê-lo. Quero chegar a determinados níveis de
qualidade que penso que é possível atingir”, assegurou. Apesar de saber que os
objectivos a que quer chegar implicam um esforço muito grande, “há muita coisa
a trabalhar em termos de conjunto e há que desenvolver um reportório de forma a
fazermos bons concertos”, mencionou o maestro.
Para que seja possível evoluir e
crescer musicalmente Jaime acredita que é necessário sair da “zona de
conforto”. “A minha atitude vai passar um pouco por frequentar alguns encontros
de bandas fora do concelho e concursos de bandas que são tudo coisas que ajudam
a motivar os músicos e a desenvolver mais qualidade”, explicou.
O balanço do primeiro mês de
trabalho é, nas palavras do maestro, bastante positivo: “ainda só passou um mês
e poucos ensaios mas deu já para ver que dá para desenvolver um bom trabalho.
Estou contente com o trabalho realizado neste pouco tempo e espero continuar
assim.” Os ensaios da Sociedade Filarmónica Vermoilense decorrem na sede da
instituição, aos sábados, das 21h às 23h. E, para mostrar o trabalho dos
músicos e apresentar o novo maestro, vai realizar-se um concerto, às 21 horas na sede da filarmónica.
Mas não é só na filarmónica que o
trombonista desenvolve um trabalho notável: pertence a um projecto que iniciou
em Leiria, há três anos, com uns amigos, a Farratuga e frequenta a Orquestra de
Jazz de Leiria.
“É um pouco complicado conciliar
a direcção da filarmónica com outras actividades que tenho, mas há que gerir o
tempo que há, e fazer as coisas sempre da melhor forma”, explica. Uma das
propostas de que teve de prescindir para agarrar o projecto foi a de dar aulas
de trombone na escola de música da filarmónica da Ilha. “Como são todas
actividades relacionadas com o mundo do espectáculo pode haver colisão de
datas. É preciso chegar a um consenso e viabilizar as coisas: se por um lado é
cansativo, por outro acaba por ser compensador.” Acredita que é necessário estabelecer
um plano prévio para cada semana: “as coisas são planeadas muito tempo antes e
não de um dia para o outro, de outra forma não dá para chegarmos onde
queremos”, declarou o maestro acerca do seu método de organização.
Currículo Musical
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