segunda-feira, 7 de maio de 2018

Empreendedorismo Social inspira alunos da EPM-CELP

“A arte de empreender inspira e motiva pessoas em todo o mundo. Grandes negócios são criados e ideias luminosas colocadas em prática. Vidas são transformadas, empregos são gerados e desafios são superados...E é também assim que se constroem países...” (ENDEAVOR, 2015)

Foi com este mote que se iniciou a "Mesa redonda sobre Empreendedorismo Social” que teve lugar no auditório Carlos Paredes na quarta-feira, 2 de maio. Promovida pelo grupo disciplinar de Geografia, a ação teve como objetivo sensibilizar os alunos para a arte de empreender. No fim, ficaram os conselhos das mentoras dos projetos “Mamana Mudada”, “Wamina”, “Daisy Soap”, “Ecokaya” e “Girl Move”.

Moderada por Tânia Tomé, responsável pela “EcoKaya”, uma empresa que se dedica a apoiar o desenvolvimento de projectos, durante o encontro foram apresentadas as lideres dos diferentes projectos que intervieram no debate que teve como pano de fundo o conceito de “Empreendedorismo Social”.

O conceito de “empreendedor social”, alguém que transforma uma ideia num projecto, em algo concreto; as etapas fundamentais para a criação de um projecto; como procurar uma solução para um problema social e a sustentabilidade e financiamento dos projectos levados a debate foram alguns dos assuntos abordados.

“Moçambique é um local privilegiado para fazer projetos de desenvolvimento social. Há muitas carências. É preciso sair da zona de conforto para procurar e identificar um problema para o resolver”, destacou Isabel Costa, da “Mamana Mudada”, um projeto que intervém junto a mulheres que vivem nas zonas rurais, perto da Ponta do Ouro.

Por sua vez, Filipa Carreira, da “Wamina”, uma empresa que faz a distribuição de produtos íntimos femininos, destacou que “o empreendedorismo social passa por parcerias, por conversas, até nos cruzarmos com alguém que nos mostre uma maneira diferente de pensar sobre o problema.   

Cristina Rocha, da “Daisy Soap”, empresa que visa capacitar mulheres com habilidades para produzir sabonetes artesanais de baixo custo, reutilizando ingredientes e materiais, criando um emprego e protegendo o meio ambiente, recomendou a todos que “sejam a mudança que querem ver no mundo” e desejou a todos os alunos muito sucesso.

“Pode empreender-se através de duas maneiras: por aquilo que te apaixona e, também, por aquilo que te dá raiva. E é muito mais fácil ir por aquilo que te dá raiva: se houver lixo no chão e não gostamos de ver lixo no chão, temos de desenvolver um projeto para tirar o lixo do chão”, exemplificou Teresa, uma aluna que participou na academia de liderança e de empreendedorismo social da “Girl Move”.

Rita Megre da “Girl Move” falou na importância que, para si, é ter um emprego que tenha algum impacto na sociedade e não sirva “só para ganhar dinheiro”. “Nós vivemos numa era extraordinária de acesso à informação e, daqui para a frente, vocês podem ser aquilo que quiserem, basta questionarem”, destacou. Indicou, ainda, que foi aos 26 anos, altura em que fez uma pós-graduação em Empreendedorismo Social, que descobriu aquilo que queria fazer na vida.

No fim, as mentoras responderam às questões dos alunos do 9º ano das turmas C e D e do 11º ano das turmas A1 e B, que se mostraram interessados em conhecer melhor cada um dos projetos.

Tiffany Sérgio, aluna do 9ºD, destacou que “a palestra ajudou-me a refletir muito sobre empresas e a forma como posso ter impacto social”. Por sua vez, a colega da mesma turma, Ishara Loureiro sublinhou que “a palestra permitiu-me conhecer melhor o país onde vivo”.

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