Consciência. É sobre Consciência que escrevo hoje, sobre a sua importância e a necessidade que temos de a possuir. Afinal quem somos nós sem Consciência? Seres irracionais que se regem por impulsos reptilianos? Seres acéfalos que (re)agem por instinto para satisfazer só e apenas as suas necessidades básicas? - Sim, sem Consciência pouco ou quase nada somos. De racional pouco nos resta se não refletimos sobre quem somos, sobre o que estamos cá a fazer e, acima de tudo, se não olharmos para dentro de nós mesmos.
![]() |
Fonte: Pinterest |
Ter consciência sobre quem somos, o que andamos a fazer por esta Vida, quais são as nossas forças e as nossas fraquezas - falo quase de uma análise SWOT - Strengths, Weaknesses, Oportunities and Treaths - é essencial para efetivamente melhorarmos a nossa qualidade de vida. Ter um interior limpo, leve e livre eleva a nossa frequência vibracional e, por acréscimo, iremos atrair pessoas e situações que vibrarão na mesma frequência. Convém que seja elevada, para que os impulsos primários não nos toldem os sentidos nem nos levem a fazer decisões precipitadas nem desfavoráveis ao nosso bem-estar.
É a Consciência, movida pela Intuição e pelo Coração, que nos alerta para situações de perigo, para pessoas tóxicas, para coisas que não nos fazem bem. É a Consciência que nos permite ter noção do bem e do mal, do certo e do errado, do agradável e do desagradável e do código ético e moral através do qual desenvolvemos as nossas ações. É também a Consciência daquilo que queremos para a nossa vida e a Consciência acerca do que merecemos que nos permite estabelecer limites.
Limites! Tão importantes são em qualquer tipo de relação; com os colegas de trabalho, nas relações familiares e de amizade, no amor. É bom que tenhamos esta noção; limites são necessários sempre, tal como é a ética e a moral. Só quando nos conhecemos, podemos conhecer também os nossos limites. Aí distinguimos o que é negociável e o que não é negociável no relacionamento com os outros. Sem o Conhecimento de nós mesmos e sem Consciência não é possível estabelecer limites.
E porque é tão desafiante olhar para dentro de nós mesmos? Porque é mais fácil ver os erros dos outros do que os nossos; no entanto esquecemo-nos de que somos o espelho uns dos outros. Critico no outro aquilo que mais me incomoda em mim. É no outro que vejo os meus defeitos. Muitas vezes é também o outro que põe a descoberto as minhas fragilidades e as minhas feridas emocionais. Daí ser tão desafiante parar, olhar, pensar e refletir sobre o meu interior. Meditar.
![]() |
| Fonte: Pinterest |
As relações humanas são complexas, mais ainda se fugirmos de nós mesmos e não nos permitirmos olhar para dentro. Se não estivermos dispostos a conhecermo-nos, a conhecer as nossas fragilidades e as nossas virtudes, a ter empatia connosco mesmos, nem a trabalhar sobre nós, como poderemos ajudar outros? Compreendê-los? - Não é possível de todo.
Muitos dos problemas das relações entre as pessoas vêm precisamente da falta de Autoconhecimento e de Consciência. Eu própria estou a fazer o meu precurso. É um processo demorado, contínuo, com altos e baixos, que requer tempo, paciência e muita disponibilidade mental. Nem toda a gente está disposta a "tocar na ferida" nem a curá-la, porque acha que isto é tudo uma treta.
Ainda bem que não pensamos todos da mesma forma e, porque não pretendo arruinar a minha vida, decido olhar para dentro para que possa autoconhecer-me, ter mais Consciência sobre quem sou e o que quero para a minha Vida, poder elevar a minha vibração e atrair apenas quem e aquilo que me faz bem. Transformar-me, em primeiro lugar.
O nosso corpo é a nossa primeira casa. Cuidemos do nosso interior, com meditação, tal como cuidamos do nosso físico, com as idas ao ginásio.


Sem comentários:
Enviar um comentário