quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Ter Razão ou Estar em Paz?

Eu escolho estar em Paz. Assim começo e assim terminarei este post. Estar em Paz para mim é muito mais importante do que ter Razão. E porquê? Porque a paz é insubstítível e ter razão é subjetivo. Escolho e escolherei ficaz em paz. O outro que com ele leve a razão, se assim se sente melhor, se isso lhe faz bem. Prefiro a Paz e a Saúde Mental para que a vida flua a meu favor. 

A paz em forma de pôr-do-sol

Escolho a Paz porque de guerra está o mundo cheio. Se não partir de nós, de cada um individualmente, como podemos pensar em ter paz no coletivo? Se o mundo interior de cada um se encontra num caos, como pensamos nós que vai ser possível ter paz no mundo experior, no plural? Estou certa de que se cada um fizer a sua parte e cuidar do seu interior, juntos, será possível termos paz coletivamente. 

A razão é subjetiva e depende sempre de uma perspetiva de colocar as coisas bem como da pessoa que as avalia. E, muitas vezes, os nossos julgamentos constroem-se como base nas nossas experiências de vida, na nossa moralidade, nas nossas convicções. O grau de subjstividade da "Razão" aí acentua-se mais. Se nem sempre as Ciências Exatas têm "Razão", tendo por base as suas teorias e as suas demonstrações matemáticas, como terá apenas um indivíduo por si mesmo?

Acredito que ninguém é dono da Razão. Nem da Verdade Dogmática. Porque dogmas só existem na Filosofia. (E será que existem mesmo?...) . Cada um, dono de si, é dono da sua Verdade, da sua Razão que, por sua vez, pode ser questionada por outro. A Razão, por si só, nua, crua e infundamentada, não existe. Existe mais do que uma razão, mais uma vez, baseada no indivíduo que avalia, de acordo com as suas crenças, valores, moralidade e prespetivas de ver a vida. E a minha forma de avaliar a vida pode ser diferente da tua. E está tudo bem.

Mais uma vez prefiro estar em Paz a ter Razão. Ambas são subjectivas, ambas têm razão à sua maneira. Mas para quê ter Razão se depois vou ficar mal como o outro? Em guerra comigo mesmo(a)? De mal como a vida? De que é que isso vale?

Prefiro a Paz à Razão. A Paz liberta, dá saúde mental, proporciona bem estar consigo mesmo e com os outros. A Paz é livre e independente, sonhadora e consistente. Proporciona tudo aquilo que a Razão nem sempre permite. A Paz deve ser alimentada e crescer a cada dia que passa, para que o bem floresça, primeiro no interior de cada um, depois na comunidade como um todo.

Eu escolho estar em Paz. Sempre. 

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