quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sindicalistas estiveram junto ao MEC para pressionar Nuno Crato


Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/sindicalistas-estiveram-junto-ao-mec-para-pressionar-nuno-crato-1623630

Intimar o Ministério da Educação a cumprir a lei e reclamar a execução das quatro reuniões agendadas recentemente pelo Ministro da Educação Nuno Crato foram os principais motivos que levaram cerca de trinta sindicalistas à porta do Ministério da Educação e Ciência nesta tarde. 

Entregar dois documentos a Nuno Crato era o objectivo dos sindicalistas que estavam concentrados junto à porta do Ministério da Educação e Ciência [MEC] à espera de serem recebidos pelo Ministro da Educação. 
  
O primeiro tem que ver com as questões do amianto. Pretende que Nuno Crato responda por questões relacionadas com o financiamento dos colégios privados, questões relacionadas com o funcionamento das escolas e com a vida dos professores. “Há necessidade de eles [governo] divulgarem as escolas onde há amianto, pois é obrigatoriamente removido”, revelou Mário Nogueira, Secretário-Geral da Federação Nacional de professores. Uma vez que já estamos em 2014 e que Nuno Crato não revelou quais são as mais de 700 escolas que têm amianto, “nós iremos hoje entregar porque, se no prazo de 10 dias não tivermos resposta, iremos ao Tribunal Constitucional para que este intime o ministério a dizer quais são as instituições”, ressalvou.

O segundo prende-se com a marcação de reuniões que têm como objectivo resolver assuntos directamente relacionados com os professores. “Nós vamos tentar ver se o Ministério, de facto, vai marcar reuniões para resolver questões tão simples como o cumprimento de uma directiva comunitária que manda vincular os professores, as questões do amianto, as questões da preparação do próximo ano lectivo, o financiamento público dos colégios privados, é um conjunto de matérias que cada vez vai sendo maior”, sublinhou Mário Nogueira. 

Por volta das 15h30 decidiu-se que, como o Ministro da Educação Nuno Crato não ia marcar presença junto ao MEC por estar numa reunião no Palácio das Laranjeiras, os manifestantes dirigir-se-iam a esse local para lhe entregar o documento em mãos. No entanto, o acto foi recusado, pelo que Mário Nogueira teve apenas oportunidade para falar com a assessora de imprensa de Nuno Crato. 

Acerca de o facto de o Ministro da Educação marcar uma conferência de imprensa para a mesma hora em que deveria reunir com a FENPROF, Mário Nogueira pronunciou-se, “esta fuga do Senhor Ministro da Educação tem que ver com o facto de, não tendo respostas para nos dar, decidir fazer qualquer coisa na hora em que deveria ouvir os professores e a FENPROF.” Revelou que, para atenuar a pressão, Nuno Crato, que já não reúne com o sindicato desde o dia 22 de Março do ano passado, “marcou mais reuniões do que aquelas que tinha marcado nos últimos 6 meses.”

A reunião de 25 e de 28 de Fevereiro tem como objectivo a discussão do regime de concurso de vinculação extraordinária de professores. A reunião do dia 26 de Fevereiro com a Fenprof e a Federação Nacional da Educação (FNE) tem como mote a discussão de “três assuntos”, entre os quais “os currículos escolares, as actividades de enriquecimento extracurricular (AECS) e as questões da educação especial” e na reunião do dia 4 de Março, pretende-se discutir “as questões dos concursos”, sublinhou Mário Nogueira.  
  
Os manifestantes esperaram durante duas horas junto ao Junto à porta do Teatro Thalia. Um contingente policial avolumado estava presente.

 “O Sr. Ministro não pode estar um ano sem aparecer, mesmo falando de assuntos como a praxe que têm importância, mas que não são tão relevantes como o do Ensino Superior”, ressalvou Mário Nogueira.

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