Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/sindicalistas-estiveram-junto-ao-mec-para-pressionar-nuno-crato-1623630
Intimar o Ministério da Educação a cumprir a lei e reclamar
a execução das quatro reuniões agendadas recentemente pelo Ministro da Educação
Nuno Crato foram os principais motivos que levaram cerca de trinta
sindicalistas à porta do Ministério da Educação e Ciência nesta tarde.
Entregar dois documentos a Nuno Crato era o objectivo dos
sindicalistas que estavam concentrados junto à porta do Ministério da Educação
e Ciência [MEC] à espera de serem recebidos pelo Ministro da Educação.
O primeiro tem que ver com as questões do amianto. Pretende
que Nuno Crato responda por questões relacionadas com o financiamento dos
colégios privados, questões relacionadas com o funcionamento das escolas e com
a vida dos professores. “Há necessidade
de eles [governo] divulgarem as escolas onde há amianto, pois é
obrigatoriamente removido”, revelou Mário Nogueira, Secretário-Geral da Federação
Nacional de professores. Uma vez que já estamos em 2014 e que Nuno Crato não
revelou quais são as mais de 700 escolas que têm amianto, “nós iremos hoje
entregar porque, se no prazo de 10 dias não tivermos resposta, iremos ao
Tribunal Constitucional para que este intime o ministério a dizer quais são as instituições”,
ressalvou.
O segundo prende-se com a marcação de reuniões que têm como
objectivo resolver assuntos directamente relacionados com os professores. “Nós
vamos tentar ver se o Ministério, de facto, vai marcar reuniões para resolver
questões tão simples como o cumprimento de uma directiva comunitária que manda
vincular os professores, as questões do amianto, as questões da preparação do
próximo ano lectivo, o financiamento público dos colégios privados, é um
conjunto de matérias que cada vez vai sendo maior”, sublinhou Mário Nogueira.
Por volta das 15h30 decidiu-se que, como o Ministro da Educação
Nuno Crato não ia marcar presença junto ao MEC por estar numa reunião no
Palácio das Laranjeiras, os manifestantes dirigir-se-iam a esse local para lhe
entregar o documento em mãos. No entanto, o acto foi recusado, pelo que Mário
Nogueira teve apenas oportunidade para falar com a assessora de imprensa de
Nuno Crato.
Acerca de o facto de o Ministro da Educação marcar uma
conferência de imprensa para a mesma hora em que deveria reunir com a FENPROF,
Mário Nogueira pronunciou-se, “esta fuga do Senhor Ministro da Educação tem que
ver com o facto de, não tendo respostas para nos dar, decidir fazer qualquer
coisa na hora em que deveria ouvir os professores e a FENPROF.” Revelou que,
para atenuar a pressão, Nuno Crato, que já não reúne com o sindicato desde o
dia 22 de Março do ano passado, “marcou mais reuniões do que aquelas que tinha
marcado nos últimos 6 meses.”
A reunião de 25 e de 28 de Fevereiro tem como objectivo a
discussão do regime de concurso de vinculação extraordinária de professores. A reunião
do dia 26 de Fevereiro com a Fenprof e a Federação Nacional da Educação (FNE)
tem como mote a discussão de “três assuntos”, entre os quais “os currículos
escolares, as actividades de enriquecimento extracurricular (AECS) e as
questões da educação especial” e na reunião do dia 4 de Março, pretende-se
discutir “as questões dos concursos”, sublinhou Mário Nogueira.
Os manifestantes esperaram durante duas horas junto ao Junto
à porta do Teatro Thalia. Um contingente policial avolumado estava presente.
“O Sr. Ministro não pode estar um ano sem aparecer, mesmo falando de assuntos como a praxe que têm importância, mas que não são tão relevantes como o do Ensino Superior”, ressalvou Mário Nogueira.
“O Sr. Ministro não pode estar um ano sem aparecer, mesmo falando de assuntos como a praxe que têm importância, mas que não são tão relevantes como o do Ensino Superior”, ressalvou Mário Nogueira.
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