quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Quando a morte nos bate à porta

Não precisas de perguntar porquê. Não vale a pena tentares descobrir uma razão racional ou emocional sobre porquê que acontece. Não tentes adivinhar porquê. A única certeza que há é que é uma realidade transversal a todos e a todas independentemente do género, estatuto social, estado civil, crença religiosa, saldo da conta bancária, etc, etc. Nascemos-crescemos-reproduzimo-nos (ou não) e morremos. Ponto. Toca a todos. Toca a nós. Não só aos outros.

Independentemente disso, ninguém a espera, ninguém a aguarda. Ninguém sabe quando vem nem que vidas ceifa. É inesperada, mesmo quando se trata de um cancro terminal, de velhice, de uma doença incurável. É inesperada quando se ama alguém. E bate à porta de todos. Mais cedo ou mais tarde. E não vale a pena tentar fugir ou negá-la. Ela vem quando menos esperas. 

E quando acontece aos outros podemos sentirmo-nos tristes e dar os "sentimentos" às pessoas. Mas quando é à nossa porta que bate é mais complicado. É difícil aceitá-la e recebê-la como uma inevitabilidade, um ciclo natural da vida. Muito menos quando temos de lidar com a morte de um familiar próximo ou do irmão de uma das melhores amigas. Mas... Há sempre um mas que fica por responder.

Questiono-me se as pessoas partem porque já cumpriram a sua missão em vida e porque, por isso, chegou a "hora" delas. Será mesmo isso? Será que partem quando têm de partir e deixam familiares e amigos em sofrimento só porque chegou a sua hora? Porquê, porquê, porquê? Porque é que tem de ser assim? Porque se vão em acidentes (trabalho, viação, desporto, lazer) e ninguém nos avisa de um sofrimento inevitável? Se fossemos avisados será que estaríamos preparados? - Creio que não. Ponto final. 

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