segunda-feira, 4 de junho de 2018

Ser CRIANÇA

cri·an·ça 
(criar + -ança)

substantivo feminino
1. Menino ou menina no período da infância.
2. [Figurado]  Pessoa estouvadapouco sériade pouco juízo.
3. Educação.
4. [Antigo]  Criaçãocria.
"criança", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013.

Criança, substantivo, género feminino, número singular. É isto que me diz o dicionário de uma forma morfológica, simplificada e objectiva. Criança, um ser humano tão frágil que todos devemos respeitar. Um ser de direitos e com deveres que se deve acompanhar e proteger (não super-proteger!!) na infância e libertar na adolescência. Um ser sensível, que aprende especialmente através da imitação, da repetição e da associação. 

"Criança". Porquê este tema hoje? Porque na sexta-feira, 1 de Junho, foi o Dia Mundial da Criança, o dia de relembrar que todas as crianças do mundo têm direito a serem felizes, a brincarem, a terem uma família, a serem protegidas, a serem ouvidas e respeitadas, a serem, ao mesmo tempo, livres e abraçadas.

As Nações Unidas aprovaram a 20 de Novembro de 1959 a Declaração dos Direitos da Criança, proclamando os direitos das crianças de todo o mundo. Contudo, bem se sabe que os direitos das crianças não são respeitados nem todos os dias, nem em todos os lugares do mundo. Inclusive, existem criança que nem chegam a sê-lo pois o dever as chama e as impele a tornarem-se mini-adultos.
Em Moçambique, vi crianças a serem adultos. Vi meninas com responsabilidades de mulheres e meninos com responsabilidades de homens. Também vi meninos a brincarem com pneus de carros ou rodas de CD's. Vi rostos de uma felicidade transcendente que só conhecem as ruas dos seus bairros. Vi sinceridade nos sorrisos e verdade nos olhos. Vi muito mais do que um dia imaginava ver, vi o que as palavras não descrevem.
Em Portugal, vejo crianças insatisfeitas porque só têm um tablet, vejo meninos que respondem aos professores, vejo crianças tristes porque os pais não lhes dão o devido tempo nem lhes proporcionam a atenção que merecem, vejo insatisfação com aquilo que têm.

Com estes dois últimos parágrafos não quero dar a impressão de que os meninos são infelizes em Portugal e felizes em Moçambique. Quero, somente, dar uma pequena ideia de como a infância pode ser vivida de forma tão diferente em países e culturas também tão distintos/as. Nada de comparações, que são inadequadas e impróprias. Apenas formas diferentes de ser "Criança" e de viver esta fase da vida como tal.


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