terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Dia do Catequista uniu comunidade paroquiana

Solidariedade foi a palavra de ordem do passado dia 25 de Janeiro, na Festa da Catequese da Paróquia de Pombal. Dezenas de pessoas juntaram-se, às 15h, na Central de Camionagem para assistirem a várias actuações. Ajudar famílias carenciadas e proporcionar a participação de todos nas actividades da catequese foram dois dos objectivos da recolha de fundos.

O grupo coral infantil da Charneca, “Os Traquinas”, abriu a festa com os cânticos afincadamente ensaiados. Afinal, o que se pretendia, além do convívio, era mostrar aquilo que os mais pequenos conseguem fazer. Enquanto ouviu as canções, o público teve a oportunidade de ajudar a paróquia através da compra de bolos, leguminosas, frutas, entre outros bens que estavam expostos. Os produtos alimentares, na sua maioria, foram trazidos pelos pais dos catequizandos, que deram o seu contributo.

Afinal, o objectivo principal do evento era o de angariar fundos que se destinassem a ajudar as famílias menos abastadas e assegurar alguns custos associados às actividades da catequese. Graciosa Gonçalves, catequista do 10º ano em Pombal, explicou quais são os anos que implicam mais custos: “as actividades que envolvem mais custos neste momento são as do 3º sector [7º ao 10º ano], particularmente as de preparação para o Crisma”. É por isso que se pediu a colaboração de todos, “para tentar que a paróquia possa suprir essas despesas sem ter de recorrer muito aos pais, daí a ideia de usar a união e este dia em que deveríamos estar juntos em prol da catequese para poder criar esse fundo que depois reverterá para as actividades dos jovens”.

Outra das áreas a que se destinam os fundos angariados são as “cadernetas. Este foi o primeiro ano em que apareceram, com toda a gestão dos cromos em papel autocolante, são despesas bastante altas e não foi pedido nenhum valor a nenhum catequizando, pelo que é uma maneira de tentarmos contribuir”, explicou o catequista João Simões, também do 10º ano. Por outro lado, “tendo em conta as obras que a paróquia vai tendo todos os anos, os fundos não chegam. Esta é uma maneira de ajudar, de uma forma indirecta, e convidar toda a comunidade a participar, sem pedir dinheiro”, explicou.

A festa prosseguiu animada, depois da resolução de alguns problemas técnicos do grupo de dança, que deveria ter sido o primeiro a actuar. Todos se aplicaram e deram forma a algo que deve estar presente mesmo nos momentos mais difíceis da nossa vida: o convívio e a alegria. João Paulo Vaz, o padre da paróquia, frisou a importância destes dias: “quando as pessoas forem capazes de se encontrarem e de se alegrarem juntas, estamos bem. Num tempo de tantas dificuldades, é importante que os cidadãos sejam capazes de se encontrar, de se alegrarem, de se rirem juntos”. No fundo, o objectivo do dia 25 que, no fim, teve um balanço muito positivo.

Acções com um cariz solidário

Apesar de terem já sidos organizados alguns eventos com um cariz solidário, esta foi a primeira vez que se realizou um evento com uma adesão massiva. “A acção sócio-caritativa tem de estar sempre presente na vida das comunidades e das paróquias. Há muitas coisas que se vão fazendo em favor dos mais pobres e, particularmente nesta paróquia, como a conferência são Vicente Paulo”, reforçou o pároco da paróquia de Pombal.

“De acordo com respostas que são pedidas como igreja, haverá sempre outras actividades para ajudar os mais carenciados”, acrescentou. No que se refere à catequese “penso que esta será a primeira de outras vezes. Se este objectivo for assumido por todos, naturalmente que vão surgir outras actividades, outras acções e outras iniciativas para ajudar os que mais necessitam e que passam por mais privações hoje”, sublinhou João Paulo Vaz.

Afinal, o que se pretendeu fazer foi criar uma alternativa ao “domingo da generosidade” e encontrar uma data favorável á junção de toda a paróquia, que acabou por colidir com o dia do catequista. “Em vez de recorrermos ao domingo da generosidade relativamente às obras, tentámos criar um momento de lazer, com os pais, os catequistas e a comunidade, com o objectivo de ajudar a paróquia sem que as pessoas sintam muito”, frisou a catequista Helena Maximino. O objectivo, reforçou a ideia do padre João Paulo Vaz, era o de “proporcionar as mesmas oportunidades aos catequizandos mais desfavorecidos”, que por razões diversas nem sempre conseguem participar nas actividades levadas a cabo pelos grupos de catequese.

 Depois da actuação do grupo da escola de dança “Art Movement”, houve tempo para assistir a uma peça de teatro, “Tentações”, preparada pelos catequizandos do 10º ano, bem como ver, ouvir e apreciar as danças do Rancho Folclórico de Guístola. Já ao final da tarde, os mais pequenos do Grupo Juvenil dos Vicentes, surpreenderam o público com as danças que foram preparando desde o início do ano lectivo.

Vontade, empenho e trabalho de grupo

“Organizar um evento destes envolve sempre algum esforço e algum empenho. Foi um trabalho de união, em que as capelas colaboraram bastante”, declarou Graciosa Gonçalves. João Paulo Vaz revelou de que forma participou no evento e reconheceu o esforço de todos os envolvidos: “eu apadrinhei a ideia e dei todo o apoio que a paróquia pode facultar, o logístico. Foi o trabalho dos catequistas e de uma ou outra pessoa que está ligada a outras estruturas da paróquia, como seja o conselho económico”, referiu. Quanto aos recursos utilizados, “são fáceis de arranjar quando as pessoas estão envolvidas. Por outro lado, o município também ajudou na parte logística”, acrescentou o padre. No fundo, quando todos colaboram, o trabalho torna-se mais fácil. 

Depois da actuação do Grupo Juvenil dos Vicentes, chegou a altura de as pessoas voltarem às suas casas e aproveitarem o serão de domingo. Eram 18h30. O balanço, no fim, revelou-se muito positivo. “Esteve muita gente da cidade e das aldeias, o dia estava bonito e convidativo. Superou as expectativas. Tivemos muita gente que foi passando durante toda a tarde”, resumiu o padre João Paulo Vaz. “A adesão foi muito boa”, finalizou.

No dia em que se celebrou, também, o dia do catequista, Graciosa Gonçalves frisou o papel destes na comunidade paroquiana: “é um serviço a Deus, o dia do catequista é aquele em que devemos estar unidos com os catequizandos e com os pais em torno de um objectivo comum, a catequese, e fazer dos meninos melhores pessoas.”

A receptividade dos catequistas, dos pais e dos catequizandos bem como a dos grupos que actuaram mostrou que, efectivamente, “as crianças, a catequese e estas movimentações continuam a mexer com as pessoas e a ser atractivas, o que é óptimo”, concluiu o pároco. Graciosa Gonçalves partilhou a mesma opinião: “acho que a receptividade foi significativa, os pais e os meninos estão aqui, acho que foi atingido o objectivo.”

Ao todo a paróquia de Pombal conta com 19 capelas, 16 das quais com celebração dominical. Existem, ao todo, 14 centros de catequese, um em Pombal e 13 nas aldeias circundantes.

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