sexta-feira, 15 de maio de 2015

Viver a part-time

Não é por falta de textos que este post não é uma notícia. É um texto mais informal devido à necessidade de aliviar o blogue de textos formais, que lembram trabalho. Esta publicação é relevante por falar naquilo de que gosto, naquilo que faço e naquilo que quero para a minha vida, mas que continuo a procurar de uma forma ininterrupta, insaciável e incansável. Passo a explicar o que pretendo com este título: "Viver a part-time".

Eu vivo a part-time. Não fosse professora de inglês, jornalista estagiária e caixa de um supermercado. E não me envergonho disso. Tenho até muito orgulho em conseguir, de certa forma, "esticar" o meu tempo para, além destas actividades, ter ainda tempo para ir ao ginásio, ter aulas de inglês e frequentar a Sociedade Filarmónica N. Senhora da Piedade em Monte Redondo. Sim, tenho tempo para isto, mas não para muito mais.

Vivo a part-time e tenciono continuar a fazê-lo enquanto as forças e o Orçamento familiar assim me permitir. Não gostava de ter um trabalho das 9h00 às 17h00, rotineiro, chato e massador. Apesar de saber quais são as vantagens associadas ao facto de ter um emprego estável e convencional, não me enquadro na ideia de "normalidade". Aquilo que toda a gente faz porque sempre assim foi. Essa não sou eu. Lamento.

Gosto de viver o dia-a-dia poupando para o dia de amanhã. Nunca se sabe o que o futuro reserva e é importante planear a vida a médio-longo prazo ou, como disse no início do parágrafo, ir poupando. Vou fazer aquilo que vai ao encontro dos valores que me têm vindo a ser ensinados. E aquilo de que gosto é mudar de actividade. Procurar conhecer mais. Não me limitar a um conhecimento recto e incontestável.

Tentar perceber o porquê das coisas. E cometer, uma vez por outra, algumas loucuras. Não andar cá por ver  andar os outros. Não fazer com que a minha presença seja notada, mas tentar fazer com que a minha ausência seja sentida. Ainda hoje, o dia Internacional da Família, aprendi alguns conceitos novos, de que é exemplo a família "single", isto é, um conceito associado às mutações na estrutura familiar e que significa "monoparental".

Ouvi várias coisas e retive, pelo menos, as que mais se aplicam a mim: encontrar um equilíbrio entre o mundo do trabalho e a vida familiar. A psicóloga que abordou o tema quis "espicaçar" as pessoas a mudarem, a encontrarem soluções para, por exemplo, dedicarem mais tempo à família. Numa altura em que se vive cada vez mais para o trabalho, numa altura em que esse mundo é cada vez mais exigente e competitivo, o desafio é o de encontrar esse tal equilíbrio, por mais difícil que isso possa parecer.

"Mudar". Uma palavra que causa estranheza e até receio a tantas pessoas. Às vezes é preciso. Ou pelo menos tentar ver a vida de um outro ângulo, de um novo prisma. Eu já tive alguns (não muitos) trabalhos e estágios e já tenho alguns pontos de comparação. À medida que os dias vão avançando e que a vida vai correndo, vou traçando objectivos e definindo metas. Afinal é por essa razão que ando cá. É por alguma razão que andamos todos cá. 

E, apesar de ainda não saber ao certo o que quero fazer o resto da minha vida, certa estou de que preciso de me manter activa e jamais desistir de lutar. Ou de me aplicar naquilo que faço no momento presente. Isto porque o passado já lá vai e o futuro tarda em chegar. É agora, a hora de lutar.

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