Findo o Natal, o Dia de Ano Novo e os Reis, chegam os saldos, à semelhança de anos anteriores. Com eles, chega a abundante oferta de bens que ninguém quis em tempos idos e em que foram "Nova Colecção". De coisas que ficaram esquecidas, se vestem as lojas de vestuário, as sapatarias de calçado e os bazares das mais diversas bugiganga(s). No fundo, de restos. Porém, esta abundante oferta aparentemente mais apelativa não contribui para a diminuição da minha equivocada indecisão.
Olho para a direita e vejo aquelas calças que namorava há um mês a 50% de desconto. De ganga escura e de estilo "slim", bem justinhas, como eu gosto. Porque não levar? - Oh pá, não tenho dinheiro agora. Olho para a esquerda e aquela mala sedutora pisca-me o olho. Não sei a quanto estava antes dos saldos, mas o preço está bem colado a vermelho por cima do antigo e pode ler-se "9,99". - Hum... Afinal tenho lá tanta mala que penso que 10 euros não justificam a vaidade. E aquele casaco "chique" e "cintado" que parece chamar pelo meu nome? - Hoje não me apetece fazer compras.
Quem me conhece sabe que não sou materialista. Mas sou mulher. E como todas as mulheres que se prezem, também gosto de ser vaidosa uma vez por outra. Contudo, a indecisão não tem hora marcada para me assolar o espírito e baralhar as escolhas. E para se andar bem preparada não é estritamente necessário fazer compras em altura de saldos... Tudo depende dos dias, tudo depende da predisposição, tudo depende da companhia... E do dinheiro na carteira! Afinal a decisão de comprar ou não, nunca é objectiva, imparcial nem independente. É sempre influenciada por factores externos.
É sempre bom aproveitar a altura dos saldos quando se tem bom gosto e se sabe exactamente aquilo que se quer comprar. Mas mesmo que os preços baixos sejam uma tentação constante, não gosto de comprar por comprar se não tiver necessidade disso. Não é pela crise nem pela vaidade. Na minha opinião, tudo deve ser feito com "conta, peso e medida" e os saldos não escapam às minhas considerações.
Depois do consumo desmedido a que a época natalícia "obriga" e passada a altura em que os preços sobem em flecha só porque toda a gente compra, é altura de reflectir. Para não comprar irreflectidamente... Ou para comprar como se "não houvesse amanhã"!
Depois do consumo desmedido a que a época natalícia "obriga" e passada a altura em que os preços sobem em flecha só porque toda a gente compra, é altura de reflectir. Para não comprar irreflectidamente... Ou para comprar como se "não houvesse amanhã"!

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