quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Vai uma fast-running?

Comer para treinar ou treinar para comer? Heis a questão. Não fosse o restaurante de fast-food Burger King, encontrar um lugar privilegiado no andar de cima do edifício do também recentemente inaugurado ginásio Move up. E tudo isto foi pensado para nos baralhar os neuróniosA ironia não deixa de pairar na mente de quem, pela rua dos Bombeiros Voluntários de Pombal, passa: 'bora carregar uns quilos e perder uma calorias? ... Ou 'bora enfardar uns bons quilos e esperar que um milagre queime as calorias de hoje amanhã? 

O dilema é muito aborrecido e nunca foi tão difícil fazer uma escolha tão acertada. Afinal, as opções acabam por ser só duas, para quem está inscrito no ginásio. Ou uma, depende do ponto de vista. Se estou inscrito penso que, para não perder dinheiro, mais vale ir 'carregar uns quilos', nem que seja por uns míseros 30 minutos. Assim opto pela opção de adoptar um estilo de vida saudável e cumprir a promessa que fiz no Natal passado de chegar aos 50 kg. Ou de, pelo menos, não passar os 55. 

Ora se, mesmo inscrita no ginásio, opto pela tentadora mas muito pouco saudável opção de me baldar ao exercício para ir comer um hambúrguer bem recheado de calorias e de coisas 'boas' para a saúde, já conto com duas opções: a contar com esta, do estilo de vida pouco saudável. Oh! Lá se vão os merecidos e irrealistas 50 kg. Mas, afinal, ainda há outra! Porque não fazer um dois-em-um? Depois de um dia de trabalho de cão, 'bora levantar uns pesos ao gym. Depois até posso ligar ao amigo para ir comer umas batatas fritas comigo. Assim os remorsos passam a ser menos e já conto com três alternativas possíveis.

Mas há aqueles que não estão inscritos no ginásio e aí é que 'a porca torce o rabo'. Certamente ir petiscar uns nuggets quentinhos me ficará mais barato do que ir mandar umas corridas para nada. Delicio-me e não tenho de sofrer! Pois, o corpo ideal requer, além do sacrifício alimentar, o sofrimento associado ao cumprimento de objectivos que o personal trainer traça, logo no início do plano. Mas coiso e tal... Porquê não comer hoje se posso emagrecer amanhã?

Depois chego à conclusão de que não é assim tão mau ter um restaurante de fast-food no mesmo edifício do gym. Afinal faz-se um tudo-em-um. Ah, e tal... Não me apetece fazer o jantar e quero comer alguma coisa de digestão rápida. 'Bora ao Burger King, que funciona sete dias por semana, abre antes da hora do almoço e fecha completamente Fora d'Horas!                                                                           Felizmente, a oferta de 'comida-de-plástico' não se fica por aqui. Depois de um intensivo treino de cycling, porque não tomar um banho e andar uns cinco metros (desde a saída da porta principal do ginásio) até à Pizza Hut (que se localiza por debaixo da loja Shop China Maria, no andar superior do Intermarché), e pedir uma pizza com tudo aquilo a que se tem direito? Decerto, o sentimento de culpa não será assim tão grande. Se queimei, posso recuperar. E de forma bem acelerada. Não garanto é que o organismo, no seu pleno funcionamento metabólico, vá transformar em energia tudo o que se consumiu depois do treino. Até porque é de noite e algo vai ficar para a reserva (leia-se, para a banha).                                                         
Não falo em comer o hambúrguer antes do treino no ginásio, pois já experimentei e não correu nada bem. Fazer step com a comida a saltitar no estômago é uma sensação, no mínimo, pouco confortável. 'Ah, mas consomes e depois gastas logo', dizem os entendidos na matéria. Sim, ok, vamos fazer uma fast-running? Vão vocês. Está tudo pensado, meus amigos, mas eu fico-me pelo hambúrguer suculento e estravagantemente delicioso para depois do treino, obrigada. 

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