sábado, 6 de fevereiro de 2016

Olá, Carnaval!

Enchem-se os supermercados de fatiotas invulgares e as notícias de festivaleiros carnavalescos em terras distintas. Nas ruas dança-se o "samba" e importam-se tradições de Carnavais quase nus. Até parece que está calor e, mesmo com chuva, os foliões saem à rua para darem azo aos exageros desmedidos que antecedem os 40 dias de jejum e de penitência típicos da quaresma cristã. Afinal, é CARNAVAL e ninguém leva a mal...


Este ano o CARNAVAL não é minha "cena". Não é que o tenha sido em anos anteriores. Contudo, os festejos com os amigos do secundário, na Kiay, ou com uma ou outra amiga da faculdade, por Alcobaça, já não existem. Não é que deixassem de fazer sentido, ou talvez sim. Mas o tempo tudo trás e tudo leva e, à medida que os anos vão passando, com eles florescem outras vontades e gostos renovados! E, por este ano, os meus festejos carnavalescos são mais comedidos e restringem-se a um concerto da Filarmónica Artística Pombalense e a uma ida (a não sei onde para ver o desfile de Carnaval dessa zona), com uma pessoa especial que o Natal me ofereceu.

Como "recordar é viver", não posso deixar de sentir alguma nostalgia de tempos idos em que, na pré-escola, era "obrigada" a desfilar vestida de sol e de nuvem (e com uma cara de felicidade que até mete medo). Não posso esquecer o disfarce de velha que vi, numa fotografia, ainda hoje, quando folheava o álbum de infância junto à mãe, junto à lareira, sentada no sofá. Recordo-me de uma vez em que me disfarcei de índia e outra de resíduos poluentes. Era uma criança e as fotografias são testemunhas dos momentos felizes que o Carnaval trazia.

E depois, já adolescente, ia "curtir" a noite na Kiay. A discoteca localizada nas Meirinhas (localidade que dista quase tanto de Pombal como de Leiria) enchia-se de gente mascarada e de estranhos atrevidos que me abordavam sem que eu desconfiasse de quem fosse. A noite era de descontracção e de uma folia arrebatadora. Fui de "Mulher da Vida", de Homem, de Chinesa e de Joaninha, os últimos quatro anos de que tenho memória. Lembro-me de como se tivesse sido ontem. Fui com as colegas do secundário e foi um máximo.

Já na faculdade tive, pelo menos, duas celebrações de Carnavais em Alcobaça. Foi a Joana Guerra quem me convidou e quase que fui directamente de Lisboa para lá. Os jantares decorreram em casa da Joana ou de uma amiga. Lembro-me que, um deles, até foi em Lisboa. Era meia-noite e éramos quatro raparigas loucas quando decidimos que estava na hora de ir para Alcobaça. Pegámos no carro e lá fomos nós. Uma hora e meia depois estávamos no meio da confusão a curtir "bués". O pior foi depois... na altura do regresso e sem descanso. (prefiro não contar publicamente. Quem o viveu sabe bem como foi)....

Tudo isto para lembrar a importância da inabalável recordação. Ah!!!... E no ano passado fui tocar com alguns elementos da banda ao desfile de Carnaval da Carreira, uma localidade situada junto a Monte Redondo! Foi muito giro, principalmente na parte em que me colocaram uns cornos de diabo na cabeça. Nessa vez, apesar de não ter ido mascarada, senti que foi uma experiência muito boa. E neste serão foi altura de ver actuar a minha irmã vestida de pintainho.

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