Seis jovens, uma vontade de
empreender e uma “Porta Aberta”. Foi com estes ingredientes que se deu início
ao projecto que está a reavivar a zona histórica de Pombal, desde 25 de Julho
de 2014. O desafio lançado pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de
Pombal (CMP) proporcionou a abertura de seis lojas. A partilha de experiências,
de despesas e de sinergias já deram os primeiros frutos.
A Culnatur é uma das primeiras lojas com que nos deparamos assim que passamos pelo rés-do-chão do nº37 da Rua Miguel Bombarda. A cargo de Rui Rua, 25 anos, é uma empresa de animação turística que quer unir os conceitos “cultura” e “natureza”. Foi quando fez um estágio na CMP que surgiu a oportunidade de criar o próprio negócio: “vendo recordações, valorizo o artesanato local e associo isso às caminhadas e aos eventos no âmbito do programa de animação turística da empresa”, explicou o responsável ao Pombal Jornal.
Pinturas de azulejo, arte do
bracejo, produtos artesanais, trapologia, cabaças, canecas e postais são alguns
dos produtos que se podem encontrar no interior, mas com uma particularidade:
são tudo bens produzidos por artistas locais. “A oferta era muito escassa na
zona histórica de Pombal: acabei por criar dois negócios distintos, a venda de
artesanato e a empresa de animação turística”, afirmou. Sobre a última revelou que
“o principal objectivo é utilizar os recursos que temos no nosso território
para as pessoas ocuparem os tempos livres de uma forma enriquecedora”.
Partilhar o espaço com Ana Carvalho da Mercearia da Praça acaba por ser uma vantagem para os dois: “quem aqui vem comprar um produto regional para comer, tem, aqui ao lado, uma recordação para levar”, afirmou ressalvando o facto de as vantagens não se restringirem à partilha do aluguer da loja. “Desde logo nos demos bem e, além de criarmos um espírito de entre ajuda, estamos abertos à hora do almoço”, explicou Rui Rua acerca do espaço que está aberto de segunda a sábado das 10 às 19h30.
Há iguarias a serem descobertas
Os biscoitos com dizeres de
Portugal, os sabonetes vintage, as
conservas portuguesas, os licores, as ginjas, as caipirinhas e os vinhos novos
enchem a alma e os olhos de quem passa pela Mercearia da Praça. “As pessoas
acham tudo muito giro, talvez pelo toque de tradicionalidade da loja”, realçou
Ana Carvalho. Dos oito aos 80 são várias as pessoas que por lá passam devido ao
trabalho de divulgação que a CMP tem vindo a realizar.
Provar o pão, o chouriço, os presuntos de cura, os queijos tradicionais e as gomas é possível a partir do momento em que se entra na Mercearia da Praça. Está já marcada uma degustação de produtos para Agosto: “queijos, licores da zona e vinhos do Douro” vão ser algumas das atracções gastronómicas a experimentar.
Aqui, o design convive com a Alfaiataria Portuguesa
Depois de se passar pela Culnatur e pela Mercearia na Praça, o convite é para dobrar a esquina e aprender um pouco sobre design. A cargo de Francisco Marques, a FRAMA encontra-se localizada em frente à Farmácia Barros. “Apesar de já estar a trabalhar, este foi um negócio próprio em que tenho estado a desenvolver com o meu sócio Mário. Temos mais duas pessoas a colaborar connosco: uma encarrega-se do vídeo e outra da web”, afirmou o responsável.
“Houve uma aceitação muito grande e, desde o ano passado, contamos já com 40 clientes”, afirmou Francisco Marques sobre o trabalho ao qual se dedica aos fins-de-semana e aos finais de dia. Em termos de projectos “queremos trabalhar com clientes portugueses e estrangeiros e, ao nível da montra, queremos mostrar os trabalhos que temos desenvolvido”, disse.
E o que por aqui se faz? “Trabalhamos
ao nível do design, com clientes
muito diferentes, entre os quais o ginásio Pulse”, afirmou Francisco Marques,
acrescentando que esta foi uma oportunidade que tiveram de trabalhar ao nível
do produto, da escolha dos materiais para o interior, do desenvolvimento do logótipo, do outdoor e das
publicidades: “é um sítio onde não fazemos sempre a mesma coisa, mas
trabalhamos em áreas muito diferentes, desde a reabilitação do prédio de um
cliente às rotulagens de embalagens de licores de Gin”, explicou o mentor.
O percurso termina com o espaço da loja de brinquedos Ran Tan Plan que divide o espaço com o Bombons do Marquês, onde se podem saborear todos os tipos de chocolates: trufas, amêndoas, bombons de chocolate artesanais locais, chocolate quente, ginja em copo de chocolate e muitos outros produtos doces e personalizados. Basta parar para se deliciar!
Saúda-se o empreendedorismo, em tempos antevi fazer algo na área do merchandising urbano a replicar também noutros municípios (uma vez com a fórmula na mão torna-se mais fácil replicá-la), vejo aí uma possível génese,... além disso as sinergias podem começar com um retorno baixo, mas têm tendência a fortalecer-se por multiplicação. Força! Qualquer dia passo por aí e olho com mais atenção,... normalmente é sempre a "correr".
ResponderEliminarBoa tarde Ana Isabel Mendes!
ResponderEliminarA Ran Tan Plan é mais do que uma loja de brinquedos. É um espaço onde se pensam e desenvolvem jogos. É pena que não tenha passado por cá para conhecer o nosso projecto.
Obrigada,
David Mendes