Aos 27 anos de idade Luisa Sobral já conta com três álbuns editados. O primeiro, "The Cherry On My Cake" saiu em 2011 e o último, "Lu-pu-i-pi-sa-pa" estreou esta semana. Em digressões nacionais e internacionais, Luisa Sobral mostra-se satisfeita por conseguir consiliar as viagens e a música ao mesmo tempo que conhece gente. Não tem medo de arriscar e promete continuar a somar sucessos cá dentro e lá fora. Hei-la realizada e feliz.
Em palco disse que o seu albúm estreou há uma semana. Como é que está a
correr a primeira semana?
Até agora está a correr muito
bem. Já tive muitas visualizações no youtube, da canção, tem acontecido uma
coisa que não aconteceu nos outros álbuns: há muito poucas criticas negativas.
Normalmente é um bocadinho raro, estou feliz com isso. Tem tido boa aceitação
por parte dos jornalistas, quando falam sobre o disco, das pessoas que se
identificam com as canções e que lhes lembra a infância. Isso para mim é das
coisas mais giras também. Tem sido muito bom até agora.
Vai apostar também em músicas portuguesas?
Não sei, eu não penso muito nisso. Este disco fez todo o sentido para mim ser em português porque é um disco para crianças, portanto eu quis logo escrever em português. O meu próximo disco tem quase todas as músicas em inglês, eu já tenho quase o disco todo feito e é muito em inglês. É o que eu sentir, neste disco senti em português porque é para crianças portuguesas. Mas eu vou fazer como me apetecer.
Em termos do processo criativo… compõe música e letra ao mesmo tempo?
É tudo ao mesmo tempo, uma coisa puxa a outra, normalmente a harmonia puxa a letra e vai saindo.
Canta em inglês. Em termos internacionais abriu-lhe algumas portas?
Eu acho que sim. Estamos a planear ir a Londres no início do próximo ano, e isso é feito dessas coisas. Abriu-nos a porta para outros países. Vamos ter agora um tornée a Aústria, Alemanha, Luxemburgo, Suiça, e tudo isso também vem dessas coisas. É difícil às vezes ver quais foram as consequências, mas consequências gerais existiram.
Em termos da internacionalização… normalmente a música portuguesa é
mais conhecida pelo fado. Como tem sido o acolhimento à sua música lá fora?
Muito boa, porque não é considerada música portuguesa. É considerada música e a cantora portuguesa. Não é considerada música portuguesa. Eu acho que em vez de verem a música portuguesa geral veêm uma cantora portuguesa. Eu também sinto que na nossa carreira faz parte ir apostando e, se calhar, no início as coisas são mais difíceis mas nós apostamos porque acreditamos que vamos construindo e tem dado frutos. Nós fizemos uma tornée na Alemanha e só eu e o baixista, fomos abrir uns concertos lá e eu disse “somos só os dois mas vamos fazer um concerto”. Então construímos um concerto só os dois e, por causa desse concerto, vamos fazer um tornée grande e por isso temos de acreditar que com o apoio da minha editora e do meu manager as coisas vão ter consequências e temos de ser nós a trilhar esse caminho.
É preciso não se acomodar só aqui a Portugal…
Mais ou menos. Eu acho que fiz um
bocadinho porque eu acabo por tocar arpa numa canção, banjo noutra. As pessoas
pensam que eu toco esses instrumentos mais eu só toco banjo naquela canção, só
toco arpa naquele canção, sou um bocadinho falsa nisso. Eu não toco todos mas
as pessoas acreditam que sim. Eu vou encontrando a musicalidade de cada
instrumento. Dá-me imenso prazer descobrir o instrumento e saber como se toca
mas não posso dizer que toco todos.
Sim, foi uma coisa que fizemos
juntos. Eu queria fazer uma coisa de precursão corporal, e então foi o
baterista Carlos Miguel que desenvolveu isso com esta música e ele fez essa
parte. Realmente há essa química entre nós. Para mim é o mais importante: a
música e haver uma relação boa entre as pessoas porque estamos juntos muito
tempo, porque passo mais tempo com eles do que com os meus amigos e a minha
família. Eu gosto muito quando sinto que há uma boa energia entre os músicos.
Entrevista: Cid Ramos e Nuno Oliveira
Edição: Ana Isabel Mendes
Edição: Ana Isabel Mendes
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