Até podia começar o novo mês com um mítico e tradicional texto sobre o Dia-de-Todos-os-Santos. Já me bastou o "Halloween" na escola e os toque ansioso de campainha dos vizinhos mais novos para pedirem o Bolinho. Óptimos argumentos para me afastar da temática. O que vou mesmo fazer é escrever um textinho acerca das vantagens de fazer exercício físico.
Todos sabemos que o exercício físico faz bem ao corpo e à mente. Ao corpo, porque permite fazer com que nos libertemos daqueles quilinhos indesejados a mais, aumenta a resistência e permite-nos competir com os demais praticantes da nossa modalidade, sem que nos sintamos mal por desistir nos primeiros cinco minutos.
Por sua vez, faz bem à mente pois, ao praticarmos exercício físico libertamos uma hormona chamada endorfina, uma substância química que, transportada pelo sangue, faz comunicação com outras células e é responsável pelo prazer e pelo bem estar. Sim, parecendo que fazer desporto é sinónimo de sofrimento, não é. Durante e no fim acabamos por nos sentirmo-nos bem e libertar a consciência depois de termos comido aquele croissant de chocolate delicioso ao lanche. Aumenta, portanto, a auto-estima individual.
Já que falámos de algumas vantagens físicas e psicológicas decorrentes da prática desportiva, a questão impõem-se: que exercício praticar no Inverno (leia-se dias deprimentes e chuvosos)? Vou falar acerca da minha experiência do ano passado nos próximos dois parágrafos e da minha experiência actual nos dois seguintes.
Era Outubro de 2014 quando decidi experimentar, pela primeira vez, umas aulinhas no ginásio perto de casa. Por se localizar a uns escassos passos a pé da minha zona de residência e a mensalidade não ser nada de mais, apostei em experimentar algo novo, impelida por uma vizinha. Depois das primeiras aulas de grupo e de alguns exercícios individuais dos primeiros dias, não posso dizer que detestei. Até porque já tinha na cabeça a tal ideia de que "não gostava de ginásios".
Decidi inscrever-me já em Janeiro deste ano. Fiz contrato e tudo (lá me convenceram de que o contrato seria a solução mais vantajosa). No entanto e passadas dezenas de aulas de cycling (a minha modalidade preferida) desisti. Além de, realmente, comprovar a ideia de que, efectivamente, não gostava mesmo de ginásios, encontrei uma forma mais económica de me sentir bem comigo mesma e em grupo. Foi por isso que aderi às night runnings depois da rescisão de contrato com o ginásio, em Setembro.
Não sei bem em que mês comecei a correr à noite. Mas acho que foi antes de Outubro de 2015. Depois de saber que existia um grupo de pessoas que, durante a noite, corria aqui por perto, decidi ir experimentar. Desta vez não fui aconselhada por ninguém até porque, depois de realizar um trabalho para o Pombal Jornal sobre a Associação da Charneca, abri os meus horizontes para uma forma alternativa de continuar a praticar desporto, pelo menos duas vezes por semana, sem gastar um único cêntimo.
Comecei nas night runnings, a ver se a não-obrigatoriedade de pagamentos me deixava mais livre para decidir como e quando treinar. Resulta. Tenho ido correr quase todas as terças e quintas e, apesar de não ser federada nem de ter disponibilidade para participar nos Trails de fins-de-semana, acabo por me sentir bem física e psicologicamente. Admito que custa sair de casa nos dias em que está muito frio ou que pinga esporadicamente. Mas, afirmo também, que compensa bastante em termos físicos e emocionais. Libertarmo-nos do stress do quotidiano faz-nos bem. Ponto.
Continuo a correr mas admito que, se chover torrencialmente, não o vou fazer por mero prazer de ficar gripada. Há sempre outras alternativas para ficar em casa (e não é de ver filmes nem de ficar agarrada à TV nem ao Facebook de que estou a falar). As famosas flexões, os rígidos abdominais e o minuto doloroso em "prancha" podem ser algumas das soluções adequadas e dias chuvosos. Nem me atrevo a falar em passadeiras ou em máquinas de ginásio que acabam por ficar a um canto depois dos primeiros dias de utilização, lá na cave ou no sótão. Restrinjo-me a falar do que vale a pena e que, de uma forma económica e eficaz, pode mostrar que não há desculpas para dizer "não" ao exercício físico!
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