quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Rita Guerra (en)canta com estreia de "No Meu Canto"

Já perdeu a conta às vezes em que actuou em Pombal, mas presenteou a cidade, no âmbito das comemorações do Dia do Município, com o arranque da Tour dos 30 anos de carreira, "No Meu Canto". Entre os sucessos mais recentes daquela que é considerada uma das melhores vozes portuguesas estão o álbum "Sentimento", lançado a 24 de Setembro de 2007 e que, actualmente já Disco de Ouro; o prémio Top Choice Award, na categoria de Top International Female Singer 2009, que tem por base a votação da comunidade portuguesa residente no estrangeiro, em 2009;  e a edição do álbum "Luar", em 2010. Com 48 anos de idade, Rita Guerra aventura-se, pela primeira vez, no mundo da composição. O Aqui há Notícia falou com a cantora sobre o concerto e acerca do sucesso.

Ana Isabel Mendes (AIM) - Pombal foi a cidade escolhida para Rita Guerra começar a Tour dos 30 anos de carreira. Que balanço faz da noite do espectáculo no Teatro-Cine?

Rita Guerra (RG) - Toda a gente nos recebe muito bem, tanto no Norte como no Sul. Sei que cá por cima há uma vontade muito grande em que eu esteja presente, embora me tenha mantido, ultimamente, pelo Sul do país. Fomos recebidos com um calor muito grande. Estrear aqui foi bom, pois as salas estão muito bem apetrechadas acusticamente, o piano é maravilhoso, o som estava óptimo, a sala estava cheia de pessoas que participaram [no concerto] quando tinham de o fazer, e, apesar de estar um pouco doente, penso que correu bem.

AIM - Como e quando surgiu o gosto pela música, em geral e pelo canto, em particular?

RG - Pela música em geral surgiu em casa por grande influência dos meus pais e dos meus irmãos, pois lá sempre se ouviu música a toda a hora, de várias origens. O meu pai gosta muito de música sinfónica e a minha mãe de música clássica, especialmente de óperas e de operetas. Os meus irmãos gostam muito de pop e de rock. Sempre houve muita música lá em casa e, daquela toda que havia, gostava muito de algumas que me influenciaram ao longo do percurso artístico. Sou sensível à música, sou sensível às boas composições. Cantar começou como brincadeira de criança nas escadas do prédio, onde tinha uma melhor acústica. Cantava tudo e mais alguma coisa: Os Abba, bocadinhos de Ópera, Elton John, entre outros, de que nem me lembro bem.

AIM - Em que estilos musicais se inspira para escrever as suas músicas? Tem alguma preferência num estilo ou num cantor em particular?

RG - Nas baladas rock e na música pop em geral. Em termos de cantores, confesso que me inspiro em artistas internacionais como Lara Fabian ou George Michael. Em termos de artistas nacionais, o Agir, o Paulo de Carvalho e o Rui Veloso são aqueles que estão entre as minhas preferências. 

AIM - Ao longo dos anos tem vindo a evoluir e a promover o seu trabalho cá dentro e lá fora. Quais são os principais ingredientes para se chegar ao Disco de Ouro?

RG - Aconselho que quem cante seja persistente, que o faça por amor à camisola e à música e não com o objectivo de se tornar figura pública e vedeta. Uma coisa é ser-se bom músico e outra é ser-se famoso. Pode ser-se famoso pelas razões erradas. Por isso, o que quer que façam, façam-no o melhor que puderem, sempre com humildade porque para aprendermos devemos ouvir os outros e não nos acharmos os detentores da razão. Ao nível bocal, é importante ter um bom acompanhamento profissional, uma boa colocação e uma boa respiração para não fazer asneiras. 

AIM - Neste último single, qual é a música que elege?

RG - Não vou eleger nenhuma. Se o fizesse escolheria o meu tema, a minha primeira composição, "No Meu Canto". Retrata o meu estado de alma numa tarde; marca o início da fase enquanto compositora, daí ser tão importante. Mas para mim todas as músicas são igualmente valiosas, embora sejam diferentes umas das outras. 

AIM - Em 2011 lançou o álbum "Retrato", e cantou com Michael Bolton no Pavilhão Atlântico e no Coliseu do Porto, interpretando Over the Rainbow e Make You Feel My Love. Em 2012 participou nos discos de Mastiksoul, com o tema I Can Feel Your Love, e de Mickael Carreira, com "Volto a Ti" . Qual é o segredo para se atingir o sucesso?

RG - Ser-se persistente, não desistir à primeira dificuldade, ser-se verdadeiro e ter-se muito amor ao que se faz. 

Texto e fotos: Ana Isabel Mendes

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